Capítulo Vinte e Nove

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Rolo pela cama

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Rolo pela cama. Faz horas que deitei para dormir e não consegui. Olho para o relógio em cima da mesa do quarto de hóspedes: 3:45. Só vejo escuridão quando olho pela janela.

Tempo. Pedi a Ethan um tempo para pensar. Eu o amo mais do que tudo, e a dúvida que eu tinha sobre poder perdoá-lo se esclareceu em minha cabeça: Sim, eu posso perdoá-lo. Eu quero, preciso perdoá-lo. Ethan tornou minha vida digna de ser vivida. De repente, sei o que devo fazer.

Levanto da cama, tomando o máximo de cuidado possível para não acordar Allie e James. Quando tiro meus pijamas e visto uma roupa, ando até a porta da frente.

Seguro um gritinho quando abro-a e vejo uma sombra. Ethan veste um moletom folgado e uma calça, seu punho estava prestes a bater na porta, e, mesmo com a pouca iluminação do corredor, consigo ver seus olhos vermelhos com lágrimas.

Seus olhos cravam em mim, choque passando pelo seu olhar. Ele me interrompe antes de eu ter a oportunidade de começar a me explicar, dizer que eu estava indo vê-lo.

— Eu estou disposto... — Ele inala fundo. — Estou disposto a implorar.

Me vejo muda, travada.

— Eu faço o que você quiser, só preciso que volte para mim. É só me pedir.

— Ethan...

— Victoria, por favor, me ouça. Eu entendo pelo o que está passando, sei o que pensa de mim, que sou um... — Assassino, compreendo a palavra não dita por ele. — Se eu soubesse... se eu soubesse dos seus pais, do que eu fiz, não chegaria perto de você. Mas eu cheguei — Ele solta uma risada nasal. — Me aproximei e me apaixonei por você, e não sei o que fazer em relação a isso, eu...

— Eu te perdoo. — Interrompo-o.

Ele passa a mão pelos cabelos. — Esse é o problema: Eu não quero apenas o seu perdão. Eu quero você. — Ele puxa minha mão. — Venha comigo.

Acompanho-o. Um silêncio tenso se instala no carro, reconheço o caminho: Estamos indo até o nosso pequeno cantinho de observar as estrelas.

Ele puxa um cobertor do porta malas e estende pela grama, me sento lá. Dessa vez, é ele quem busca um espaço entre nós, isso dói.

Me aproximo dele e pego sua mão. — Você nem imagina o que eu estava indo fazer quando me viu saindo de fininho às três da manhã?

Para quebrar nosso contato visual, ele deita-se. — Prefiro não pensar que você encontrou alguém que te faça feliz e está me deixando para trás.

Seu corpo tensiona quando apoio minha cabeça lá. — Eu estava indo procurá-lo. — Ouço seu coração acelerar. — Dizer que nunca parei de te amar, e que quero viver com você mais do que qualquer coisa no mundo.

Suas lágrimas caem em minha bochecha, com o dedo, enxugo-as.

— Eu nunca amei alguém como amo você. — Ele sussurra em meu ouvido.

Não falo nada. Meus braços apertam sua cintura em um abraço.

Ficamos um tempo deitados, o silêncio confortável reinando e observando as milhares estrelas no céu.

— Case-se comigo. — Ele diz. Olho em seus olhos. — Seja minha esposa. Seja minha para sempre.

Meu corpo todo treme enquanto o encaro. — Sim, sim, sim.

Suas lágrimas agora são diferentes, lágrimas de emoção. Me encaixo em seus braços e choro com ele.

E quando senti duas presenças quentes ao meu lado, segurando minhas mãos, sei que fiz a escolha certa.

*
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