Little Tiger

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Daegu, Dezembro de 2013.

Dezoito anos, finalmente!

Acabei de formar no ensino médio e estou procurando alguém pra dividir a casa já que vou começar o junior¹ daqui a dois meses. Fazem duas horas que estou no site à procura um Roommate mas não acho nenhum que encaixe no orçamento.

Muitas pessoas que cursam o junior não precisam de alugar uma casa, mas eu moro numa fazenda com meus avós e é muito longe do colégio que consegui uma vaga. Não quero perdê-la e acabar entrando num público.

Suspirando triste atualizei o site pela última vez, para minha surpresa apareceu um perfil novo: Jung Hoseok, vinte anos.

— Vovó! Achei uma pessoa nova. — gritei do quarto ouvindo um "Estou indo!".

Disquei o número e coloquei pra chamar, em seguida ouvi uma voz rouca:

— Alô?

— O-oi, eu falo com Jung Hoseok?

— Sim, quem gostaria?

— Prazer Hoseok-ssi! Meu nome é Kim Taehyung, eu achei o seu número no site de Roommates e gostaria de saber qual é o valor do aluguel...

— Ah, eu acabei de me cadastrar, não sabia que alguém ligaria tão rápido. Qual é sua idade Taehyung-ssi?

— Dezess- dezoito. Eu tenho dezoito.

— Certo. Você pode passar o telefone pro seu responsável?

Minha vó chegou na porta bem na hora e fui pra cozinha beber uma água, sempre fico nervoso ao falar com estranhos no telefone. Ela veio atrás de mim gesticulando pra que eu pegasse uma folha e caneta, anotou alguma coisa e em seguida desligou.

— O que ele disse?

— O valor é realmente bom! Ele me deu o endereço, se tudo der certo vamos lá amanhã.

— Que bom, espero que dê. Não quero perder minha vaga...

— Não se preocupe, meu bem! Vai dar tudo certo sim. — Ela me deu um beijo na testa e um abraço, voltando a cozinhar em seguida.

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A tarde estava fria, eu e vovó descemos do ônibus e dobramos a esquina do endereço escrito no papel.

Vesti minha roupa mais bonita para passar uma boa impressão e antes mesmo de tomarmos o caminho eu já havia escutado o discurso dela sobre como eu deveria me comportar e aproveitar a oportunidade de conhecer Hoseok, já que ele era mais velho e poderia me ensinar muitas coisas.

Com o papel em mãos e os olhos fitando a comprida rua, avistei o número 1802 num muro de madeira. A casa era bonita, nada muito extravagante. Parecia realmente confortável e acolhedora.

Passamos pela cerca e atravessamos o gramado chegando na porta da casa. Bati a campainha e alguns minutos depois um homem de altura mediana abriu o portão, arrumei meus óculos no rosto e me curvei em respeito.

— Boa tarde senhor, eu sou Kim Taehyung e essa é a minha avó, nos falamos no telefone ontem.

Ergui o corpo e vi o mais velho com uma feição desconcertada.

— Ah, Taehyung-ssi! Não precisa dessa formalidade toda... entrem para conhecer melhor a casa.

— Não vou entrar com vocês, apenas vim trazê-lo para se conhecerem melhor e mais tarde o busco. — Vovó anunciou e Hoseok apenas assentiu. Ela me abraçou, sussurrou um "se comporte" e foi.

— Acho que somos só nós dois então, não é? — Murmurou sorrindo para mim.

Que sorriso fofo!

— Sim, senhor. — Tirei os sapatos e coloquei no lugar adequado, Hoseok tinha ido pra outro cômodo então eu só esperei, observando a vista da janela.

— Aish, já disse pra esquecer as formalidades Taehyung, pode me chamar de hyung! — Ele voltou com dois copos de água na mão e me entregou um.

— Está bem, Hoseok hyung.

Bebemos ao mesmo tempo enquanto ele me observava sem dizer nada e eu desviava o olhar, sem graça. Sabia que ele estava avaliando se eu era a pessoa adequada para dividir a casa com ele.

— Gostou daqui da casa no geral? — Quebrou o silêncio.

— Eu gostei muito hyung, a parte de fora parece uma casa como qualquer outra mas o interior me da uma sensação boa. O jeito como tudo combina, eu não sei... — Girei os calcanhares e ajeitei os óculos mais uma vez, o encarando.

Eu estava fazendo aquilo de novo. Maldita mania minha de observar demais.

— ... Ela é muito bonita sim. - Concluí num tom quase não audível.

— Acho que ninguém nunca falou tão bem da minha casa antes. Foi a Jiwoo, minha noona, que arquitetou tudo quando nos mudamos pra cá. Ela olhava pra casa assim como você fez agora.

— Se me permite perguntar... o que aconteceu com ela?

— É uma longa história, meu pai não queria que ela se casasse com o namorado e quando os convites chegaram eles tiveram uma briga. Os meses se passaram, ela se casou e foi construir a própria vida longe de todo mundo.

— Mas você tem minha companhia agora! Q-quer dizer... se você me aceitar aqui, podemos ser a companhia um do outro.

— Eu espero que sim, me conta mais sobre você.

— Acho que não tenho muito pra falar, eu consegui uma vaga num colégio longe da minha casa e por isso entrei naquele site. Gosto de ouvir músicas e... só.

— Nem vem, tenho certeza que você faz mais que isso. Qual é o seu desenho favorito?

— Pingu. — Respondi envergonhado, ninguém da minha idade assiste Pingu. Fiquei mais envergonhado ainda quando ele riu de mim.

— Você é fofo, Tae. Acho que vamos nos dar muito bem. Senta aí no sofá, eu vou pegar uma pipoca pra gente assistir Pingu!

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Junior¹: Neste período educativo predominam especialmente os centros privados: 150 contra 10 públicos. Costumam ser dois ou três anos de estudo especializado em disciplinas como agricultura, pesca, enfermagem, ciências da saúde, sociologia, educação física.

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Oii, como estão? Eu tô muito animada pra começar, já faz uns meses que tô planejando ela, minha primeira longfic.

Esse capítulo foi curtinho mas espero que consiga fazer os outros maiores, se gostaram dessa introdução adicionem na biblioteca e não esqueçam do votinho, eu vou tentar att toda semana!

É isso, bebam água e se cuidem, vejo vocês no próximo capítulo:)