décimo quinto capítulo ✨

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Assim que Beatrice se sentou na mesa toda sorridente, Coeur e Benjamin se encararam e depois a encararam — O que aconteceu para você ficar toda radiante? O sono foi tão bom assim? — Perguntou Benji a olhando.

— Nossa, eu não posso sorrir mais? Ah, e eu preciso conversar com você Noir, sobre um dos seus guardas. — Tomou um gole de vinho e começou a falar — Você lembra que quando eu tinha uns 15 anos mais ou menos eu gostava de um garoto chamado Rafael? Éramos melhores amigos e quando você tava na casa da árvore eu saia com ele, lembra?

— Lembro sim, mas o que isso tem a ver com o assunto dos guardas? — Perguntou confuso. — Ele está trabalhando aqui no castelo como guarda, hoje eu acabei esbarrando nele e aí a gente conversou, eu chamei ele para um passeio amanhã e queria saber se você pode dar só um dia de folga para ele... Por favor.  - disse Bea com cara de cachorro perdido.

— Você quer que eu dê folga para um guarda só para você sair com ele? Não gosto dessa ideia não.

— Sim, couer por favor. Lembre-se que você não tem que gostar de nada porque pensa em todas as vezes que eu menti para aquele homem só para você poder ir comer o benji na casa da árvore. Agora me diz que você vai dar um dia de folga pro Rafael. — Lançou um olhar sério para Coeur enquanto tomava seu vinho.

Todos na mesa estavam olhando para os dois e esperando a resposta de Coeur. — Eu tava brincando Bea... tudo bem eu vou dar um dia de folga para ele — Enquanto isso Benji só ria da situação. — Obrigada.

Após a pequena "discussão" todos jantaram e conversaram bastante, Bea contou suas aventuras na cidade e depois do jantar foi dar uma volta pelo castelo sozinha, já que Noir e o Benjamim, Robin e Luiz, Henrique, Davi e Carlos foram para seus quartos transarem.

———
A visão da Bea.

Estava andando pelos corredores sozinha enquanto tomava alguns goles da garrafa de vinho que havia trazido comigo. Fui andando até a sala de música que estava vazia então, decidi entrar e tocar um pouco de piano como antigamente.

Me sentei em frente ao piano e coloquei a garrafa ao meu lado enquanto fazia toda aquela cerimônia de sempre e estralava meus dedos, após isso comecei a tocar uma música antiga.

Enquanto tocava senti uma mão segurar em minha cintura e logo em seguida uma arma em minha cabeça, na mesma hora gelei. — Toca "dó, ré, mi, fá" ou eu atiro em você! — Era Rafael fazendo graça. — Rafael, você é retardado!? Tá querendo me infartar cara? — Perguntei me levantando e dando um tapa em seu braço. — Desculpa, desculpa, eu tava brincando haha — Rafael me abraçou forte para que eu não conseguisse lhe bater novamente.

Assim que me acalmei ele me soltou e logo depois se sentou no banquinho do piano e tomou um pouco do meu vinho. — Agora contaminou meu vinho, ótimo.

— Desde quando você tem nojo de mim? Quando tínhamos 15 anos você não tinha nojo da minha boca. — Fez drama e fingiu estar choramingando. — Ai, como é dramático! — revirei os olhos e sorri.

— Tá afim de nadar? — Perguntou se levantando e indo em direção a porta.— Agora? Mas a gente ia amanhã... Eu até te arrumei uma folga.

— Amanhã a gente pode fazer outra coisa, vamos nadar a noite, da última vez foi divertido, lembra? — Pegou na minha mão e me puxou para fora do castelo.

Fomos caminhando até o pequeno rio que ficava ali perto e assim que chegamos Rafael já foi retirando a camisa, fiquei encarando por alguns segundos enquanto ficava corada. — Fecha a boca para não babar. — Falou todo convencido de si e com um pequeno sorriso em seu rosto. — Eu já vi tudo isso aí antes, acha que vai me impressionar?

O vale da luaOnde histórias criam vida. Descubra agora