Transmorfis - MPREG - ABO

Capítulo 10

- Noah! – Kion falou quando ele saiu, atrás de Alvin.

- Olha, eu ainda estou confuso com tudo isso, não sei em que eu devo acreditar, mas eu não vou te deixar ir para esse duelo medieval ridículo, sozinho. Eu vou com você. Mas depois eu vou embora.

- Isso se eu ganhar.

- Você é um leão, pelo amor de deus. Ele é o que? Um tiranossauro?

- Não seja bobo, dinossauros estão extintos a milhares de anos. Ele é uma mamba-negra.

- Uma cobra? Merda, tinha que ser uma cobra? Eu tenho pavor delas.

- Não é qualquer cobra. A mamba-negra é a mais mortal que existe, seu veneno mata em segundos, mesmo um leão como meu filho.

- E vocês concordam com essa ideia ridícula de duelo? Eu achei que fossem umas patadas e umas mordidas, que você fosse dar aquele rugido e ele iria sair correndo.

- Você está preocupado comigo? – Kion sorria enquanto perguntava.

- É claro que estou. Pode tirar esse sorriso bobo da cara. Por que você aceitou essa coisa estúpida?

- Ele me deixou cego de raiva, você viu e eu vou ganhar.

- Bom, eu espero que sim. Não sou um prêmio pra ser conquistado e trocado de mão em mão, já me basta ter que lidar com um leão possessivo, não quero ter que lidar com uma cobra, me dá calafrio só de pensar.

- Noah, eu preciso te examinar primeiro. – A Dra. Bhekisisa tentou desviar o foco da discussão.

- É bom mesmo. Eu não sou um transmorfo, a senhora sabe disso. Como essas coisas todas estão acontecendo?

- Eu vou investigar Noah, vou colher seu DNA e examinar, mas seu cheiro é mesmo de um Hidja.

- Eu achei que... – Noah ficou vermelho quando se deu conta que iria dizer que dormiu nos braços de Kion.

- Diminuiu um pouco Noah, mas não foi o suficiente. – Kion falou para socorre-lo.

- Um humano com cheiro de Hidja e que não entende nada de nossos costumes e instintos. Que bela escolha você fez Kion.

- Pai, por favor! Agora não é hora disso, deixe sua decepção comigo para depois.

- Eu tenho orgulho de você filho e vou te apoiar nessa loucura, mas não posso deixar de registrar minha indignação.

- O senhor acha que em sã consciência eu teria escolhido tudo isso? Um humano? Que não entende o que é ser reivindicado. Que tem medo que eu o toque, como se eu fosse algum animal doentio, como se eu fosse capaz de feri-lo, de obriga-lo... Eu não preciso da sua indignação pai, eu já estou indignado o suficiente com meus instintos, por terem feito isso comigo.

- Kion, eu sinto muito.

- Não sinta Noah. A culpa não é sua. Se existe um culpado sou eu, que mesmo sabendo que você era um humano, não consegui frear meus instintos e te reivindiquei.

- Você sabia que eu era humano?

- Sim, você se feriu e seu sangue tem cheiro de sangue humano.

- Eu prefiro não perguntar como você conhece o cheiro do sangue humano.

- Não matei nenhum humano Noah! Eu já disse, não sou um animal irracional.

- Me desculpe.

- Essa discussão não leva a lugar nenhum. Venha aqui Noah, deixe-me fazer a coleta. – Ela pegou a haste de um quite e começou a esfregar nele.