Cap. 10

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AVISO: Todas as cenas acontecem em junção. Acima casa do Mason, o quarto preto é o quarto dele, o quarto com a cama branca é o da Amanda, sim eu mudei

MÚSICA – THE LAST OF US 2 – SOUNDTRACK - UNBROKEN

Eles um dia iriam embora, não era novidade. Queenstown ficaria vazia sem segredos daqueles jovens. E assim foi, mas isso é história para outro dia.

“Seguimos, sem forças. Com as expectativas no chão.”

Alice estava ali naquele quarto, até hoje se pergunta por que não foi atrás dele, pois nunca se permitiu que o seguisse, que dissesse palavras como “fique, eu preciso de você”.

Alice tinha sentido aquele gosto amargo novamente, de uma perca sem reparos, estava atordoada queria que houvesse palavras em sua boca, mas não havia nem sequer uma. Todas haviam sumido de si. Max a tiraria algo grande talvez maior que ela mesma.

Alice, não poderia nem iria perder o controle. Mesmo que agora ela o sentisse escapar pelos seus dedos. Novamente.

JARDIM DOS FUNDOS

Dylan parecia mais bêbado que uma porta, Amanda o acompanhava. Ele citava casamentos e parecia desolado, Amanda sentada em um dos bancos brancos que revestia aquele local o olhava, vagarosamente e não entendia absolutamente nada das palavras proferidas pelo loiro, tentava olhar em seus olhos que agora pareciam mais escuros devido a bebida.

- Ela sempre foi mais forte que eu, mas agora pensei que ela se levantaria e se recusaria como eu, mas ela aceitou como ela pode. Namorar tudo bem, agora se casar?! Não, jamais como poderia. Eu não a amo Amanda.

- Nem sempre temos o que queremos.

- Nunca temos o que queremos.

- A vida não é fácil Dylan, estamos apenas começando.
- Se isso for o começo deve ser o pior começo da história. - Amanda sorriu de lado ao escutar o comentário do amigo.

- Sente-se Dylan. Deixe me contar, uma coisa. Uma vez eu estava em mais uma dessas festas idiotas, eu conheci Jason em uma delas-

- Mas o que isso tem a ver? – Interrompeu-a, quando já estava sentado ao seu lado.

- Escute Dylan. Como eu ia dizendo, eu o conheci conversamos, flertamos, uma coisa leva a outra e acabamos transando. Me impressiono ainda hoje que fui descuidada mesmo sóbria. – Amanda tinha seu olhar fixo em Dylan, que a olhava esperando o que ouviria. Dylan tentava ver algo além da embriaguez que tomava Amanda. – Eu acabei gravida, irônico não acha. Descobri depois de semanas, foi rápido demais. Aquelas semanas, foram as piores da minha vida. Max me fez a proposta como você sabe e o que eu iria dizer, ele me ajudou a final de contas.

- A-manda, e-eu, não sei o que dizer. Me- me desculpe.

- Para de gaguejar, um aborto não vale sua melhor cara de surpresa. – Amanda falava, como se aquilo não fosse forte, como se aquilo não a matasse por dentro.

Enquanto Dylan, tinha um olhar preocupado, como se pura lucidez o atingisse de súbito.

- Você nunca o contou?

- Como poderia? Alice começou a namorar ele não muito depois, obviamente que era para me atingir. Eu não liguei nem tinha como, aquilo a atingiu de tais formas.

- Eu sinto muito. – Dylan abaixou seu olhar, agora ele enxergava além dos olhos de Amanda ele via dor.

- Sabe Dylan, eu conto isso a você pois, você ainda irá perder muitas coisas, o controle de sua vida será mais uma delas.

- Isso nem se compara Amanda. Quem mais sabe?

- Você, Mason, Max, apenas. – Amanda era forte, Dylan viu isso, quando ela não derramava lágrimas. Ela reprimiu toda a dor dela, em si e para si. Dylan a admirou naquele momento, desejou ser como Amanda, não um fraco como era.

- Eu sinto muito. – Dylan repetia a si e a ela, quando tinha seu olhar ao chão, viu a lágrima cair no chão. – Eu sinto muito, eu sinto muito mesmo.

Era irônico o fato de que Dylan se permitiu chorar por Amanda, como se tivesse pegado aquela dor como uma dor solidaria. Pois naquela noite ele sentiu uma dor tão forte, que doía no peito. Amanda o abraçou, não sabia nem entendia por que ele chorava, tanto, sabia que deveria ser ela, mas viu também que Dylan sentia peso em si. Viu ali e entendeu que ele chorava por ela, pela sua dor, chorava pela dor dele também.

- Nós dois perdemos coisas e iremos perder ainda mais Dylan. Pois mentiras não somem, elas consomem.

