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Mas o mundo real
é diferente do prometido

Soobin

Acordo e percebo que não estou sozinho e Yeonjun está todo torto na cama com metade do corpo sobre mim. Eu não quero acordar ele mas eu preciso sair daqui.

—Junie? eu começo a cutucar seu rosto com dificuldade.

—Junie, você que chamou de Junie, acho que vou derreter – ele responde com um olho aberto e outro fechado.

— Sim, acorda Junie.

— Tá bom Binnie.

Isso foi golpe baixo.

Depois de enrolar um pouco eu saio da cama para fazer minha higiene e ele foi em seguida.

Eu percebi que ele é a pessoa mais importante para mim depois da minha mãe, ele sempre está ao meu lado e estamos grudados, nós nos entendemos muito bem ele sempre me ajuda em tudo. Vim parar nesse fim de mundo e ele me mostrou que aqui também é um lugar legal.

Também me ajudou a me descobrir como pessoa, me fez parar de ser obcecado por estudo e apenas estudar de uma maneira saudável, me fez achar mais coisas que gostasse, junto com os meninos me tiraram da solidão que eu vivia e me fizeram nunca mais querer me separar deles e nem eles de mim. Me ensinou a não me prender a medos.

Como já dizia Twenty One Pilots:

Estou caindo, então estou aproveitando minha queda.

Agora estou em pé na cozinha olhando a água ferver em um recipiente.
Sinto um corpo me abraçando por trás e levo um susto de leve.

— Yeonjun que susto do cacete!

— Calma Binnie – ele diz no meu ouvido.

Confesso que todo meu corpo se arrepiou agora.

De repente sinto seus dentes na minha orelha e ele morde meu brinco.

— Tá ficando doido? Ta me tirando?

Ele começa a rir com uma risada gostosa de ouvir e eu começo a rir e ficamos aos risos enquanto a água fervia no fogão.

— Calma mãe! Eu tô indo meu quarto nem tá tão bagunçado assim. Tô indo mamãezinha linda do meu coração – diz Yeonjun ao telefone enquanto estávamos na sala sem fazer nada depois de termos tomado café.

— Binnie eu vou ter que ir, se não minha mãe vai me decepar.

Porque ele tem que fazer biquinho? Não aguento mais isso.

— Eu vou com você até lá fora.

— Como se fosse longe – ele diz e começa a rir.

— Bobo.

Ele de despede de mim e eu rapidamente deixo um beijo em seus lábios. Ele me olha meio perdido e cora em seguida, depois me manda um beijo com a mão e vai em direção da escada para o andar de cima.

— Merda – pigarreio depois de ver meus pais na escada parados, eles tinham se escondido e provavelmente viram tudo.

Meu pai estava com uma expressão de ódio e minha mãe de preocupada.

Acabou para mim.

— Qual o seu problema? – meu pai vem furioso na minha direção e agarra meu pescoço e me empurrando para dentro enquanto minha mãe grita tentando impedir ele.

— Eu não te criei para virar um viado de merda que fica se esfregando com homem por ai.

— Você nem me criou, você nunca ficou em casa, você nunca fez nada por mim – digo agarrando de braço e tirando do meu pescoço — Você por favor poderia parar de se meter na minha vida e não me chamar de filho?

TEAM ; yeonbin Onde histórias criam vida. Descubra agora