💞 Capítulo 64 💞

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Antony

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Antony

Mel, jogou tudo em minha cara e saiu sem dar "tchau". Não tirei sua razão, a culpa estava me matando e eu não sabia lidar, chegando a descontar nela as minhas frustrações.

Depois de tudo que ouvi, tomei minha decisão, fui até os médicos e pedi para ver o meu pai. Não era horário de visitas e por isso me negaram de cara, mas claro que não me dei por vencido, bati o pé até que minha entrada foi liberada.

Ao entrar no quarto, senti meu coração se apertar, era o meu pai naquela cama, desacordado e vulnerável, os médicos estavam reduzindo aos poucos os medicamento que o induziam ao coma, porém, meu pai não dava muitos sinais de que iria acordar.

O homem que eu tanto admirei e por um tempo até odiei, mas que acima de tudo, das mágoas, más lembranças e desilusões, era o homem que eu amava e isso precisava realmente ser levado em conta, com atitudes e não somente palavras.

Levei muito tempo até perceber que nada se leva dessa vida, eu dava tudo ao meu pai, vida boa e conforto, mas ele nada aproveitava, pois a amargura o corroia e eu contribuí para isso. Para que nem mesmo ele pudesse se perdoar.

Me aproximei da cama a passos de tartaruga, pensava nas palavras de Melissa, onde dizia que eu deveria colocar uma pedra no passado, e eu o faria.

Cheio de receios, segurei a mão do meu velho, ouvindo os bips do aparelho que contava as batidas fracas de seu coração. Beijei sua mão e a levei ao rosto, era tanto tempo sem um contato mais íntimo, sem um toque mais profundo, sem o seu carinho. Não por conta dele, mas por minha própria conta, por ter renunciado a ele anos atrás

- Pai... meu pai...

Uma lágrima escorreu, doía muito vê-lo tão frágil

- Eu queria te dizer tantas coisas... Mas a primeira é que em minhas orações tenho pedido pela sua recuperação, não digo isso porque tenho pena do senhor, mas porque o quero de volta em minha vida... Me perdoa por não ter sido um bom filho nos últimos anos, por ter me afastado e te afastado... Eu deveria ter superado o passado a muito tempo, mas hoje, vejo que tudo aquilo foi pequeno, perto da dor de te perder...

Pensar em perder o meu pai, era algo que eu não estava preparado, era duro e doloroso, eu chorava, agarrado a sua mão, buscando forças para continuar

- Seja forte meu velho, seja forte como me ensinou a ser, quando estava me ensinando a andar de bicicleta e eu caí, você disse: As quedas são para ensinar o jeito certo de se andar!... Pai! Eu te amo!

O peso que saiu de minhas costas foi sem explicação, foi a conquista da liberdade, da prisão que me deixei viver por anos e ali, eu me senti livre. Minutos depois, como obra dos céus os dedos do meu pai circularam de leve os meus, levantei a cabeça para encarar seu rosto, os olhos entre abertos e uma lágrima de canto. Parecia sonho, mas ele estava acordando...

Beijei sua testa e corri para chamar os médicos. A equipe prontamente o atendeu e me retiraram da sala, contra a minha vontade. Quem estava a beira de um ataque era eu, sozinho do lado de fora e sem informações.

Uma hora depois, minha mãe e irmã apareceram, me encontraram chorando no corredor e pensaram o pior. Logo tratei de acalma-las e lhes dei a notícia, elas se abraçaram e faziam suas orações em agradecimentos, mas eu ainda estava apreensivo, nada era certo, até os médicos darem o veredito.

Não sei quanto tempo se passou, mas foi muito, até um dos cirurgiões aparecer. Ele ostentava um sorriso satisfeito, o que de cara, já me ajudou a levantar de onde eu estava e correr até ele

- O senhor Smith acordou!

Vibramos e nos abraçamos

- Porém, o estado ainda é delicado, coração é coisa seria e deveremos ter cautela... Nada de fortes emoções. Ele vai ser transferido para o quarto e permanecerá em observação... Tudo indo bem, ele terá alta em breve!

Ouvianos tudo atentamente, a partir dali, eu seria responsável com o meu pai, não daria somente luxo, lhe daria amor e cuidado, coisas que havia deixado a desejar nos últimos anos.
***

Assim que foi transferido para o quarto, meu pai recebeu minha mãe e Naty, eu precisava de um tempinho sozinho para me recompor, não queria que ele me visse do jeito que eu estava, cheio de olheiras e com olhos inchados de chorar, ele merecia me ver bem e feliz em te-lo de volta.

Um tempo depois, entrei no quarto e vi minha família reunida, Naty acarinhava a cabeça do pai, enquanto minha mãe, segurava sua mão e conversava alguma coisa.

Quando me viu, meu pai sorriu triste, me olhou nos olhos e eu quase chorei, estava muito emotivo e cheio de planos pra nós, para o nosso futuro juntos

- Oi pai!

- Tony...

Sua voz era falha, estendeu-me a mão para que me aproximasse e assim eu fiz. Minha mãe abriu espaço e sentei ao lado dele

- Não se esforce, pai... Você precisa ficar calmo e se recuperar bem! Em breve estaremos em casa e conversaremos muito!

- Obrigado meu filho!

Ele queria chorar, mas estava se controlando

- Não me agradeça por nada, meu velho! Estou feliz em te ter de volta e agora, será tudo diferente!

Encostei minha cabeça na dele, dando todo o carinho que te neguei por anos, começando a partir dali uma nova história e aproveitando a nova oportunidade que nos foi dada...
***

Assim que tudo se acalmou, liguei para, Melissa para lhe dar a boa notícia. Ela atendeu no segundo toque, ficou muito feliz por meu pai e por mim também, vibrou com a minha alegria, prometeu levar, Soph para visitar o avô no dia seguinte.

Fiz questão de me desculpar por mais cedo, e deixei claro que o seu sermão me impulsionou a ir até o meu pai. Mel, sempre tinha algo bom a me ensinar, sempre tinha algo novo, uma caixinha de surpresas e eu não me cansava dela, tinha muito o que aprender com aquela jovem mulher.

 Mel, sempre tinha algo bom a me ensinar, sempre tinha algo novo, uma caixinha de surpresas e eu não me cansava dela, tinha muito o que aprender com aquela jovem mulher

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