SEGUNDO ANDAR DA CASA

Max saiu daquele quarto, colocou um sorriso falso. Se sentia aliviado de contar a verdade, mas se sentia desolado, pois ele a estava deixando. De novo. Mas algo sobre o Max era como ele sabia mentir e descobrir. Como o fato de ter visto Ísis sair às pressas da sala de jogos de Mason.

Meus amigos, contar algo a vocês. Estamos sempre sendo vistos, sempre.

Lírio estava tentando se acalmar naquele cômodo. Até achar bebida, e resolveu por que não? Logo se encontrou bêbada o suficiente para se lembrar do que fazia, mas não ao ponto de controlá-los agora.

POV´S ISÍS MÚSICA – WRONG - ZAYN

Subir as escadas, encontrar Lírio e tentar manter meu estado de lucidez. Parece algo complicado.

Lírio estava em pé de frente para parede de vidro da sala de jogos de Mason, quando a vi ela estava tão calma, pensei que poderia ficar e observa-la por horas e horas, mas infelizmente minha observação minuciosa foi quebrada quando ela tirou os olhos da chuva que caia e colocou eles em mim, ela não disse nada, de início nem eu. Em algum momento eu talvez veria naqueles olhos algo que nem ela sabia que queria me dizer, ela via nos meus algo que eu não via, hoje eu ainda não sei o que ela vê quando me olha talvez se ela estivesse mais perto eu teria a certeza que não sustentaria esses olhares direcionados a mim, que não ficavam apenas em meus olhos. Quando ela começou a passear seus olhos pelo meu corpo me senti levemente ofegante sobre seu olhar o jeito que ela observava meu corpo e minhas vestes era algo que eu não conseguia decifrar. O jeito que ela me olhava e nem ao menos conseguia disfarçar não sabia dizer se era algo que ela desejava, se era algo que ela admirava, ou apenas fazia conotações mentais, ou talvez os 3 em um só, aqueles castanhos carregavam algo que ia além de profundezas, um infinito. Nesse momento desejei que ela me colocasse em uma de suas listas de coisa que ela eternizaria.

- Você está linda. - Ela proferiu aquilo em um tom arrastado, enquanto subia seu olhar vagarosamente até meus olhos novamente. Diferente do que achei que ela diria, acabei me surpreendendo mais do que deveria com tais palavras.

- Posso dizer o mesmo sobre você. - Eu poderia estar louca quando senti um calafrio subir pela minha espinha, quando ouvi sua respiração pesada e seus olhos rodeando me, enquanto eu não conseguia mais manter aquela troca de olhares, seria o pico para um adeus a minha sanidade.

- Estava me procurando pelo visto, pois quando me viu parou de súbito.

Droga, porque eu tinha que ter essa maldita atração por essa mulher, sua inteligência era de afrontar qualquer um, sua voz, seus olhos, sua boca, tudo parecia ser feito pelas mãos de deuses.

- Admito que sim, estava a sua procura se isso te alegra.

- Depende do motivo da sua procura. - Nesse momento ela se levanta e vem até de mim de maneira incomum para Lírio agir, após quase 3 meses de convívio com Lírio se vocês a observam como eu saberiam que ela estava aérea além do comum. Senti meu coração palpitar forte no peito, faltava apenas alguns passos dela e com aqueles malditos olhos que me despiam até a alma.

- Não acha que já está um pouco aérea, senhorita Reinhold. - Sanidade, a minha estava sendo perdida por aqueles malditos passos de sua bota de saltos fazia até mim e os sons deles em atrito com o chão. Tentava me manter ali enquanto a olhava ansiosa pelo o que faria, não poderia desviar o olhar de seus olhos que me olhavam com desejo?

- Acho que, eu estou muito bem senhorita Belmore. - Quanto mais se aproximava e falava de um jeito arrastado, dei uma breve olhada no que havia na mesa, algumas cervejas e bom uma Lírio que não era acostumada com muito, não eram as melhores combinações.

Quando voltei meu olhar a ela, ela estava mais próxima do que o esperado, talvez eu tenha me sentido nervosa por tê-la na minha frente observando minhas feições, até seu olhar parar em meus lábios.

- Lírio, eu-u... - Maldita seja por roubar até as palavras de mim.

- Você-ê? - Talvez eu tenha me perdido quando aqueles olhos encararam meus lábios. Quando mordi meu lábio inferior, segurei até o que não me era possível, mas Lírio seria sempre minha fraqueza em sentidos que até nem sabia que existiam.

Talvez eu tenha cometido um erro, quando subitamente a beijei ferozmente, colocando minhas mãos em seu pescoço, entrando com meus dedos em seus cabelos e os puxando mais para mim enquanto pedia passagem com minha língua.

