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Mas agora estamos estressados

Eu sou Soobin, eu vivia em Seul, em uma parte boa da cidade, estudava em uma escola famosa, eu era o típico nerd do qual ninguém ligava, eu só tinha uma amiga, passava a maior parte do tempo dentro de uma biblioteca. Minha vida nunca foi muito interessante, nada de legal ou revolucionário aconteceu nela, meus dias eram sempre os mesmos, meus pais são muito bons comigo mas nunca ficavam em casa, basicamente me virei sozinho a vida inteira. Parece meio triste falando assim mas eu era feliz e vivia bem humorado. Eu só me acostumei a ficar sozinho, ter apenas uma amiga, nem sei se ela me considera como amigo, nunca me apaixonei, apenas beijei umas meninas aleatórias e não senti exatamente nada. As vezes eu queria viver e ver o mundo, mas só vou da escola para casa e fico trancado falando sozinho com uma planta carnívora.

Eu vivia esta vida, agora estou dentro de um carro ouvindo Stressed Out nos fones de ouvido olhando a chuva cair no lado de fora com o vidro embaçado e com fome. Meus pais foram demitidos e estamos com pouco dinheiro, eles arrumaram emprego numa empresa em uma cidade que não conheco. Larguei tudo que eu já não tinha para trás, eu estava querendo me jogar de um pé de alface.

Parece que nunca vamos chegar, já andamos tanto com o caminhão de mudança nos acompanhando. E a chuva deixa tudo mais melancólico.

Depois de um tempo começo a ver algo parecido com uma cidade. Ela era toda cinza, sem cor, tudo parado e pacato, era feia e, nossa! Eu quero voltar correndo embora.

— Filho, chegamos – Diz meu pai.

O olho assustado e derrotado, o que eu poderia fazer? Tenho que aceitar que estou na merda e vim parar em um fim de mundo.

Entramos em um bairro mais estranho que o resto da cidade, onde tinha um apartamento estranho, ele era bem tradicional, na verdade, velho pra cacete.

— Vamos, Soo, desce do carro, finalmente chegamos querido – Diz minha mãe tentando não parecer triste e abrindo a porta para ajudar a tirar as coisa para que eu pudesse sair, eu estava cercado de tralha.

Saio pegando umas coisas tentando não parecer tão triste e desanimado. Subimos apenas uma escada pois nosso apartamento era no segundo andar.

— Mãe, eu fico aqui colocando as coisas no lugar com você.

— Ok, vai ajudar bastante, seu pai e os caras do caminhão trazem tudo para cá.

O apartamento era todo branco com o chão de madeira clara, não era tão ruim por dentro, era até espaçoso.
Fui pegando as coisas, tirando das caixas e colocando no lugar, não tínhamos tantas coisas e o apartamento já tinha bastante móveis.

Entro onde será meu quarto e começo a colocar minhas coisas para deixar mais minha cara. Montei minha cama, foi difícil mas consegui, e fui limpar o guarda roupas que estava empoeirado para colocar minhas roupas e sapatos.

Eu havia chegado por cerca das cinco horas da tarde, agora já eram meia noite, mas já tínhamos organizado a casa e limpado tudo, meu pai estava jogado no sofá com uma vassoura cansado ao lado de minha mãe. Havíamos comido pizza pois não tivemos tempo de preparar nadinha para comer. A pizza tava uma delícia, vou me mudar mais vezes.

— Mãe, pai, eu vou tomar banho e tentar dormir, boa noite.

— Boa noite filho – Eles respondem.

Entro em meu quarto que agora estava bem organizado, pego um pijama de coelho qualquer que havia ali e vou tomar banho.

Droga! O chuveiro tá quebrado e só tem água gelada. Vou ir morrer de hipotermia.
Tomei banho tremendo mesmo, e com todos os lugares de meu corpo arrepiados, que ódio.

TEAM ; yeonbin Onde histórias criam vida. Descubra agora