Havia se passado setenta e duas horas, desde a última vez que a vi saindo do carro, Miqueas e Constância se uniram para me deixarem "confortável" depois do meu momento de fúria, quebrei meu escritório e a exaustão do corpo, fiquei com febre e uma cefaleia terrível. Passei dois dias na casa de Conste, para me recuperar. No entanto, ainda não fui procura- lá, entretanto, Abby foi pra casa de Miqueas, ele não a viu, mas o almoço estava pronto para uma semana, permitindo ela se ausentar pelos dias decorrentes. E estou aqui no meu novo escritório, uma sala do lado de Lena, minha assistente.
E estou em um assunto aleatório, na época que comecei na área de Engenharia Civil, no qual fui selecionado para trabalhar na empresa do seu Helenito e fui honrado em conhecer seu Estevão, um homem que não tinha diploma, mas a experiência em construções gigantescas, deixava qualquer professor no chinelo. Ele morreu na época que estava internado e rumores falavam de envenenamento. Sai do banco, no dia que encontrei Abby e teria que achar a filha de Estevão, a mesma tem uma quantia razoável de herança, tenho que descobrir se ela está viva ou não. E pedi pra Felipe ir no último endereço que Estevão morava e tentar descobrir algo sobre a filha.
O ramal de dona Lena acende:
- Senhor, Salul! O funcionário Cícero Correia da Silva, pretende falar com o senhor.
- Faça-o entrar.
Será que ela mandou alguma mensagem para mim, não. A mesma já tinha me dito uns bons desaforos.
- Cícero. – Apontei para cadeira.
- Serei objetivo, senhor. Não aceito o que fez com Abadia, ela não merecia, vejo minha amiga triste, sem aquele olhar radiante, eu deveria vir logo após, mas ela ficou com lá em casa e ainda tive o curso de Segurança, a minha vontade é de quebrar sua cara, em ter feito a Abby de idiota.- Ele continua de pé e me olhando nos olhos.
- Abadia, é assim o nome dela verdadeiro? Eu entendo sua indignação e não retruco com ofensas porque sei do cuidado que tens com ela, mas ouça-me nada foi planejado, eu errei em não ter dito a ela quem eu era, depois que a vi em discussão com Cássia e não julguei, não penso que ela seja uma interesseira... – ele me corta.
- Então, faça o que um homem deva fazer, converse, seja verdadeiro, mesmo que não dê mais certo, me sinto um inútil em vê-la com aquele olhar triste e perdido.
Quando ele termina Felipe invade a sala a pedido meu que disse quando ele retornasse não me deixasse esperando.
- Desculpa, patrão. Não sabia que Cícero estava aqui. – Felipe fala.
- Pode falar Felipe. Seu Cícero será compreensivo.- Falo olhando pra Cícero e o mesmo assente.
- Aquela mulher que mora lá é uma cobra Patrão, quer saber o motivo por procurar a filha dela que também é do interesse dela, eu disse que era coisa de seu Estevão e não teria mais detalhes.
- A filha não estava em casa?
- Uma vizinha me disse que a mais de dez anos a filha não mora com ela, tem laços cortados. – Felipe comenta.
- Obrigada, Lipe. Eu vou sair agora com senhor Cícero ele não vai trabalhar mais hoje, peça para dona Aline do RH
providenciar, um substituto.
- Certo, Patrão. Cícero vai domingo bater bola na quadra, tá fazendo falta um zagueiro.
- Sem tempo Lipe, Dona Anália me dando trabalho, mas quando folgar eu irei, pode deixar.
Saio com seu Cícero na certeza que agora posso falar com a Abadia, Abadia, me apaixono mais e mais.
- E o carro? – Pergunto para quebrar o silêncio.
- Terei que vendê-lo infelizmente, minha avó, que na verdade é Tia, está muito doente e o dinheiro será de bom grado.
- O que ela tem?
- Ela tem um pouco de tudo. E agora uma insuficiência respiratória, junto com sopro no coração, todo o cuidado é pouco, mas pense numa veinha arteira- rimos do que ele fala- é a única família que tenho depois que me assumi homossexual.
O silêncio pairou e me recordo de um amigo que a Clarisse teve, que levamos para o hospital porque uns homens que transaram com ele, o bateram até deixa-lo desfalecido.
Chegamos em frente ao bloco que Abadia mora, entretanto, havia polícia e Samu, o lugar estava agitado.
