Querido você - Jinsoo ✓

3셋. ᴄʜᴏᴄᴏʟᴀᴛᴇ

3셋. ᴄʜᴏᴄᴏʟᴀᴛᴇ

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     Tá bom. Jin está me esperando no portão dá faculdade, — foi isso que ele disse na pequena e direta mensagem que me mandou ao meio dia. Isso é assustador

Fazia algum tempo que tínhamos trocado algumas mensagens. Por mais que já tivéssemos uma semana se comunicando, como não tão estranhos, eu ainda insistia em não falar muito com ele.

Para alguém que escrevia para Seokjin, estou bem calminha, Lisa chamaria isso de fogo no cu.

— Alguma coisa com o trabalho? Alguma mudança? — perguntei vendo-o sorrir. Definitivamente, ele era mais lindo do que eu via de longe.

Eu gostava bastante do Jin, mas seria aquele gosta de: conhecer tudo sobre a pessoa, ver a pessoa, ou até ter oportunidade de conversa com a pessoa e não proferir nenhuma palavra cabível com a circunstância.

— Não, queria te levar a um lugar. Se não se importa? — respirei fundo, formulando uma desculpa para minha preguiça, e falta de vergonha na cara.

— Não vai dá... — Forcei um sorriso, vendo-o cruzar os braços. — Estou...

— Com cólica?

— Isso! Não vai dar porque estou com cólica.

— Tudo bem. Eu iria te levar para comer, mas...

— O QUÊ? — Exclamei encarando-o, meu pai, que vergonha de mim. — Vamos!

Comida é o meu ponto fraco, na verdade é o segundo ponto fraco depois do Pikachu.

— Ué? Passou assim? — ouvi sua risada enquanto andava a sua frente. — Acho que você é doida, Kim Jisoo.

Tinha definitivamente algo de errado com ele. Jin nunca foi assim comigo, muito menos falou mais de uma palavra comigo — me refiro à quando ele me ignorava. — E agora... Agora estamos aqui, na mesma mesa na doceria, tomando sorvete com chocolate.

Jin ficava lindo até comendo, acho que talvez ele me achasse estranha pelo fato de encará-lo comer, mas nem ligava para o que ele pensasse de mim. Naquele momento eu só queria que ele estivesse se divertindo com a minha companhia, — companhia essa que nem fala.

— Tudo bem, Jin? — perguntei igual uma mula, não estava nada bem. Jin estava com uma cara de "Que vida em irmão...". — O que deu em você para me chamar pra sair? Porque tipo, não sou interessante nem nada... — Tento puxar um assunto decente, e nada mais decente do que me desmerecer para o meu crush.

— Você é interessante, só não fala muito. — respondeu, encostando os cotovelos na mesa de madeira. — Te chamei pra sair porque eu quis. Alguém já te chamou pra sair? Coisas assim? Porque você parece meio...

— Aconteceu só uma vez.

Isso, eu já havia namorado uma vez, garoto no ensino médio. O nome dele era... — Não vem ao caso, — mas ele me fazia sentir borboletas no estômago. Eu o amava, mas terminamos quando decidi não fugir com ele para Busan. Ele queria largar tudo pra ficar comigo, mas tinha um, "porém"; ele não tinha dinheiro.

Aquilo não era a realidade que eu queria, aliás, eu queria ser nutricionista, ter minha família, e uma boa condição financeira, e ele queria só fugir dos seus problemas, sumindo de suas dificuldades familiares.

— Você poderia ter sido mais sincero quando disse que eu sou interessante. Olha só onde estamos, Seokjin? — sorri minimamente, sentindo um embrulho no estômago. — Acha mesmo que vou acreditar nisso?

— Você poderia ser mais confiante, sabia? Quando fala desse jeito de si mesma, me dá pena.

Aquelas palavras ficaram na minha cabeça, realmente eu queria aquilo? eu queria que as pessoas tivessem pena de mim? Fazia sentindo o que ele falou, porque sim, até eu sentia pena de mim mesma.

Acho que foi o tempo que me ensinou a guardar demais, me dando a sensação de estar enganada em tudo, até sobre mim mesma.

— Não quero que tenha pena de mim... — Me impressionei com o fato daquelas palavras terem saído com tanta sinceridade. — Até eu tenho pena de mim mesma. — Jin soltou um riso singelo.

— Não se incomode com isso, Jisoo. — Jin encostou sua mão em meu queixo. — Quer outra coisa? Chocolate? Sorvete?

— Não... — respondi, deixando de lado o copo de sorvete.

— Está se sentindo bem?

— Não sei, Jin. — Ele pegou minha mão fortemente, como se nunca mais fosse soltar, mas um aperto tomou meu coração, quando a mim mesma eu ditava...

— Então vamos, te levo para casa.

...Isso Não É Real?

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