Prometido ao Supremo

Capítulo 6: Café da manhã.

(Pov. Jeon Jungkook)

Todas as noites enquanto tento dormi ou até mesmo quando chega às manhãs com o magnífico sol lá fora, me pergunto o quanto deixei minha vida se tornar essa coisa maçante e sem graça. Se comprometer com as pessoas que não gostam de si é a pior escolha a se fazer. Eu amo o Jin, como um amigo, já que a apenas dois anos atrás percebi que o coração dele pode pertencer a qualquer outro pessoa menos eu. É horrível saber que mesmo o tratando bem e com carinho, sei que ele jamais vai pertencer a mim. Não quero que ele seja infeliz para o resto da vida ao meu lado.

Eun se tornou a minha noiva porque nós temos uma filha e minha mãe insistiu para eu fazer isso, mas eu não quero me comprometer com um outro alguém que não me quer por perto. Posso ver no olhar dela que o quê a mesma sente por mim é só desejo assim como qualquer outra ômega da matilha. Beleza que temos uma garotinha - que é literalmente a coisinha mais incrível que aconteceu na minha vida -, mas não quer dizer que temos que estar casados para criá-la. Estarmos perto e mantendo uma boa amizade já é o suficiente para nossa filha não crescer desamparada. Minha mãe voltorá para o oeste, onde vive a família dela - meus avós, tios e primos maternos - daqui uma semana, e ela faz questão de querer controlar a minha vida, porém isso acabou há muito tempo.

Para mim já chega. Estou tão cansado da minha própria mãe, já é insuportável olhá-la sem querer mandá-la embora de vez. Acima de tudo a respeito e prezo pela a mesma, pois agora só tenho ela já que o meu pai se foi, mas isso não significa que dei permissão para ela fazer o que quiser de mim. Isso é extremamente ridículo. Poxa, eu só queria viver em paz, longe dessas relações amorosos ou seja lá o que, todas elas nunca dão certo ou me deixam doente. Tudo parece tão frio na minhas casa, que para mim está sendo insuportável.

Às vezes seduzo o Jin e tento tirar dele um pouco de carinho, talvez um sexo bem gostosinho, mas ele não me quer assim como a Eun que tem medo de engravidar - como se isso fosse a pior coisa do mundo. Não passo os meus cios com ninguém, agora eu mesmo estou me abatendo dessas coisas. Por ser um supremo, eu automaticamente preciso ter uma vida sexualmente ativa, mas infelizmente isso não vai rolar para mim - mesmo que isso me torne fraco.Vejo ômegas me querendo aos montes, mas eu não quero. Para mim já chega de tanto rolo, para mim agora e acima de tudo é criar minha menina e cuidar de cada membro da matilha como um bom líder - mas se não me quiserem mais, farei questão de sair sem brigas e mais nada, já que tudo que faço por eles é em nome do meu querido pai.

Às vezes me arrependo das coisas que eu faço, como por exemplo trazer o Jimin para cá. Ele provavelmente me odeia por tê-lo tirado de sua casa, mas o que faz meu cérebro doer é porque os tios dele imploraram para tirá-lo de lá e eu não consegui dizer não. Eu já queria trazer o garoto para cá por causa do meu sonho e tudo mais, só que os meses que sai da minha casa, longe daquele monte de briga desnecessário, para observar o Jimin e trazê-lo para cá, eu tive tempo para pensar. Arejar a minha mente de todo aquele misto de bagunça e confusão em que eu me encontrava, e pude reorganizar meus pensamentos e tomar as decisões que eu nunca imaginei que tomaria.

No começo quando casei com o Jin, a gente era feliz, bem, os dois primeiros anos, daí minha mãe veio morar comigo quando meu pai morreu e tudo virou um inferno, logo depois apareceu a Eun e um evento foi desencadeando outro, e quando me dei conta já havia se passado oito anos, até o mês passado, e eu me afundando na infelicidade porque infelizmente cada um na minha casa só pensava em si mesmo e em seus próprios interesses. Do que adianta ter vinte cinco anos de idade, ser jovem, cobiçado, bonito, forte e gentil e não ser feliz? Do que vale uma família de aparências? Para nada. Sinceramente, acho que faz tanto tempo que não saio com os meus irmãos de luta para ao menos tomar uma cerveja, que eu nem sequer sei se eles ainda se lembram de mim.