Victoria Mitchell achava que tinha tirado a sorte grande ao conseguir comprar um apartamento luxuoso no melhor bairro de New York por um preço incrível. Porém, ela se vê completamente perdida ao dar de cara com Ethan Parker na... sua casa?
Ao se dar...
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— E aí, você vai? — A voz ansiosa tira a minha concentração de alguns casos que eu estudava.
Levanto a cabeça para ver Greg encostado na soleira da porta do meu escritório. Ele tem um sorriso estampado no rosto e as sobrancelhas levemente arqueadas para mim.
— Para onde? — Não me lembro de ter alguma noite de cerveja com os caras.
— Merda, Ethan, você esqueceu?Estou falando do grandíssimo evento que Miller fez questão de produzir.
Bato minha mão na minha testa quando lembro do que ele está falando. Como eu pude esquecer?
— Acho que não vai dar, cara. Eu... — Tento explicar para Greg quando ele coloca as mãos nos meus ombros e me interrompe.
— Parker, seu bastardo, você precisa ir. Comida, álcool e mulheres — Ele enumera com a mão. — Tudo isso ao nosso dispor.
Expiro rápido, tentando procurar alguma desculpa não muito esfarrapada para tirá-lo do meu pé.
— Além disso... — Meu amigo continua — Miller precisa de você lá. Sabe, cara, algumas pessoas influentes se impressionaram com o caso Ward. "Puto" é pouco para descrever como o nosso chefe ficará se o melhor advogado da firma dele não aparecer.
Ele tem razão, merda. Eu preciso ir.
— Ah, sabe... você também pode levar alguém. — Ele ri, como se essa fosse a ideia mais absurda que já saiu da sua boca. — Mas, claro, eu não sugiro isso. Você sabe, mulheres e tudo mais...
De repente, a ideia desse evento se torna cada vez mais saborosa. Eu só preciso convencer Victoria a me acompanhar.
***
A porta está destrancada quando chego do trabalho, meus passos são automáticos até o quarto de Vic. Paro quando vejo-a dormindo, uma máscara para dormir esconde seus olhos e seu peito sobe e desce lentamente.
Acho que ela sente minha presença, porque logo vejo-a sentando na cama e tirando a máscara.
— Alguém já te disse que observar pessoas dormindo é meio bizarro?
Rio baixinho enquanto tiro os sapatos e sento em sua cama. Algumas semanas se passaram depois da nossa fabulosa primeira vez, Victoria tem alguns limites: Coisas que não posso fazer ou falar porque, de acordo com ela, é romântico demais e a deixa desconfortável. Respeito isso, mas também não agimos como completos desconhecidos, algumas amassos rolam aqui e ali. Sempre espero o dia em que Victoria não vai mexer tanto comigo, mas ele nunca chega.
— Preciso te pedir algo... — Talvez ela tenha sentido a tensão em minha voz, porque logo se senta mais reta e me encara com preocupação borbulhando em seus olhos.
