Puta-Me. ( Concluído)

V

Abby

Já havia passado uns trinta dias da última vez que meu corpo foi extremamente fodido e minha boca saboreou uma pica (risos), não sei se fiz certo em pedi-lo, o desconhecido me traz paz, é algo fora do comum, meu corpo queima desde a primeira vez que eu o vi, na porta da saleta do hospital, meu coração acelerou, as mãos ficaram frias e eu pensei: Puta. Isso mesmo, é um termo usado para ofender, desrespeitar a mulher, como se fôssemos sujas, entretanto desde de quando me toquei para entender meus desejos aonde penso que sou responsável pelo meu prazer e não somente o outro, se o prazer é para ambos. O termo "puta" deveria ter outro tipo de construção..., mas, infelizmente a sociedade desde os primórdios rotulam muitas coisas, porém essa conversa será uma utopia.

Sou extremamente exclusa nessa situação sobre sexo não tive parceiros que explorasse meu corpo, meus desejos, minhas loucuras mais insanas e olha que não sou adepta ao sadomasoquismo, mergulho na pele, no cheiro, na boca e para me deixar louca, saber usar as mãos é o ápice. Quando me masturbo, dou-me a permissão de pensar na mulher maravilhosa, linda e gostosa que sou, é um jeito único que encontrei de sentir tesão saber que o seu corpo é sua moradia e âncora, é simplesmente amor próprio.

Meu primeiro namorado Slaviero de Lucca e minha maior decepção falava: " Se eu não tivesse tirado sua virgindade, poderia apostar que era uma profissional do sexo", éramos inexperientes, no entanto, eu explorei meu corpo, gosto de sentir minha buceta alargada, a pele arrepiada, o gemido, os espasmos da falta de ar e pasmem ainda não tive experiência anal, acredito que com meu desconhecido, posso me atrever a disseminar esse lado puta que sou.

Ah! Minha segunda experiência sexual foi um amigo da universidade, eu estudo Jornalismo, mas estamos em greve, a verba foi desviada, algo desse sentindo. O reitor está sendo procurado. O ensino sendo pisoteado sempre.

O Francisco é aquele homem, que se acha o foda e não sabe nem meter...entende? É estranho essa sensação eu o chamava de carro trepido, Cick morre de ri, nunca gozei com ele, mas ele era divertido, me fazia companhia nos estudos, até um dia que descobri que ele mantinha um relacionamento abusivo com uma colega de sala, quase não acreditei nos absurdos que a mesma relatou no meio do pátio da universidade, depois de uma idiota ter ido contar a ela que estava transando com o mesmo. Ela nunca soube de "nós" porque nunca fiz parte das "apaixonites" dele, o cínico até tentou desfazer da menina, entretanto por ser mulher sei mais ainda como os homens se comportam quando são ameaçados, entretanto o ignorei e nunca mais tivemos aproximação.

Agora estou esperando o senhor Miqueias Aranhos, nome esquisito, sobre uma vaga de cozinheira, ele paga bem e só vou três vezes na semana e não preciso dormir, estou nas nuvens, a empresa de trabalho diários que indicou minha inscrição, que fiz três dias depois da minha demissão.

O Cícero me contou sobre Dona Cássia, de ter sido demitida, rumores falados diziam que o dono da empresa tinha visto ela maltratando uma funcionária, eu orei por essa moça, aquela lá tem ácido na língua. Cícero insiste que foi por causa de mim, porém na sala só estávamos nós duas, se tivesse outra pessoa teria visto.

- Boa tarde, fui selecionada para fazer a entrevista com o senhor Aranhos.

- Senhorita Metreiro?- fala um homem saindo da sala.

- Sim!

- Venha vou te explicar direitinho. O apartamento é do meu amigo o mesmo não vai em casa almoçar, a sua única obrigação é fazer o almoço e estar lá sempre em dois em dois dias, tem a Jéssica que é diarista e também o mesmo processo. Já quer começar?

