Melissa Johnson, viu sua vida mudar depois de ser promovida a assistente de um empresário tremendamente arrogante. O que era para ser o emprego dos sonhos, vira um campo de batalha, onde ela tem que lutar para lidar com o gênio de cão do chefe e a r...
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Melissa
Chorei horrores de madrugada e quase não consegui pregar o olho, pensando em Antony e aquela mulher dividindo a mesma cama, imaginando o quão feliz ela estava e em como ele foi capaz de sair com ela, após dar em cima de mim.
Abri os olhos com dificuldade constatando que o dia se quer havia amanhecido, mas minha cabeça dava voltas e voltas e parava sempre no mesmo lugar, a imagem de Antony saindo com aquela mulher foi demais pra mim, foi além do que eu podia aguentar, pior ainda foi vê-lo preferir leva-la em casa, ao invés de mim e sua própria filha, o descaso durante a festa também não me passou despercebido e relembrar só fazia aumentar a minha raiva é repúdio.
Tive raiva de mim mesma, por ter me entregado tão facilmente na primeira oportunidade, por não ter sido mais firme e arredia quando me beijou pela primeira vez, após anos. Fiquei me perguntando, como ele conseguia ser tão insensível, pois horas antes de estar com aquela mulher, havia tentado uma reaproximação comigo, mas na primeira oportunidade que teve aproveitou ao lado dela.
Smith não me devia explicação de sua vida, a partir do momento que deixei claro que não haveria mais nada entre nós. Mesmo assim, ele sabia que eu ainda o amava, pois isso, nunca neguei. As atitudes de Antony me levaram a conclusão de que a vadia da Valerie não estava mentindo, eles estavam mesmo juntos e ela estava "cuidando dele".
O sono secou, o dia começava a amanhecer e em alguns minutos, Soph estaria em meu quarto, cheia de energia e querendo atenção. Eu precisava ser forte e enfrentar aquela situação de cabeça erguida, encarar meus sentimentos e doma-los, antes que eles tomassem o controle da situação, não era só por mim que eu tinha que estar bem, mas pela minha filha pequena e inocente que precisava de uma mãe com a cabeça boa para cuidar dela.
Fui para o banheiro e me enfiei debaixo do chuveiro frio, deixei as lágrimas cairem junto a água fria, levando a tristeza de dentro de mim, dando lugar ao desprezo que a partir dali eu queria nutrir por Antony. Tive vontade de gritar na cara dele que esquecesse a mim e a minha filha, depois de tanta desfeita. Mas isso só me levaria a uma batalha judicial, onde eu sairia esgotada e perdendo, pois Antony, como pai, tinha direito sobre Sophie.
Resolvi pelo certo, acalmei meu coração e a ira, não deixei que a raiva tirasse minha razão, seria jogar contra mim mesma e contra as pessoas que amo, a confusão envolveria muita gente, sem necessidade.
Saí do banho e vesti um roupão, a cabeça latejando, precisava de comprimidos para dor. Em minha cama, uma coisinha pequena e sorridente já me esperava, deitadinha de barriga pra cima, em seu pijama de coelhinho, as pernas inquietas balançavam de um lado para o outro
- Mamãe!
- Oi, meu amor! Bom dia!
Sentei na cama para encher minha pequena de beijinhos
