𝐏𝐄𝐓𝐈𝐓𝐄𝐒 𝐇𝐈𝐒𝐓𖣠𝐈𝐑𝐄𝐒 𝐃'𝐇𝐄𝐔𝐑𝐄 𝐃𝐔 𝐂𖣠𝐔𝐂𝐇𝐄𝐑

⩩ 𝗉𝗈𝗋 𝖿𝖺𝗏𝗈𝗋, 𝗆𝖺𝗇𝗍𝖾𝗇𝗁𝖺 𝖺 𝖼𝖺𝗅𝗆𝖺

Personagem: Christopher Bang.

A enorme luz brilhou em sua cara seguido de um som ensurdecedor, Bang ficou olhando com os olhos arregalados e boquiabertos enquanto o número 22 brilhava em enormes figuras digitais vermelhas em um painel. Ele tentou encontrar um significado para o número, ele estava amarrado em uma cadeira de metal, com riscos sons em torno de seu pulso e seu tornozelo; o encosto da cadeira estava alto, que o impediu de olhar ao redor. Ele não conseguia entender o número, então, ele continuou encarando transfixado.

De repente, uma voz falou:

- Por favor, mantenha a calma.

Bang começou se recordar, eles o levaram durante a noite, o rompimento da porta, os gritos dos homens armados e os gritos de sua família pareciam nada mais do que um borrão, um pesadelo.

Ele havia acordado amarrado em uma cadeira e um silêncio ainda frio, Bang sabia que havia uma razão pela qual ele tinha sido trazido, foi por causa dos artigos.

Durante toda sua Universidade, Bang passou seu tempo livre procurando arquivos secretos do governo online, procurando quaisquer sinais de escândalo e publicando suas descobertas controversas online. Ele sempre soube que é só o tempo antes de o encontrarem.

Bang notou que o número mudou para o 23, inicialmente ele achou que o número 22 era seu número de identificação, mas como pôde ver, não era.

- Não podia ser contador de hora - disse à si mesmo - nem se passou um minuto.

Na cabeça de Bang, veio o pensamento sobre a sua mulher e seu filho, precisava salvá-los; desesperado, Bang começou a se contorcer tentando se soltar da cadeira, foi aí que ele notou a quantidade de números do painel começou a mudar o 24, 25, 26 e logo para 27, 28.

- Mas que merda é essa!? - disse Bang confuso.

Atrás dele algo criptava.

- A temperatura agora é de 28 graus celsius. - disse a voz de um homem velho atrás do alto-falante.

Nesse momento, uma luz se acendeu na direita de Bang, havia uma chave, era a chave da sua habitação, então, ele supôs que ninguém entraria para tortura-lo, e sim que isso era um jogo onde ele podia ficar parado esperando alguém salva-lo ou ele poderia tentar sair, mas sabendo que cada movimento aumentaria a temperatura do seu quarto. Bang começou a entrar em desespero, ele não podia ficar simplesmente parado, a possibilidade de alguém o encontrar era mínima e nem sequer saber se sua família estava salva.

- Por favor, mantenha a calma. - a voz falou novamente, porém isso já não era mais possível.

Bang entrou em pânico, tentando sair de suas amarras, os números começaram a subir rapidamente, aumentando de forma constante e intervalos de menos de vinte segundos. Quando chegou no 38, Bang fechou os olhos, ele não podia se concentrar olhando para aquele painel, a cada segundo que se passava se tornava mais difícil de respirar, gotas de suor escorria de seu rosto e sentia sua pele começando arder.

- Por favor, mantenha a calma.

Os números do painel continuaram aumentando, 48, 49, 50. Bang estava quase solto, estava muito próximo de soltar uma de suas mãos, ele continuou lutando com todas as energias que faltava, e no último puxão sua mão esquerda soltou.

- Prisioneiro, a única razão por estar suando é porque está tentando se libertar, a temperatura do seu quarto não está aumentando.

Após ouvir oque a voz falou Bang congelou.

Enquanto ele abria os olhos lentamente, começou a enxergar o gigante vermelho que encheu sua visão; no painel estava o número 99, Bang se acalmou e seus medos diminuiram um pouco, e a voz estava certa, tava fresco onde ele estava, seu suor começou a secar, Bang respira aliviado.

- O quarto que está com 99 graus, é o quarto onde sua família está.