Subimos e meu coração estava a mil, não sei como irei me comportar depois desses dias sem falar com ela, sinto um amargo na boca, coração palpitando, essa sensação de perda é horrível.
Cícero é bem íntimo, pois tem a chave da casa dela, ele abre a porta e a cena que deparo, faz meu sangue ferver , ela está de calcinha e sutiã, com um homem dentro de casa, no impulso da raiva, parto pra cima do cara, segurando o pelo pescoço, ela começa a rir e meu corpo fica tenso, a raiva me consome, Cícero fala algo mas não ouço, o cara não teve reação, colocou as mãos para cima como rendição, como ela pôde ter me feito de idiota, eu achei que ela estava triste, é uma armação dela e do amigo, não consigo soltar o canalha até que Cícero, dá um grito.
- Ele é meu marido.
Ouço e fico estático, Abadia está rindo, mas pressinto nervoso na sua risada, fico tonto e percebo a escuridão tomando conta de mim.
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Abadia
Com a cabeça a mil, cheia de coisas para fazer e ainda muito triste, fui no dia seguinte fazer o almoço na casa de seu Miqueas, liguei para a portaria do prédio e soube que ele já tinha saído, como sou rápida em cozinhar, fiz comida para uma semana, onde posso me ausentar até seu Aranhos dizer que não tem mais o que comer e é o tempo que tento encontrar outra coisa, deixei recado com Jessy, a mesma visualização e não me respondeu.
No dia que estava com Cick, o Marcelo apareceu e a gente se reencontrou, dona Anália deu uma fugida pra casa da vizinha, fazendo nossas conversas serem mais ousadas, a felicidade do meu amigo é minha. Marcelo é designer de lingerie e disse que ia desenhar um para meu corpo, esperarei ansiosa para usá-lo, já que as peças que ele desenha será lançada, na Suíça. Meu amigo é chiquérrimo.
Consistir em ir para casa e aproveitei fiz aquele faxinão, costurei, falei com os vizinhos que em breve irei vender panquecas, recebo vários elogios por causa do meu tempero, então, vou acrescentar um extra lucrativo.
Cícero me ligou em desespero que Marcelo o chamou para morar na Itália e para levar Dona Anália, dei um grito de tanta felicidade, corri e fiz uma chamada de vídeo e comecei a mexer a cintura lembrando das aulas da dança do ventre, Cícero todo desengonçado me imitando, dona Anália pegou o celular e disparou que não viaja de avião nunca, começamos a rir, ela já decretou que morre no Brasil.
Mesmo com a minha mente ainda em Salul e em tudo que aconteceu, não sei ir atrás é minha defesa, para não me decepcionar de novo. Cick me disse que o curso termina hoje e ele iria resolver uma situação e que eu acolha o Marcelo por algumas horas, já que dona Anália foi ver uma amiga.
Marcelo chegou e trouxe uns lingeries para que eu desfilasse, fiquei toda boba, ele fez um vídeo, eu desfilando, pediu autorização e enviou para um olheiro de modelos, fiquei contente pela iniciativa dele, mas já tô caquética. Ainda me levou para uma área que tem, aqui dentro das casas populares e fez umas fotos, o povo curioso, olhando sem entender nada.
Subimos de novo e coloquei uma lasanha de berinjela com queijo branco, aspargos, creme de leite e peito de peru desfiado, era o prato favorito do papai. Cicero estava demorando, Marcelo estava no celular e me deu um pacote com laço cinza e quando abrir, pu-ta-que-pa-riu, corrir para o quarto e fui experimentar.
Estou me sentindo uma Imperatriz, só faltou uma coroa feita de prata, não gosto de ouro, estou desfilando mostrando para Celo e ele filmando, quando percebi que Cicero chegou e eu virei para frente da porta, não esperava ver... Salul entrou como um urso furioso e agarrou pelo pescoço de Marcelo, meu nervoso me faz rir e Cicero gritando que é parceiro dele, entretanto, a possessão não fazia o escutar até que Cick berrou dizendo que Marcelo, é o marido dele e vir o olhar dele perdido e ele caiu desmaiado no chão da sala.

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Puta-Me. ( Concluído)
Kısa HikayeO conto Puta-Me é de minha autoria, não sou escritora, simplesmente gosto de escrever. E agradeço desde já que está lendo e quem vai ler. Plágio É Crime. Meu Primeiro Conto Erótico. Haverá erros.