Só porque as garotas do Colégio caiem aos pés do garoto solitário, não quer dizer que eu também sou uma delas. Eu não me disfarcei de enfermeira só para ficar perto do Henrik, ou até querer descobrir a sensação da maciez da sua pele contra a minha.
Nunca em sã consciência eu faria isso, apenas estou ajudando a Sr. Bridget, mas isso não é da conta do Henrik e de mais ninguém. Garotos são tão convencidos quando querem.
— Não é como se eu quisesse estar aqui — pego sua mão, continuando a passar álcool nos ferimentos. Me forço a não ficar nervosa.
Henrik fica quieto, apenas me observando cuidar da sua mão machucada. Eu queria ao menos perguntar o que houve com seu punho, mas já posso ter uma ideia só de olhá-la. E eu também fui rude com ele, duvido que responderia a minha pergunta.
O motivo dos seus machucados provavelmente deve ser algo que esmurrou no calor do momento, ou expressando sua raiva. Incrível como eu nunca expressei minha raiva ferindo minha mão ou qualquer parte do meu corpo.
Mesmo se eu estivesse com raiva, nunca conseguiria me machucar, mesmo querendo com todas as minhas forças. Por isso normalmente eu apenas gasto mais do que deveria no cartão de crédito do papai, ou me recuso a ir ao Colégio, o que é o ápice para ele já que é o diretor.
Passo uma pomada anti-inflamatória em seus hematomas e enfaixo sua mão. Com o trabalho já acabado, caminho até minha bolsa que estava em cima da cadeira e apoio minha bolsa no meu colo. Olho impaciente para a porta, esperando a Sr. Bridget aparecer a qualquer momento. Não consigo respirar normalmente com o Henrik Rosemberg à alguns centímetros de mim.
— Desculpe pela demora, Mel. Sempre esqueço onde coloco os seus remédios — me entrega a caixinha de remédios e guardo a mesma no bolso da minha mochila.
— Você me salvou, Sr. Bridget — me refiro aos remédios e ao Henrik Rosemberg.
— Fez um bom trabalho — olho para trás para ver do que estava falando. Até que eu não sou tão ruim assim enfaixando mão. Eu seria uma ótima assistente ao cuidar de curativos.
Sorrio de boca fechada e saio rapidamente da enfermaria que se tornou quente e apertada nos últimos minutos. Lembro da sensação da sua mão quente e macia contra a minha mão gelada e nervosa. Se papai soubesse de todos esses momentos que aconteceram com os Rosemberg, ficaria louco.
É claro que isso acabaria com a parceira que ele tem com o pai deles e eu não quero que isso aconteça. Só eu sei o quanto isso é importante para papai. Caminho em direção às aulas distraída sem notar Todd Jakobsen no meu caminho e trombo no mesmo.
— Me desculpa Todd, estava distraída — escondo uma mecha do cabelo atrás da orelha.
— Ei — segura meus ombros de um modo suave —, você parece nervosa. Calma, hoje não tem nenhum teste surpresa — sorri de canto — Não que eu saiba — o mesmo consegue arrancar um riso de mim.
Todd Jakobsen além de ser meu amigo, é um dos cara mais popular do Colégio. É apenas meu amigo porquê o ajudei em algumas aulas que estava tendo dificuldade, e mesmo seus amigos populares e esnobes não irem muito com a minha cara, o moreno faz eles me aceitarem. Todos já me chamaram muitas vezes para se juntar ao seu grupinho poderoso, mas sempre recusei com educação. Prefiro ficar com os meus amigos Evan, Aiysha e Every.
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(Não) Se Apaixone Pelos Rosemberg's (✅)
Ficção AdolescenteEsta história está disponível no Wattpad. Caso a encontre em outra plataforma, estará correndo risco de um ataque virtual. Henrik, Maison e Liam Rosemberg, irmãos de sangue; mas com personalidades muito diferentes. Henrik é o tipo de cara que gosta...