💞 Capítulo 59 💞

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Antony

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Antony

Parecia sonho, mas eu a tinha em meus braços e dava valor a cada segundo de oportunidade. Agradecia internamente aos céus por aqueles momentos intensos que vivenciamos.

Não queria acorda-la, mas já eram 2h da manhã, precisavamos ir, pois até aquela hora, Soph continuava acordada nos esperando.

Levantei e fui para o banheiro, depois de uns minutos, acendi as luzes do bangalô e fui acorda-la. Com vários beijos, vi o seu despertar, sonolento, seus olhos passearam pelo local, que não era muito grande, mas bem decorado

- Que lugar é esse, Antony?

Sorri de canto, lembrando da história daquele lugar

- Bem vinda ao meu refúgio!

Mel, não me entendeu, então, tratei de explicar

- Esse lugar é um bangalô que construí a um tempo atrás, quando fiquei sem você, me vi sozinho e precisava de um lugar no mundo, aqui eu sofri e chorei, me lamentei e me encontrei, ou achei que me encontrei... É um lugar de paz, ninguém sabe que é meu... Nem mesmo minha família, mas agora você sabe...

Seus olhos como amêndoas, se alargaram, olhava para mim e através de mim

- É lindo

- Obrigado!

Senti que uma lágrima queria rolar dos meus olhos e me apressei a segura-la. Peguei minha camisa e vesti

- Precisamos ir, Mel! Soph, ainda não dormiu, está nos esperando... Naty me avisou

- Claro... Tadinha!

- É, deveríamos ter avisado que demorariamos um pouco!

Ela também se levantou, ainda analisando os detalhes do lugar

- Onde fica o banheiro?

- Logo ali!

Apontei e ela saiu um pouco sem jeito, de rosto corado. Minutos depois, voltou, sentou na cama e calçou as sandálias altas

- Desculpe por hoje, eu estava nervoso ...

- Não se preocupe! Só não repita

Sorri

- Vamos?!

Estendi a mão e ela aceitou, não passou despercebido o frio em minha espinha. Era ela que estava ali, a única mulher que amei

- Eu vou pra sua casa?

- Sim, Soph está nos esperando!

Seu lábio foi quase mastigado com a força que o prendeu

- Tudo bem, depois vou pra casa, é a noite de vocês!

- Será melhor se for a nossa, Mel! De toda a família

Pisquei e a peguei no colo, lhe arrancando um gritinho agudo

A levei de volta para o carro nos braços, não queria que fosse caminhando de salto pela areia da praia.
***

Chegamos em casa e Soph tinha acabado de dormir, Naty ainda via TV, na sala e quando nos viu juntos, quase teve um ataque

- Vocês? É isso que estou pensando? Porque se for, eu solto fogos agora mesmo!

- Calma, Naty! Mel, ainda não disse sim!

Olhei para Melissa e sorri, ela estava linda, de braços cruzados, encostada na porta

- Mel, por favor, sem pressão, mas... Vocês são a tampa e a panela, ficam lindos juntos, vocês...

Naty estava eufórica, parecia louca

- Bom, eu vou ver TV no quarto e deixar os dois conversarem e colocarem os assuntos em dia! Bye!

A louca saiu quase correndo da sala, antes deixou um beijo no rosto de Mel, que sorria largo das loucuras de Naty. Porém, Melissa estava tão calada. Fui até ela e segurei sua mão, para sentarmos no sofá

- Bonita casa!

Elogiou

- Obrigado!

Sentamos um de frente para o outro, eu querendo introduzir um assunto sobre nós, querendo mesmo ouvir um sim, da parte dela

- Dorme aqui hoje?

- Antony...

- Por favor!

- Não tenho certeza se consigo colocar uma pedra em cima de tudo! Eu ainda tenho meus receios, Antony!

- Me fale o nome do seu receio, Melissa!

- Valerie é um deles!

Confirmou minhas suspeitas, eu já sabia que Valerie havia se tornado um problema

- Posso te afirmar com todas as letras que não fiquei com a Valerie, Mel! Eu fui sim até a casa dela naquele dia, tomamos uns drinks e depois fui dormir, mas em quartos separados. Acordei no dia seguinte e fui embora!

- E acha isso normal?

- Definitivamente não, Mel! Não durmo fora da minha casa e não sei o que aconteceu, mas posso te afirmar: eu não dormi com ela!

Melissa, ponderou, estava indecisa

- Antony, se existiu algo, você pode me dizer, vai ser complicado controlar meu ciúmes, mas não estávamos juntos, não vou te cobrar nada, só quero a verdade!

Segurei suas mãos e olhei nos seus olhos

- Te dou minha palavra de que não houve nada, Melissa!

Respirou aliviada, parecia ter tirado um peso das costas

- Agora, dorme aqui, Mel! Quero muito ter você por perto!

- Tudo bem, por hoje!

Soltei uma gargalhada, eu estava eufórico

- Isso é um sim?

- Acho que pode ser considerado

Não pensei duas vezes, a peguei em meus braços e a levei para o quarto antes que desistisse. A casa era de dois pisos e o meu quarto ficava em cima, ocupava quase que o andar inteiro e eu a teria comigo, como nós velhos tempos. Eu era o homem mais feliz e sortudo do mundo!

 Eu era o homem mais feliz e sortudo do mundo!

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