– Ethan... – ouvi a voz de Emma me chamando. O que ela tá fazendo aqui?
– Como você entrou aqui? – Perguntei confuso.
– Ash me chamou. – Ashley tá aqui já.
– Que horas são? – Ela respirou fundo.
– Um pouco depois das 13h. Ashley chegou e te viu aqui, ela não quer falar com você, pediu pra eu te levar embora. – Disse triste.
– Ela conversou com você? – Ela acenou – Como ela tá? – Perguntei ansioso.
– Anestesiada. – Pegou a minha mão. – Vamos... Prometi a ela te tirar dessa casa.
– Desculpa Emma. – Ela negou com a cabeça. – Preciso conversar com ela.
– Não faz isso Ethan. – Disse suplicando. – Vai ser pior pra vocês.
Ignorei o que ela disse.– Onde ela tá? – perguntei já sabendo a resposta.
– No quarto. – disse – Ethan ela vai me matar. – Disse reclamando.
– Você já sabia que eu faria isso, então nem adianta reclamar. – Ela respirou fundo. – Prometo ir embora se ela me mandar.
Deixei ela sentada na cama e fui rumo ao antigo/futuro quarto de Ashley. Parei na porta, não sabia o que fazer, ou falar. Bati na porta. Ela não respondeu. Eu entrei. Ela estava deitada na cama, de costa pra porta. Achei que estava dormindo, pois permaneceu imóvel, mas depois de algum tempo ela falou.
– Não quero vê você. – Ela sabia que era eu. – Pedi pra não te encontrar quando voltasse do trabalho.
– Você voltou mais cedo. E eu não quis ir embora, iria as 16h50. – Ela respirou fundo, achei que me mandaria embora.
– Você não foi trabalhar. – Não era uma pergunta mas eu precisei responder.
– Não consegui. – Disse me aproximando da cama. – Fecha os olhos.
– Por que? – Perguntou confusa.
– Porque você não quer me vê, mas eu preciso te abraçar. – Disse deitando ao lado dela e puxando o seu corpo pro meu. Ela respirou fundo.
– Acho que isso é mais do que eu posso suportar. – Disse com a cabeça encostada no meu peito, enquanto eu alisava o seu cabelo.
– Não nós negue esse momento, por favor – disse suplicando.
Ficamos abraçados, sem dizer mais nenhuma palavra. Sabíamos que era o fim, mas também sabíamos que nos amávamos. As lágrimas dela molhavam o meu peito, esse era o último momento em que eu poderia consola–la. Permanecemos lá, por horas, em silêncio. As lágrimas cessaram, e eu sabia que a hora da minha partida tinha chegado.
– Acho que tá na hora. – Eu disse. Ela respirou fundo.
– Você realmente quer ir? – Ela perguntou.
– Eu preciso. – Respondi, dessa vez convicto.
– Tá bom, vou descer com você. – Ela disse calma.
Levantamos e fomos de mãos dadas lentamente até a sala, onde Emma nós esperava, na companhia de Dylan. Mantivemos o silêncio, não precisávamos de palavras. Minha mala já estava na sala.
– Você vai ficar? – Perguntei a Emma.
– Sim, – ela respondeu – mas o Dylan vai com você, e você vai pro meu apartamento.
Sabia que não tinha escolha, era uma ordem pra mim e pro Dylan. Minha irmã era doce como mel, mas sabia ser uma fera quando queria, e tenho certeza que o marido dela sabia disso. Peguei a mala e segui em direção a porta, sem largar a mão de Ashley.
Paramos na porta, ela me olhava com aqueles olhos verdes que me hipnotizavam. Beijei–o, um beijo lento, íntimo, que eu não esqueceria pelo resto da minha vida. Separamos as nossas bocas, mas a nossa testa permaneceu unida.
– Te amo. – Disse, sussurrando.
– Te amo. – Ela respondeu em igual tom.
Me despedi silenciosamente da casa 375 na Jackson St. e fui embora sem ter coragem de olhar pra trás. Entrei no carro com Dylan e seguimos pra casa dele. Chegamos no apartamento dele, entrei e ele ficou na porta. Estranhei.
– Não vai entrar? – Perguntei.
– Eu preciso de uma bebida, e acho que você também. – Respirou fundo. – Te trouxe aqui só pra você deixar a mala.
– Vamos. – Larguei a mala e seguimos pra o bar mais próximo.
––
Bebemos o primeiro chope em silêncio, duas mulheres que estavam numa mesa ao lado começou a flertar conosco. Foi aí que Dylan falou rindo.
– Você tá fazendo sucesso com a mesa ao lado. – ri
– Adoraria tá disponível. – Elas eram bonitas, nada extraordinário, mas conseguiriam fácil minha companhia a três meses atrás.
– Você tá solteiro agora. – Disse constando o recente fato que me causava sofrimento.
– Meu coração não entende isso. – Disse triste e ele acenou. Bebi mais um gole da minha bebida. – É uma merda amar.
– Nada disso. – Olhei pra ele. – O ruim é ter que se separar do amor. – Concordei – Essa história de vocês é uma grande merda! – ele disse sorrindo triste.
– O pior é que não tem volta.
– Você tem certeza? Eu não teria essa certeza se fosse você. – Olhei incrédulo. – O seu motivo é nobre Ethan.
– Mas os meios não são.
– E os fins não justificam os meios. – Ele disse constando o que eu falei.
– Você ama minha irmã Dylan? – Ele me olhou desconfiado, e respondeu.
– Eu casei com ela e tô aturando ela até agora, além do quê, e vou acolher o irmão dela na nossa casa antes de completarmos 6 meses de casados! O que você acha? – Gargalhei, ele riu junto.
– Você realmente a ama! Mas é sério... Cuida dela pra mim nesse tempo. – Ele pareceu não entender o que eu quis falar. – Tentarei ter a mínima presença na casa de vocês, pra Ashley não se sentir acanhada em tá lá, ela não vai querer me ver. – Ele acenou.
– Não some, é só avisar antes de aparecer lá!
– Certo.
Continuamos bebendo por mais um tempo até que eu decidi que queria ir embora. Hoje eu não ficaria bêbado, precisava sentir toda essa dor pra amanhã ter forças pra seguir.
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O que vocês acham que vai acontecer???
Não esqueçam de deixar uma estrelinha...
Escolhi quinta-feira como dia das postagens dessa série...
Sempre as 21h!!!Beijos de luz ✨
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TAYLOR 2: A melhor amiga da minha irmã. (CONCLUÍDO)
RomantikO nascimento de um filho é uma coisa que deixa as pessoas muito felizes normalmente, e comigo não seria diferente. Eu estava morando com uma pessoa que eu amo e fiquei muito feliz com a ideia de ser pai. Só tinha um problema: a mulher que eu amo não...