Capítulo Quinze

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Espalmo minha mão no outro lado da cama e gemo quando sinto o lençol frio

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Espalmo minha mão no outro lado da cama e gemo quando sinto o lençol frio. Meus olhos se abrem e tento afastar a decepção que se apossa de mim quando noto o lado da cama vazio.

Porra, Ethan, o que você esperava?, me xingo. É óbvio que Victoria não estaria aqui quando eu acordasse, eu já esperava isso, então por que eu me sinto tão... triste? Não é como se não fossemos nos ver nunca mais. Chacoalho minha cabeça e afasto esse pensamento. Victoria vai voltar para casa e tudo ficará bem.

Depois de tomar um café, visto uma bermuda e calço meu tênis, nada como correr para começar o dia. As portas do elevador se abrem e sinto vontade de me socar por não ter ido de escada, dou de cara com a vizinha barulhenta do andar de cima, ela, digamos, não é muito sutil com seus cortejos.

— Bom dia, Ethan. — Seu sorriso de orelha a orelha é a única coisa que eu vejo, já que seus olhos não estão olhando diretamente para os meus. Minha vontade é de dar meia volta e vestir uma blusa.

— Hey, — Brittney? Briana? Bruna? Qual a porra do nome dessa mulher? — vizinha, como você está?

Suas sobrancelhas se arqueiam tão alto que temo que cheguem ao seu cabelo. — Ah... eu estou ótima, na verdade. — Seus olhos ainda não estão nos meus.

Murmuro um "que bom" enquanto olho para o painel do elevador, demora do caralho.

— O que acha de saírmos qualquer dia? O novo restaurante parece ser magní...

— Minha namorada...— Falo qualquer coisa que me vem à mente. — Acho que minha namorada não gostaria disso. — Lanço um sorriso amarelo.

Seus olhos finalmente encontram os meus. Sua sobrancelha está franzida e ela expõe um biquinho não muito bonito. — Não sabia que você namorava, é com aquela morena que mora com você?

Porra, porra, porra. — Sim. Victoria é minha namorada. — Surpreendentemente, essa frase não me incomoda tanto quanto deveria.

Sinto alívio quando as portas se abrem e avisto o hall de entrada do condomínio. Porra, ainda bem. Antes que ela consiga falar alguma coisa, corro do elevador.

Respiro fundo quando chego na calçada. Me alongo um pouco e corro até a praia, que não é tão longe daqui. Poucos minutos depois, sinto o cheiro da maresia, quando meus pés alcançam a areia eu sorrio e fecho os olhos. Cara, eu amo esse lugar.

***

Depois de algum tempo, paro ofegante em frente a um quiosque de bebidas. Enquanto bebo água, ando pela praia, vendo as pessoas, a paisagem e sorrio quando vejo alguns turistas animados tirando fotos.

Entro em choque quando encaro o relógio. Inferno, duas horas se passaram. Dou meia volta e corro o meu caminho de volta, mas meus pés travam no lugar quando os vejo.

Victoria está deslumbrante, ela usa um biquíni lindo, que praticamente adapta ao seu corpo. Ela e Billy estão deitados na areia, ele se apoia de lado em um braço e a encara com um olhar tão... apaixonado.

Victoria tem seus cabelos espalhados pela areia, está com as mãos para cima dos ombros e as pernas levemente dobradas. Caralho, ela é perfeita. Vestígios da noite passada ocupam a minha cabeça.

Billy levanta o olhar e encara algum ponto que o quiosque esconde de mim. Logo seu olhar se encontra com o meu, ele mascara a surpresa e me lança um sorriso zombeteiro, tenho vontade de soca-lo quando ele arqueia a sobrancelha para mim e volta seu rosto para Vic.

O nariz dele quase toca com o dela quando ele aproxima seus rostos, a mão dele segura sua bochecha e sinto vontade de gritar.

Me viro e sigo um caminho diferente até minha casa. A última coisa que eu quero é atrapalhar o casal.

Entro no chuveiro gelado e suspiro. Encosto minha testa na parede. — Que merda eu estou fazendo?

Eu estava trabalhando um pouco no sofá quando ela chegou. Primeiro notei o barulho da porta, logo seus passos se aproximaram de mim. Tenho vontade de rir quando levanto a cabeça, óbvio que ela tinha que estar usando jeans e camiseta.

— Hey, E. — Seu sorriso é meio tenso.

Sorrio para ela. — Oi, Vic. Senti sua falta hoje de manhã. Aonde você estava?

— Trabalhando. — Ela assente, quase que para si mesma.

Murmuro um "claro que estava" quando volto minha atenção para meu computador.

Logo ela vai até o banheiro, abaixo minha cabeça nas mãos quando escuto o chuveiro. Nós não somos nada, ela não deve me dar satisfações, então por que eu estou me sentindo assim? Quase... ciumento.

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