Transmorfis - MPREG - ABO

Capítulo 5

- Você está me dizendo que vocês não lutaram com o Kion, quando ele reivindicou o Hijra? -Freddy Lecter, o maior opositor de Kion, perguntou para Lee, um dos jovens transmorfos que estavam na mata.

- Ele é o governador e nós estávamos lá, sem autorização. – Respondeu o jovem. – Nós só fugimos, meu pai pagou nossa fiança, mas vamos ter que responder por estarmos lá. Meu pai quer me matar.

- Não seja idiota. Vocês são um bando de imprestáveis, era uma disputa, vocês deveriam tê-lo desafiado. Acho, na verdade, que isso pode ter sido bom. Me leve até onde vocês estavam, quero investigar um pouco isso tudo. Quem era o Hijra?

- Nós nunca o vimos antes.

- Será que ele é de outra província? Vamos logo! Na volta vou conhecer o escolhido do governador.

...

- Moça, você é a transmorfo que Noah falou? – Alvin olhava desconfiado para Maia.

- Sou, seu amigo também é desconfiado.

- Por que ele não veio? E por que você está me levando para lá? A voz dele era apreensiva, ele está ferido? Vocês o prenderam?

- Calma, eu vou te contar tudo, acho que é melhor, assim você não vai estranhar o ciúme de Kion.

- Quem é Kion?

- O companheiro de seu amigo. – Maia contou tudo. Alvin ouviu e, diferente, de Noah, entendeu rapidamente o significado de tudo.

- Ele não vai machucá-lo, não é?

- Se o obrigassem a ferir o Noah, ele se mataria para não fazer isso. Nossos instintos são a base de nossas ações. Kion está ligado a ele para sempre.

- Como o Noah está reagindo sobre isso? Quer dizer, ele nunca teve um relacionamento com um homem antes.

- Ele está em negação, em minha opinião, mas ele não teria sido reivindicado se não houvesse uma completa conjunção entre eles. Os instintos humanos são iguais aos nossos, seu amigo logo vai despertá-los e tudo vai ficar bem. – Alvin baixou a cabeça pensativo. – O que foi?

- Espero que você esteja certa. O Noah é meu irmãozinho, eu o conheço bem e quero a felicidade dele, se seu amigo está tão ligado a ele assim, eu espero que ele não faça nenhuma besteira.

- Besteira?

- O Noah não confia nas pessoas, ou transmorfos nesse caso, seu amigo precisa ser honesto com ele, caso contrário, não existe a menor possibilidade disso dar certo. Se ele conquistar a confiança do Noah, não tenho dúvidas que ele conseguirá conquistar o coração também.

- Você está aceitando tudo isso muito fácil.

- Maia, eu aprendi que as vezes o destino faz o impossível para nos colocar no caminho que devemos seguir.

- Por que eu acho que você sabe mais do que está demostrando?

- Eu só aceito o que a vida oferece.

...

- Vamos lá, me mostre como tudo aconteceu. Com detalhes. – Freddy pedia para o rapaz de forma bruta.

- A gente estava se divertindo no meio do mato, ali, quando sentimos um cheiro agradável vindo do lado do nosso acampamento. Nós vimos de longe que era um Hijda, a gente já tinha bebido um pouco e ficamos meio excitados com o cheiro dele. Acho que nós o assustamos.

- Vocês o feriram?

- Bem, o Paul segurou ele pela perna.

- Segurou como?

- Nós estávamos transformados.

- Ele mordeu? É lógico que ele estava assustado seu idiota.

- Ah, mas o Bill também mordeu.

- Vocês acham que é assim que se conquista alguém?

- A gente tava bêbado. Ele se escondeu embaixo do carro e eu tentei empurrar o carro, mas o Tom ficou com raiva e avançou em mim, ele disse que eu ia estragar o carro dele.

- Vocês são uns idiotas mesmo. E depois?

- Ele saiu correndo e nós o perseguimos, aí ele caiu, foi ali. – Lee o levou até lá. – Aí o governador surgiu do nada e deu um Urro que fez tudo tremer, nós ficamos com medo e fugimos.

- Vocês são uns idiotas mesmo, ele estava chamando para um duelo, já que vocês o estavam disputando.

- Ele é forte e governador, eu não ia brigar com ele não.

- Seu covarde, você é um rinoceronte, conseguiria esmagá-lo facilmente.

- Mas se ele reivindicou o Hijda é por que era seu companheiro, não tinha como disputar com ele. Ele é um leão e estava furioso. Eu tenho medo dele.

- Um bando de imbecis. Desperdiçaram uma grande oportunidade de acabar com esse governadorzinho de merda. Mas eu vou pensar em alguma coisa. – Os dois foram interrompidos pelo som de um celular tocando. – É o seu?

- Não. Vem dali. – Lee apontou para uma área no chão.

- Será que? – Freddy pegou o celular e a foto de uma mulher com o nome Tatiana aparecia na tela. – Pois não? – Ele atendeu.

- Noah? Onde vocês estão? Quero saber se você já tem minha história?

- O Noah perdeu o celular, mas eu vou entregar para ele.

- E quem é você?

- Meu nome é Freedy Lecter e vou te ajudar na história.

- Ah que bom, esse imprestável não me dá notícias, quero saber tudo sobre os transmorfos, toda a podridão dos acordos entre nós e eles. Quero colocar a matéria no ar o mais rápido possível.

- Não se preocupe Tatiana, assim que eu o encontrar, você terá uma linda matéria. – Ele desligou. – Mas antes vou usar isso contra nosso governador.

...

- Onde estamos? – Alvin perguntou, desconfiado, para Maia.

- No laboratório da Dra. Bhekisisa. Existem muitas coisas que precisamos esclarecer e eu não quis perder tempo, com você aqui ela vai entender melhor a gravidade da situação.

- Dra. Bhekisisa? Merda! – Ele murmurou no final

- Ela é especialista em DNA e mutações.

- Você acha que o Kion não poderia ter reivindicado o Noah?

- Eu não sei.

- Mas na teoria é possível sim.

- Como você pode afirmar isso? Até horas atrás você, como seu amigo, achava que nós éramos animais selvagens.

- Eu nunca disse isso.

- O que você sabe Alvin? Eu sei que você está escondendo alguma coisa?

- Ah que merda Maia! Me leve pro meu amigo, depois você vem conversar com essa Dra.

- Agora, mais que antes, você vai junto. O que você está escondendo?

- Nada!

- Fala logo!

- O que está acontecendo aqui? - a Dra. Ramla Bhekisisa apareceu, atraída pela discussão.

- Olá Dra.

- Olá Maia, vamos me diga, que discussão é essa aqui?

- Eu tenho assuntos importantes para tratar com a senhora e esse rapaz, por algum motivo que não sei ainda, não queria conhece-la.

- Oras, ele não precisa me conhecer, já que me conhece desde que nasceu, o que você está fazendo aqui Alvin?

- O que? – Maia gritou sem entender.

- Oi vovó, como a senhora está?