-Com certeza.- esse dinheiro irá para minha vida tranquila.

Chegamos no último andar do prédio vizinho, a Jessica já se encontrava fazendo suas obrigações e foi super gentil, ainda bem, nos últimos tempos não estou tendo sorte. A minha suposta mãe Maclina Winter, tentou outra aproximação, mas ainda não a perdoei, eu tenho que conversar com alguém que entenda sobre pecados, a Flora me dizia que a pecadora é ela, eu fui forçada, fui levada sedada para o hospital e quando acordei naquele lugar horroroso, soube que nunca poderia ser mãe, mas deveria ser uma escolha minha decidir ser mãe ou não.

A Jessica me tirou dos meus pensamentos falando do aroma da comida, se não der certo como Jornalista, O Bistrô da Abby, pode ser um novo projeto. Mandei mensagem para Cick, dizendo que consegui o trabalho, ele estava em uma reunião, com os magnatas, eu nunca participei das reuniões quando trabalhava lá, era sempre no horário da faculdade, a cascavel liberava, entretanto, sempre ameaçando que poderia perder o trabalho.

Já deixei tudo pronto e estava acabando de ajudar a Jéssica, para uma pessoa ser solteiro e ter um apartamento com três banheiros é meio exagerado, pelas informações da Jessy, o cara é um gostoso e tem uma voz de melar a calcinha, damos muita risada, ao contrário de mim, ela é muito faladeira, relatou os flagrantes que ela dava nos patrões, desde de pegar alguns nus, transando com homem e mulher e até autoflagelação, a vida da minha nova companheira de trabalho daria um livro no Wattpad, ele poderia escrever essas estórias faria sucesso.

Saímos do apartamento e passamos pela portaria já que seu Aranhos havia deixado nossos nomes com o Senhor André, um senhorzinho simpático, fazemos uma ficha técnica, colocamos fotos digitais e ele nos entregou nosso crachá e a Jessy já tinha contado da infância até os dias atuais.

Aproveitamos e fomos ao Shopping e mandei uma foto pra Cick, ele mandou mensagem que em menos de uma hora chegaria. Comprei umas langeries já que ainda tinha um dinheiro guardado e agora com esse lucro posso me dar esse luxo, a maluca estava comprando um sobretudo, ela disse que hoje a "jiripoca ia piá", as atendentes riam sem parar, sem esquecer de mencionar uma idiota que ficava olhando quando eu chegava perto de algum setor, esse constrangimento só será disseminado quando entenderem que cor da pele não diz porra nenhuma... É um devaneio, mas quem sabe um dia.

A maluquinha deu um grito perto da praça de alimentação por ter visto o Rodrigo Hilbert que estava fazendo uma campanha de roupas intimas, eu tomei um susto e comecei a rir, ela não tem noção, fala coisa com coisa, quando a sua mente processa uma pergunta que ela fez, a mesma já está falando sobre doce de abacaxi com coco.
Fomos para a porta da saída do Shopping e ela disse que o "derengo" já estava chegando, olhei para o celular e nada do Cícero espero que esteja tudo bem com Voinha, os atrasos do Cick, sempre a envolve.

Jessy ainda falava muito, ela não tem freio, é divertido ter pessoas tão livres, óbvio que ela tem problemas, entretanto o caminho que ela escolheu foi deixar a vida rolar, preciso aprender ser assim, me fecho tanto que foi para um estranho que relatei meu pior pesadelo.

Meu coração começou a acelerar observei que vinha um homem na moto e estava reduzindo a velocidade e eu pensei: "não acredito que a Jessy e o desconhecido se pegam", ela subiu na moto, me deu um tchauzinho e eu fiquei decepcionada. Putaquepariu, Abadia! Nem para ser puta você está prestando querida. Não vou negar, deu uma inveja da Jessy.

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Oi? Jessy e o desconhecido? Não entendi nada.

Abadia, querida estas fodas estão fodendo seu psicólogico. 👁️👁️