Melissa Johnson, viu sua vida mudar depois de ser promovida a assistente de um empresário tremendamente arrogante. O que era para ser o emprego dos sonhos, vira um campo de batalha, onde ela tem que lutar para lidar com o gênio de cão do chefe e a r...
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Melissa
- Melissa! Melissa!
O chamado desesperado de Tony, me despertou assustada. O dia se quer havia amanhecido e tive certeza de que algo muito ruim tinha acontecido.
Tony se vestia apressadamente, o semblante aflito e parecia ter chorado
- Tony!
- O papai infartou, Mel! O levaram para o hospital, o estado dele é delicado!
Minha primeira reação foi me atirar em seus braços, o abraçei forte, mas Tony estava agoniado.
- Ele não pode morrer, Mel!
- Ele não vai morrer, Tony! ***
Passamos em minha casa para deixar, Soph que ainda dormia, conversei com minha mãe rapidamente e expliquei a situação. Precisava estar com Tony, não ia o deixar sozinho, de maneira alguma.
Ao chegar no hospital, ninguém tinha notícias, Naty chorava desesperadamente, enquanto dona Lucille, parecia em choque.
Tentei ajudar no que pude, as horas de espera foram longas, até aparecer um médico para dar informações. O estado do pai de Tony era grave, estava em coma induzido e as visitas teriam que ser muito rápidas. Vi então o meu homem entrar em desespero
- Eu sou o culpado, Mel! Eu fiz isso com o meu pai!
- Não fala assim, meu amor! Você não fez isso!
- Eu não vou ter coragem de vê-lo, Melissa! Não estou pronto para me despedir!
- Não será uma despedida, Tony, acredite...
- Não, Mel! Eu não consigo!
Doeu ver Tony sofrer tanto, doeu o jeito que o vi se culpar, que presenciei sua infelicidade.
Dona Lucille e Naty, entraram, uma de cada vez para ver o senhor Steve. Ambas saíram arrasadas, choravam incessantemente, o que desencorajou Tony de entrar para ver o pai. ***
Quatro dias se passaram e tudo continuava na mesma, Antony virava as noites no hospital, mesmo os médicos dizendo, que não era necessário, ele não saía de lá, contudo, continuava sem querer ver o pai, mesmo sua mãe e irmã o pedindo que fosse, ele estava irredutível.
Eu já não sabia mais o que fazer para ajudar, me afastei do trabalho, para me dedicar a ele, apoia-lo naquele momento difícil, mas Tony se fechou, mal conversava, se negava a expor seus medos e fraquezas. Durante o dia ficávamos juntos no hospital e de noite eu voltava para casa para ficar com Soph
- Não vai comer, amor?
- Eu já comi!
Estávamos no restaurante do hospital, mesmo vendo seu prato praticamente cheio, Tony insistia em dizer que havia comido. Respirei fundo, precisava ter paciência e lhe dar apoio
- Seu prato continua cheio, Tony!
Ele passou a mão no rosto, impaciente e carrancudo
- Vai embora, Mel, por favor! Você não precisa ficar aqui e presenciar o trapo que estou, eu também não preciso de pena e muito menos de alguém para fazer cobranças!
Meus olhos se alargaram, fiquei em choque pelo que havia acabado de ouvir. Eu estava a dar o meu melhor, mas ele queria me afastar.
- Eu vou fingir que não ouvi isso, Antony!
- Não deveria!
Minha paciência foi que já não estava das melhores, escapou entre os meus dedos, eu já estava farta daquele comportamento de Antony, estava farta de vê-lo se isolar e evitar a realidade
- Sabe o que eu penso sobre esse seu comportamento, Antony? Que quer me afastar para que eu não o veja sofrer e evitar a realidade! Porque mesmo passando vinte e quatro horas por dia dentro desse hospital, você evita ver o real motivo, pelo qual está aqui, ou seja, o seu pai! Enquanto você está aqui fora, maltratando as pessoas que querem te ajudar, o seu pai está lá dentro, precisando do seu apoio! E não é daqui de fora que vai ajuda-lo, vai ajuda-lo, quando vencer esse seu medo e encarar a vida de frente! Pare de se culpar e enfrente a vida como um homem de verdade deve fazer!
Recolhi minha bolsa e saí pisando duro, não esperei que ele fosse atrás de mim, ou que me impedisse de ir embora, mas estava satisfeita em ter dito tudo o que disse. Fiquei satisfeita em colocar pra fora, minha indignação pelo seu comportamento. Todos estavam sofrendo, sua mãe e irmã estavam sofrendo e ele simplesmente queria afastar todo mundo e se fazer de forte quando na realidade era só um trapo convencido.
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