Capítulo 4: Você é mais parecida comigo do que pensa

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Ignoro todos os olhares sendo atraídos até mim, é como se eu fosse uma geladeira e o resto um imã. Como já é de se esperar, eu não estou acostumada com todo esse tipo de atenção. Tudo isso por culpa dos Rosemberg, eles estão olhando para mim e tudo o que eles fazem, os colegiais fazem também.

— Eu sei do contrato que você assinou para o Rosemberg alfa — ouço uma voz atrás de mim.

Me viro para ver quem era. Nicholette Campbell, a blogueira fofoqueira, a loira que sempre usou sua beleza para descobrir as fofocas mais quentes do momento. Quando sua aura não funcionava, a chantagem não era deixada de lado. E Eu estou completamente ferrada.

— Deixa eu ver se consigo adivinhar. Estava ouvindo atrás da porta não é? — arqueio a sobrancelha — Acho que não aprendeu os bons modos quando era criança, Nicholette. O diretor adoraria saber quem é o indivíduo que sempre espalha as notícias confidenciais da diretoria — entro em seu jogo.

— E eu tenho certeza que o Sr. Rosemberg vai saber que os Berkeley não cumprem com a sua palavra — chega perto de mim — Qual é, Melinda. Você menos que ninguém deveria saber que chantagem não funciona comigo.

Mesmo que Nicholette esteja escondendo seu medo em saber que tinha a hipótese de ser expulsa do colégio, caso eu contasse para papai a fonte que espalha os assuntos confidenciais do colégio. A loira não queria demonstrar medo e impotência.

Ela sabia que eu era fraca, e se eu a ajudasse com as fofocas dos Rosemberg, não falaria nada do que sabe sobre o contrato, e eu não teria o porquê de mencionar sobre a mesma ouvir sempre atrás da porta. Ela estava certa, eu era fraca e me renderia. Não teria a audácia de estragaria a reputação do meu sobrenome.

— Eu guardo seu segredo sujo. Mas só se você não contar nada sobre o que ouviu na diretoria. E se não cumprir, sabe o que irá acontecer — nem pensei duas vezes quando fui fazer o acordo com o diabo — E sei que você não quer isso.

— Até que você não é tão burra — sorri vitoriosa — Quero saber de tudo sobre os Rosemberg, tanto o passado como o presente. Esses colegiais idiotas trazem sempre mais audiência para o meu blog quando o assunto é eles. Temos um acordo?

— Eu não tenho escolha — forço um sorriso.

— Você sempre tem escolhas, só está escolhendo a mais fácil. Proteger a reputação do seu sobrenome — estende sua mão para mim.

Não aperto sua mão, apenas me viro de frente para a minha mesa. Consigo ouvir seu sorriso sarcástico atrás de mim. Odeio essa garota.

Se parar para pensar bem, as aulas que vou dar para os Rosemberg não vai ser uma má ideia. Poderia me ajudar para meu currículo pra Stanford ou até Harvard. Não posso descartar as possibilidades. Melinda Berkeley deu aulas para os três Rosemberg, até que não cairia tão mal assim. Até porque o sobrenome deles é o mais prestigiado da cidade pequena onde vivemos.

Mesmo tendo que trocar de sala à cada aula finalizada, sempre sobra um pouco de tempo para poder dirigir ao meu lugar de sempre. A cafeteria do colégio, onde tenho uma pequena parcela nessa participação. Com a minha influência, pedi para papai que a incluísse na reforma do colégio que teve ano passado. Confesso que pedi para ser tratada com imparcialidade nesse edifício, mas não pude me conter quando tive a ideia de ter uma cafeteria. É o local ideal para me sentir mais confortável. Sem holofotes algum em cima de mim por ser a filha do Diretor.

(Não) Se Apaixone Pelos Rosemberg's (✅)Onde histórias criam vida. Descubra agora