um dia no parque

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- Então é verdade o boato?

- Eu não esperava algo tão imprudente de você, que vergonha.

- Bem que minha mãe sempre falou que sua cara de santa era fachada.

- Eu que não posso mais andar com você.

- Uma vagabunda, é o que você é! 

- Eu tenho nojo de um dia ter sido sua amiga.

[…]

Era uma manhã de domingo quando Uraraka dormia tranquilamente, já se passava das 8 da manhã quando Haku acordou sua mãe subindo em cima dela a chamando. Para sorte dela, Haku era uma criança tranquila, não dava muito trabalho, o que ajudava muito ela na questão dos estudos e trabalho. Depois de uma semana cansativa igual aquela, a única coisa que a castanha queria era passar o domingo inteiro dormindo deitada na cama, diferente do seu filho que já acordou animado.

- Bom dia meu amor - falou a castanha para o moreninho que sorria, deitando o pequeno na cama, brincava de fazer cosquinhas nele, que o fazia gargalhar.

- Ohh meu banguelo, quem é o banguelo da mãe? Quem é o banguelo mais lindo desse mundo? É você - dizia a garota fazendo som de pumzinho na barriguinha do bebê.

O pequeno Haku dava as gargalhadas mais gostosas do mundo fazendo o coração de Ochako se derreter, a morena sorria orgulhosa ao ver aquela criança mais linda e mais fofa do mundo, ela nunca se arrependeu e nunca se arrependeria da decisão que tomou a mais de um ano atrás.

Ela lembrava até hoje quando descobriu que estava grávida, ela tinha conseguido uma vaga para o torneio estadual de atletismo e junto com sua equipe ela precisava fazer exames para mostrar que estava tudo ok, mas foi aí que o resultado veio: ela estava grávida de 3 semanas, foi um baque, ela ficou desesperada, como aquilo foi acontecer? ela sempre se prevenia, fazia pouco tempo que ela o namorado estavam tendo relações e ela podia contar nos dedos as vezes que foi sem camisinha.

De primeiro aquilo foi um susto, depois veio o desespero como ela contaria a seus pais e ao seu namorado? E por fim uma alegria pois agora ela seria mãe.

Depois uma semana do resultado Ochako contou ao seus pais e eles surtaram com ela, não aceitaram, e depois daquilo foi tudo ladeira a baixo, o namorado a largou disse que não assumiria a criança e nunca mais falou com ela. Todos as sua volta a julgavam e maltratavam diziam insistentemente que ela tinha que abortar aquele "bastardo" e que se ela tivesse sorte no futuro ela conseguiria algo melhor. 

Apesar da pressão a garota não sucumbiu, lutou contra tudo e todos, e hoje felizmente ela tem o seu Príncipe. Ochan recomeçou a sua vida e está feliz está bem com isso, mesmo com todas as dificuldades.

- E aí tá com fome meu bem? - pegou ele enquanto se arrumava para dar de mama.

Amamentar era a coisa que Ochako mais amava fazer, aquele momento era mais que especial para ela e o bebê, sempre ouviu frases como: o leite materno é o melhor de todos; quando você amamenta o seu filho você está dando a ele todo o seu amor, para que ele possa se fortalecer. É uma conexão de mãe com filho e ela sempre prezou por isso, ela fica revoltada quando via uma mãe como celular na mão, a criança na teta e a mãe nem ligava pro filho.

- O que vamos fazer hoje? Que tal nós irmos ao parque? Faz tempo que nós não saímos né meu amor - conversava ela fazendo carinho no rostinho do bebê que sorria mesmo com a teta na boca.

Assim que o pequeno terminou de se alimentar Ochako foi para o chuveiro onde tomou banho e deu banho no bebê, o vestiu com um macaquinho vermelho e azul que combinava com a roupa dela, um macacão das mesmas cores, moda mãe e filho.

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