A única coisa que nem sequer esperava era sua retribuição que no momento seguinte tinha suas mãos em meus cabelos arranhando de leve minha nuca e a outra que rápida chegou a minha cintura, enquanto nossas línguas brigavam entre si, era algo como desejo em si, a atração que tínhamos, o fato de sua mão me apertar mais consigo era algo que me fazia suspirar em sua boca. Enquanto mordia o lábio inferior dela foi o momento em que ela havia me prensado na porta, minhas pernas roçavam com as suas, já que ela tinha uma de suas pernas no meio das minhas. Quando uma de minhas mãos pararam em sua cintura a puxando mais para mim. Pela busca de ar que logo se foi feita necessária para separamos, nossas bocas.

Nossos peitos subiam e desciam ofegantes, quando havia a vontade de beijá-la novamente e pelos seus olhos parecia que a vontade era mútua. Disse algo que me arrependeria por muito tempo.

- Mason está te esperando. - Motivos de falar isso era. Nenhum.

Não podia dizer culpa, isso seria algo que me abraçaria em outra vez, quando estivesse mais consciente. Eu não a olhava nem podia, não saberia dizer a sua feição, apenas sentia suas mãos se distanciando de mim e a falta de suas mãos em mim era algo perceptível. Eu mantinha minhas mãos a mim, ela se afastou eu apenas sai daquela sala o quanto antes. Eu realmente funcionei no automático ao disparar aquilo.

Como encararia Mason depois disso, como o faria sem surtar e como olharia para ela. Ignorar a maldita tensão e minha atração por ela será uma das coisas mais difíceis que terei que fazer em minha vida.

NARRADORA

Sabe aquele momento, que nada parece o suficiente. Ísis estava em um desses enquanto descia aquelas escadas correndo.

Alice sentia aquilo quando criou coragem e saiu daquele quarto, quando não foi atrás do Max como queria e sim esbarrando em Jason. Que parecia extasiado, quando Amanda o deixou ir quando tinha visto Dylan bebendo aos montes.

Lírio sentia aquilo quando desceu as escadas procurando por Ísis que agora estava do lado de Mason tranquila demais para alguém que havia beijado a menina que o melhor amigo é apaixonado. Ela havia parado de súbito ao olhar para Ísis quando se olharam foi algo de poucos segundos até Mason olhar a ela e ir em sua direção sorridente a abraçando, enquanto Lírio e Ísis mantinham aquele olhar ali, precisavam conversar, mas ali não parecia o momento.

Mason sentia aquilo, o porquê vamos descobrir.

MINUTOS ANTES – MÚSICA – DROP THE GAME - FLUME

- Mason, você devia parar de fugir de mim.

Mason estava indo subir as escadas até ouvir aquela voz rouca que era conhecida por ele.

- Bruno, você devia parar de ser obcecado por mim.

- Sabe como é, você foge depois de uma noite, só fazendo meu papel de amante – Bruno estava com um copo vermelho em mãos bebericando as vezes. Estava com um jeans rasgada, uma bota preta e um camisão branco e um moletom cinza na outra mão. Bruno estudava publicidade na faculdade onde Mason estudava, os dois se conheceram em uma dessas festas. Bruno era muito aberto a tudo aquilo que lhe era interessante, Mason era interessante aos olhos de Bruno. Em uma noite de bebidas, os dois acabaram no quarto da universidade de Bruno. O que Bruno ficava feliz ao relembrar, pois sabia que Mason se arrependeria na manhã seguinte. O que chega a ser irônico pois depois Mason agia normalmente quando o viu, Bruno fazia sempre questão de provocá-lo com aquela lembrança, Mason apenas agia como se nem fosse falado ou revirava os olhos, como fazia agora.

- Fiquei sabendo que está quase namorando – Citou Mason a esse fato.

- Estranho, ficou perguntando sobre a minha vida?

- Com certeza, pois eu sou apaixonado por você secretamente. – Mason citou aquilo mais perto de Bruno que por momentos pareceu gelar ao ver ele se aproximar e citar essas palavras.

- Eu sabia, quem resiste né meu bem. – Mason apenas riu, balançando a cabeça suavemente e passando por ele quando não tinha certeza do que estava vendo no jardim, assumindo uma expressão séria de súbito.

- Tenha uma boa festa, Bruno. – Finalizou antes de deixá-lo ali parado, Mason sabia que deixava Bruno daquela maneira, fazia de propósito.

JARDIM MINUTOS ANTES

- Pare de se desculpar por nada, vamos voltar venha. – Amanda se levanta puxando Dylan, limpando suas lágrimas. – Temos uma festa para voltar.

