Capítulo 11

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Gael caminhou pelo corredor a passos lentos. Ele queria chegar o quanto antes, mas ao mesmo tempo queria demorar o máximo.

Alan poderia muito bem esnobá-lo como sempre fez, mas uma pequena parte de si ainda tinha esperança que ele parasse com suas provocações e usasse de novo a gentileza de seu heat. Era óbvio que isso não aconteceria, mas era difícil explicar para seu lado emocional.

Gael chegou perto da porta e tentou abri-la, mas estava trancada. Tentou novamente e percebeu que o trinco estava cerrado. Isso provava que estava fechada por dentro.

Suspeito.

Significava que alguém estava lá dentro.

Correu até a janela, que era parcialmente fechada por cortinas, e se forçou a espiar mais a fundo e encontrou o que menos esperava.

Alan e Elias transavam sob a mesa do professor.

O ômega estava deitado sob a mesa, enquanto a bunda empinava para Elias que praticamente montava em Alan que era esfregado contra a madeira impetuosamente. Seus dedos tatuados apertavam com força as beiradas da mesa e ele gemia: mordendo os lábios com força, enquanto sua camisa era erguida por Elias que beijava suas costas, fazendo-o estremecer.

Gael sentiu o bile lhe subir a garganta. Nojo e constrangimento inundavam seu ser, e teve que tapar sua boca para não soltar um grito quando viu Elias metendo em Alan.

Ele nunca tinha visto alguém transar. Todas as vezes que em filmes e livros apareciam cenas eróticas, ele tratava logo de pular. Assuntos sobre sexo Gael sempre evitava. Mas agora... Ele via ao vivo e em cores, pele contra pele.

Sentiu seu corpo desequilibrar e teve que se segurar para não cair, mas involuntariamente seus dedos bateram no vidro, fazendo Alan voltar seus olhos para fora.

– Alfa...! – Gemeu, as pupilas se dilatando enquanto olhava para Gael como se ele fosse a coisa mais encantadora.

Gael ficou sem fôlego ao ver a bochecha de Alan roçar na madeira e seus olhos começando a lacrimejar; o corpo tremendo como no dia anterior.

– Fica quieto – Elias rosnou, colocando uma das mãos na boca de Alan que lambeu seu indicador, fazendo movimentos de vai e vem com a boca, os mesmo que fez com Gael na loja.

E isso era para ele.

Gael olhava boquiaberto para Alan que o admirava com seus olhos submissos e selvagens, fazendo seus dedos, onde o ômega tinha tocado antes, arderem.

O olhar de Alan queimava. Seus gemidos e seu corpo se rebolando para Elias fazia Gael ficar em chamas, porque ele sabia que Alan estava provocando-o.

Gael cogitou seriamente sair dali o quanto antes, mas quando Alan gritou, sendo penetrado mais forte, seu corpo paralisou pelos choramingos do ômega que o olhava como se fosse chorar.

Ele queria arrancar Alan de Elias o mais rápido que podia Sentiu a raiva tomando conta de cada polegada do seu ser ao ver Alan ser fodido por alguém como Elias numa sala de universidade. Gael rosnaria e brigaria, porque seu instinto não toleraria que alguém fizesse Alan gritar.

– Gael! – Judith gritou do outro lado do corredor, correndo a toda velocidade até o alfa, com os olhos arregalados. – Minha nossa! Eu esqueci completamente de te avisar que seu casaco está comigo!

Ela puxou Gael com brutalidade, quase fazendo-o cair. Tentou se soltar, vendo Alan o olhar manhoso enquanto seus cabelos vermelhos repicados eram afastados para o lado, Elias mordendo seu pescoço.

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