O Amor proibido (Romance gay)

Capítulo 19

A semana passou rápido e os problemas entre mim e o Liam estavam melhores e isso também se deve á paragem dos e-mails anónimos. O amigo do Liam ainda não tinha dito nada e o meu noivo estava muito ansioso com isso.

Felizmente o nosso ambiente está melhor, o que resultou numa diminuição da minha ansiedade e a minha bipolaridade também acalmou, devido também á medicação.

Apesar das melhoras não fui para o colégio, pois a Mafalda me proibiu de trabalhar por causa do stress que podia trazer.

Fiquei em casa e o Rodrigo estava cá porque tinha de assinar alguns documentos importantes.

Despediu-se com um abraço muito apertado.

A tarde passou e perto das 19 horas, a campainha toca e um estafeta fala:

- Senhor Henry Paterson?

- O próprio. – Respondo com cara de dúvida.

- Tenho aqui esta encomenda para si, importa-se de assinar aqui. – Assinto e assino, logo depois o estafeta vai embora e abro rapidamente a caixa.

Assusto-me com o que vejo, era um monte de fotos minhas, a chegar ao colégio, dentro do meu gabinete, no refeitório, a entrar na casa de banho, no hospital do Liam, em casa, na empresa, em restaurantes, em alguns parques, e o pior de tudo, havia uma foto do dia em que estava deitado ao lado da campa do meu pai. Liam aparece á minha frente e dá-me o habitual beijo de quando chega a casa.

- O que é isso, Amor? – Pergunta Liam.

Não consigo responder até que ele me tira a caixa das mãos, e após ver o seu conteúdo fica incrédulo.

- Eu vou á polícia, isto não pode ficar assim. – Fala Liam, e eu assinto, percebendo que realmente era grave. Alguém estava a seguir-me para todo o lado que eu vou, é assustador saber que até neste momento alguém pode estar a vigiar-me.

Seguimos para a esquadra e depois de aguardarmos 10 minutos na sala de espera, entramos numa sala onde somos recebidos por um inspetor. Contamos o que se está a passa, entregamos a caixa e mostrei todos os e-mails anónimos.

Saímos da delegacia e fiquei um pouco aliviado, mesmo sabendo que nada estava resolvido.

Chegamos a casa, jantamos e após isso o Liam foi se deitar, fiquei mais um tempo no sofá a ver uma serie.

O meu telefone dá o som de notificação e assusto-me quando vejo a notificação, era outro e-mail anónimo:

"Não adianta meterem a polícia, o vosso noivado está muito próximo de acabar. Mas agora Henry, tens 20 minutos para apareceres sozinho no estacionamento traseiro do teu colégio, ou então a tua querida cunhada grávida e o teu amado irmão, morrem.

Anónimo, tens 20 minutos coração"

O meu corpo gela, ele ameaçou de morte o meu irmão e a esposa, como é que é suposto reagir a isto?

Saio sem fazer o mínimo de barulho para o Liam não acordar. Entro no carro e conduzo a altas velocidades e quase que me despistava quando vi um cão a ultrapassar a rua, parei o carro e após respirar fundo umas 5 vezes, volto a conduzir desta vez com mais calma.

Chego ao colégio e os corredores estão muito escuros, então ligo a lanterna do meu telemóvel, começo a movimentar-me em direção ao estacionamento traseiro do colégio.

Durante o caminho até lá, assusto-me várias vezes por barulhos mínimos o que comprova o medo com que estava.

Após chegar ao estacionamento não vejo nada nem ninguém, só o silêncio e a minha respiração visivelmente ofegante eram ouvidos no espaço amplo.

Comecei a andar novamente para ver se havia alguma coisa ou alguém á minha espera, mas nada, só o barulho das folhas e dos ramos das árvores por causa do vento.

De repente ouço uma voz, grossa, e bem atrás de mim, reconhecia-a, era o Rodrigo.

- Acho que estás á minha procura. – Fala muito próximo ao meu ouvido e salto em susto.

- Tu? Foste tu que fizes-te tudo aquilo? A caixa, os e-mails, as ameaças ... tu? – Pergunto descrente que ele tenha feito alguma coisa.

- Desculpa, não te queria assustar mas foi necessário para ficares comigo, Henryzinho. – Responde com um tom de psicopata e arrepio-me todo.

Rodrigo avança e coloca um pano preto na minha boca e nos segundos seguintes eu só vi preto.

***

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Henry Paterson.