Melissa Johnson, viu sua vida mudar depois de ser promovida a assistente de um empresário tremendamente arrogante. O que era para ser o emprego dos sonhos, vira um campo de batalha, onde ela tem que lutar para lidar com o gênio de cão do chefe e a r...
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Melissa
Meu corpo tremia inteiro, coloquei Soph na cadeirinha, na traseira do carro e sentei no banco do motorista, apertando o volante com força e sentindo meu estômago embrulhar, arrepios, calafrios, uma junção de sensações esquisitas. Como era possível eu ter encontrado aquele homem depois de quatro anos e naquelas circunstancias? O mundo mais uma vez estava me mostrando o quão pequeno conseguia ser.
O jeito intenso com que, Antony me olhou, o modo como encarou, Sophie, como se estivesse em choque, provavelmente por notar tamanha semelhança entre os dois, era notória a confusão em sua face, era nítido o quanto ele ficou afetado e perdido em nos ver e mal sabia ele, o quanto tinha me afetado também.
- Mamãe, você tá dodói?
Olhei para minha filha que encarava-me com as pequenas sobrancelhas franzidas. Como sempre, era difícil para mim esconder quando algo não estava bem e Soph, sempre foi uma garotinha muito esperta.
- Não, filha! A mamãe só está um pouco cansada
Escancarei um sorriso forçado para convencê-la e ela sorriu também.
Ao chegar em casa, eu estava só o pó, carregada de sacolas com as coisinhas que comprei para Soph e a própria no colo, ela havia dormido no caminho, cansada do tanto que aprontou no shopping
- Filha, deixa eu ajudar você!
Mamãe pulou do sofá da sala e pegou Soph nos braços
- Obrigada, mãe!
- Essa pequena deve estar cansada!
- Muito!
Respondi desanimada, mente carregada e dor de cabeça. Que dia!
- Vou coloca-la na cama, depois acordamos ela e damos banho!
- Está bem, mãe
Seguimos para o quarto de Soph, mamãe a colocou na cama e eu fui separar as roupinhas que havia comprado para colocar pra lavar. Não estava com vontade, não queria fazer nada a não ser tomar um banho demorado e esfriar a cabeça, mas não podia simplesmente me deixar abater por um simples encontro com o homem que desestruturou o meu psicológico e pai da minha filha. Ou podia?
- E, Karol?
- Ainda não voltou do passeio!
Continuei separando as roupas enquanto mamãe de braços cruzados me observava atentamente. Sua percepção é maravilhosa e claro que logo percebeu que eu não estava bem
- Mel, o que você tem?
Dona Kayla se aproximou e parou em minha frente, olhava em meus olhos sem me dar chance para desculpas, coisa que nem cogitei fazer
- Eu... - olhei em volta e fechei os olhos apertado, me sentindo sufocada - Não sei dizer, mamãe!
Ela respirou fundo e segurou minha mão, uma lágrima rolou pelo meu rosto, tive raiva de me sentir tão fraca e vulnerável naquele momento, mas foi mais forte do que eu
