Capítulo 45

172 37 6
                                    

Aimê nos leva até uma região bonita, de um condomínio fechado. Pedimos autorização para entrar e nos aproximamos da casa depois que o guarda abre para nós, quando nos aproximamos ela me diz qual é a casa.

Arquitetura moderna, com dois andares, uma entrada com a possibilidades de estacionar vários carros. Arvores altas na frente e tudo muito bem cuidado, na entrada uma porta imensa por onde um carro poderia entrar e provavelmente estacionar na sala estava lá chamando a atenção.

Mas o que chamava muito mais atenção era o homem com ar de poder, definitivamente o dono da casa e se alguém duvidasse disso ao olhar ele parado na entrada, bastaria ver as roupas caras que estava usando. Sério consigo ver o couro do sapato brilhando enquanto descemos do carro e nos aproximamos dele, bronzeado com a aparência similar a daqueles caras europeus que ostentam em hotéis de luxo e com mulheres por toda a parte.

Me pergunto se vou tropeçar em alguma enquanto estamos na casa conversando com ele, quando paramos na frente dele percebo que seu cabelo é tão escuro quanto o meu, seu queixo é firme e quadrado, além de ser definitivamente alto e forte. Tipico macho alfa, estou até ansiosa para saber qual será a reação dele em descobrir que está sendo passado para trás pela família dele.

-Senhor Ferrari, - Começo me apresentando - Sou Beatriz Russo e essa é minha amiga...

-Aimê... - Ela responde simplesmente, minha amiga está carregando todas as minhas tralhas e ainda assim parece ser capaz de derrubar o cara grande que está na nossa frente. Melhor guarda costas não há!

-É um prazer enfim conhece-la, mas devo dizer que estou curioso para saber o motivo da visita ilustre - Ele fala sorrindo, mas é o tipo de sorriso de negócios Hugo está analisando tudo e até mesmo nossas respirações parecem ser notadas por ele, para alguém tão observador ele não parece ser tão esperto quando o assunto é a família dele.

-Imagino que esteja, podemos entrar? - Pergunto sem me sentir intimidada por ele, homens como ele costumam se surpreender com mulheres como eu... Vamos ver o quanto ele vai demorar em perceber que não sou tão normal assim.

-Claro, desculpe... - Ele responde nos dando passagem - Entrem por aqui, desculpem meus modos geralmente sou muito receptivo as visitas... E por falar nisso gostariam de beber alguma coisa?

-Não mesmo, onde podemos conversar com sigilo? - Pergunto sem perder tempo.

-Pelo jeito a visita é de negócios... - Ele responde sem de fato responder a pergunta enquanto me olha com intensidade, até parece que isso me assustaria.

-De fato é e preciso saber se você faz parte do esquema de jogar merda que sua família pratica... - Respondo com ironia e com um sorriso inocente - E no caso as merdas caem na minha família para variar um pouco, já que geralmente a culpa é da nossa família... 

-Venham.... - Ele responde sem esperar uma resposta, tenho um vislumbre da casa e tudo é magnificamente masculino. Muito branco na entrada e na sala, mas depois tons de cinza azulado começam a aparecer conforme entramos mais na casa - Entrem por favor.

Ele indica uma porta estilo de correr celeiro escura com o trilho aparacendo, ainda no primeiro andar depois de passarmos por alguns ambientes.

-Então se estão aqui para me atacar devem ter provas para isso... - Ele responde enquanto se senta atrás da mesa de madeira imponente que fica ao fundo do escritório, estantes de livros estão dispostas pela parede do lado esquerdo e do direito um sofá de couro preto com uma poltrona próxima estão de frente parecendo um espaço de leitura agradável. 

Nós ignoramos o sofá, mesmo que ele pareça ser muito confortalecível para meus pés inchamos descansarem e sentamos em cadeiras estofadas em frente a mesa dele.

Presos na Maldição - Trilogia IRMÃS RUSSO Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora