Capítulo 24: Pode não saber, mas será minha

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Se o meu eu do futuro me contasse que acabaria desejando ser beijada por Henrik Rosemberg, nunca acreditaria e mesmo se uma porcentagem de mim acreditasse nessa hipótese; faria o possível para nunca acontecer.

Mas agradeço que nenhuma versão do meu corpo no futuro, apareceu para fofocar sobre o que estaria ocorrendo agora.

Turbilhões de questionamentos perseguiam minha mente, em busca de respostas. Para o meu descontentamento, não tinha as respostas para nenhuma das perguntas as quais me rodeava; o que é algo de se surpreender.

Sempre soube a conclusão de varias interrogações, mas não é como se sua vida amorosa fosse uma prova de assinalar e no fim poder tirar uma nota máxima.

Diferente do beijo que tive com Maison, não afastei Henrik ou recusei suas carícias. Apenas deixei tudo agir normalmente em relação a tudo o que me perturbava.

Pela experiência de Every, é assim que os garotos fazem? Fingem que nada aconteceu; no entanto era uma coisa que eu não conseguia simular muito bem.

— Tem certeza que não quer entrar? — encosta sua testa sobre a minha.

— Não, eu realmente disse a verdade quando falei que não vim lhe fazer uma visita — mordo o lábio, sentindo a  formigação ainda recente percorrer por minha boca.

— Então eu te vejo amanhã? — um sorriso de canto permanecia em seu rosto, dando direito a covinhas.

— A resposta é meio óbvia. Já me viu faltar um dia sequer no colégio?

— Não sei, nunca parei para te reparar — rolo os olhos com sua revelação.

— Deveria me sentir afetada? — sustento seu olhar.

— No y no debería. Puede que no lo sepas, pero será mío — franzo a testa, esquivando meu pescoço para trás.

— Es curioso que creas que no entiendo el idioma espanhol. Y solo para que conste, no soy de nadie. Hasta mañana chico solitario — pisco para o mesmo, saindo de seu gramado em direção ao segurança que me esperava na saída de sua casa.

Para minha surpresa Blake ainda me esperava dentro de seu carro. O mesmo estava tão focada em seu eletrônico que nem percebera minha chegada.

O cheiro da colônia de sua "namorada" ainda teimava de invadir minhas narinas. Não demoraria muito para amanhecer, o que me fez apressá-lo para chegarmos logo em casa.

— No baile... eu vi o Liam querendo te beijar, Maison que lhe roubou um beijo e você indo propositalmente na casa de Henrik, só para ele te beijar também — sinto um pouco de ironia em seu tom de voz.

— Isso quer dizer que estou ferrada...não é? — viro para Blake, me permitindo o encarar.

— Ainda pergunta? É claro que sim! — arregalo os olhos — Está brincando com os sentimentos deles, não é uma coisa que se deveria fazer.

— Já que mencionou algo perto da palavra enganar... Sabe que Nicholette está te usando, não é? — digo com receio.

— É claro que sei — da de ombros.

— E por que ainda está com ela — faço aspas com os dedos.

— Ela me satisfaz — franzo a testa —, não fica me cobrando por nada e desde que cheguei aqui está sempre ao meu lado, diferente de vocês Berkeley.

— Deveria saber que é isso o que ganha ao entrar nessa família — passo o olhar para sua mão sobre a calça moletom de seu pijama — Agora vamos, está quase amanhecendo. — o som do motor ligado era o único barulho que se havia naquele automóvel.

(Não) Se Apaixone Pelos Rosemberg's (✅)Onde histórias criam vida. Descubra agora