conte-me a verdade

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[...]

Bakugou ainda estava atordoado com o que viu, Ochako realmente estava com uma criança, que parecia muito com ela e que ela afirmará ser seu filho? Como assim filho? Era uma coisa que não entrava na sua cabeça, ele estava surpreso demais pois aquilo não era uma coisa comum e que se via sempre, mas seus devaneios se foram com o toque de seu celular:

-O que foi velha?

- Não, eu não vou.

- Para de gritar sua velha louca -grita o loiro de volta

-Aff tchau

Katsuki já não tinha cabeça para aturar sua mãe normalmente e naquele momento ele tinha menos ainda, andando calmamente pelo parque o loiro refletia quando algo voltou a sua mente:

- Eu vou me afastar de vocês - essa frase veio com tudo pra cima dele

- Passar vergonha - foi outra e assim seu coração apertou, algo que ele sempre achou impossível de acontecer.

Decidido então de falar com Ochako, Bakugou foi rapidamente até o prédio que ela entrou quando voltaram juntos do colégio.

Chegando lá o loiro foi até o porteiro perguntando qual era o apartamento da morena, e subiu até o terceiro andar no apartamento 7, lá o garoto bateu na porta da garota.

Katsuki viu a porta se abrir mas antes mesmo que pudesse falar qualquer coisa a mesma se fechou deixando ele com cara de bobo.

- Uraraka - chamava ele batendo na porta - abre a porta porra, anda logo eu quero conversar com você.

Mas nada aconteceu, Bakugou teimoso como sempre não desistiu e com continuou batendo até a garota abrir.

- Você não vai parar? Vai embora não tem nada pra gente conversar.

- Tem sim, eu quero entender porque você mentiu esse tempo todo caralho. - falou ele sério - o bonde inteiro confiou em você mas pelo que me parece você não confia em nós.

Respirando fundo, Ochako pensou e pensou até que abriu passagem pro loiro.

- Entra, mas sem mais barulho, Haku está dormindo. - fala ela da maneira mais séria que Bakugou já tinha visto vim dela.

O apartamento da garota era pequeno e simples, tinha poucas coisas que pelo que parecia eram das mais simples e baratas. A sala do apê era junto com a cozinha tendo apenas uma mesa separando os cômodos, as duas outras portas do lugar era: uma do único quarto da casa e a outra que era do banheiro.

Bakugou segue a garota até o sofá da sala e se sentam um do lado do outro, eles não se encaravam e o silêncio é instaurado até o loiro perguntar sério:

- Mano por que você mentiu? E como assim mãe? Como assim você tem um filho?

- Ah para Bakugou, você sabe como acontece, ou ainda não te contaram com se faz um bebê? - debochou a menina tentando fugir das perguntas

- EU TO FALANDO SÉRIO, O PORRA - se estressou o garoto.

- Fica quieto, se Haku acordar eu te expulso daqui imediatamente - briga a menina tampando a boca do colega revoltado

- ok - sussurra ele.

A pequena respira fundo novamente e diz - olha aconteceu e pronto. Eu não disse nada pra evitar esse tipo de reação ou piores, você já que deve saber que em uma sociedade como a nossa não é nada bem visto uma mãe solteira, ainda mais jovem e de menor, o Japão não é o país que mais aceita as diferenças não, tá ok.

Nisso ela estava certa, a reação dele já foi até que exagerada e se duvidar pessoas teriam pior, concordou mentalmente o loiro.

Mas se parar pra pensar ela ser mãe explicava muita coisa sobre ela, como: nunca poder sair com o pessoal, ou a desculpa do trabalho em grupo, as vezes que ela chegava exausta na sala de aula dizendo que não havia dormido, ou até a vez que ela passou o dia todo avoada e não falava pra ninguém o motivo.

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