Dylan tinha seus olhos vermelhos, por serem claros eram sensíveis demais, ele olhou para Amanda, quando tocou em suas mãos fechou os olhos com o carinho distribuído por ela em seu rosto, em um movimento beijou a palma de sua mão. Quando abriu os olhos Amanda o encarava, não esperava tal gesto. Dylan a observou lentamente, podia ser o álcool em suas veias o clima a tensão instalada, mas encarou seus lábios sua aproximação foi lenta, Amanda mantinha se minuciosamente concentrada em seus movimentos. Quando Dylan viu que estava a centímetros de seu rosto juntou seus lábios delicadamente, Amanda sentiu os seus lábios no de Dylan e fechou os olhos sendo guiada calmamente pelos lábios de Dylan.

Sentiu quando suas mãos pararam no pescoço de Dylan, quando Dylan colocou suas mãos nas costas de Amanda a trazendo para perto, quando o beijo deu seu aprofundamento quando suas línguas de encostaram, pareciam sôfregas, necessitadas uma das outras. Para preencher vazios.

Quando Mason se aproximava para confirmar suas suspeitas, ouviu seu nome ser chamado por uma Ísis, que parecia tranquila e ofegante ao mesmo tempo.
Quando se aproximou, Ísis apenas disse que havia encontrado Lírio e logo ela é vista por Mason.
Max descia as escadas quando viu a cena de Mason abraçando Lírio, havia algo errado ele sabia pois percebeu também o olhar de Ísis nos dois que logo depois apenas virou seu copo e se virou de costas.

CORREDOR DO SEGUNDO ANDAR

POV’S JASON

Amanda teria me convencido a beber um pouco e me segurado por uns minutos, com alguma desculpa quando percebi que Alice não estava do meu lado consegui me desvencilhar de Amanda com uma desculpa de que iria ao banheiro, havia subido as escadas em busca de Alice.

Talvez não deveria, mas meus próximos passos foram cruciais ao ver Max sair do quarto, se escondeu entre um dos grupos que bebiam, viu apenas quando ele desceu as escadas e logo após viu Alice sair do mesmo quarto. Não consegui decifrar o sentimento que me tomava ali, naquele momento só queria socá-lo e questioná-la por tais atos, mas tinha que pensar naqueles poucos segundos, me agarrei a um último fio de paciência.

- Mason, está nos procurando. Vamos? – Apenas disse isso, não sabia o que dizer, mas controlei minha raiva no último fio de paciência que me restava, a questionaria seria obvio, mas precisava de algo concreto. Vi que ela escondia, mas como iria questionar algo que seria facilmente revertido. Era Alice ela não dava pontos sem nó, mas sabia que ela escondia quando congelou de súbito ao me ver ali.

- Claro.

Descemos as escadas juntos, vi ela congelar quando Max olhou para cima e a viu. Tudo o que eu queria era saber porque e parar, fechava minhas mãos em punhos queria extravasar queria socar aquela cara de Max, eu me segurei ao máximo. Como ela podia fazer aquilo comigo? Alice não era a perfeita com suas posições e andados e discursos idiotas sobre tudo, como podia, me fez de idiota o tempo todo. Me sentia queimar de raiva, se pudesse o matava naquela maldita sala naquele momento.

NARRADORA

Eles estavam ali novamente, na cozinha reunidos, separados e conectados. Dylan e Amanda voltaram dos jardins separados, Dylan chegava ao lado de Ísis colocando o braço em volta de sua cintura. Ísis essa que apenas o olhou sentindo o cheiro de bebida, mas a lucidez dele naquele momento era nova para ela.

Dylan olhava Amanda do outro lado daquela bancada, enquanto ouviam apenas as pessoas cantando parabéns e as luzes baixas seguidas apenas por uma luz azul.

Lírio seguia ao lado de Mason na frente daquelas velas. Se deixou perder em Ísis novamente que a olhava enquanto batia palmas para o amigo.

Max conversava de ao pé do ouvido de Amanda enquanto olhava as velas naquele bolo.

Jason, sentia raiva antes de tudo se sentia traído.
Alice se sentia perdida ali, naquela cozinha sentia que aquele lugar parecia pequeno demais.

E era pequeno demais. Para nossos 8 jovens era, aquela espaçosa cozinha jamais, mas pequena demais para segredos mantidos e formados naquela noite.

Meus caros, obrigada mais uma vez pelas leituras e votos, a historia ainda tem muito chão e varias mudanças, vamos focar mais em alguns capítulos nas nossas principais, mesmo que todos sejam protagonistas aqui. Sempre bom saber o que acham sobre, então comentem ai eu não mordo, só as vezes. Afins tenham uma ótima semana vejo vocês depois. Beijo beijo.

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