Melissa Johnson, viu sua vida mudar depois de ser promovida a assistente de um empresário tremendamente arrogante. O que era para ser o emprego dos sonhos, vira um campo de batalha, onde ela tem que lutar para lidar com o gênio de cão do chefe e a r...
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Antony
Estávamos deitados sobre a cama macia de Mel, eu a tinha em meus braços, presa a mim como por muitos anos sonhei, eu não havia esquecido dela um só dia, vivia me torturando, tentando me conformar do porque não estávamos juntos, tinha pesadelos horríveis e me punia por não conseguir esquecê-la.
De repente eu me sentia possessivo quanto a ela, com medo do que seria dali por diante, com vontade de não deixa-la partir nunca mais, porque eu a tinha de volta depois de tanto tempo. Ou achava que tinha! Mas uma coisa era certa, eu não queria aquela mulher apenas como mãe de minha filha, eu a queria como parte essencial de mim, sabia que teria que lutar, seria uma longa caminhada, mas estava disposto a tudo. Nada havia morrido.
- Senti tanta falta disso...
Falei baixinho acariciando suas costas
- Eu também!
Confessou
- Mel, eu quero mais, quero muito ficar com você!
Desabafei, precisava falar aquilo para ela, me apegar a oportunidade do momento. Mel, afastou a cabeça do meu peito para me encarar
- Antony, isso não vai mais acontecer!
Aquelas palavras me doeram, um pensamento ruim invadiu minha mente, me perguntei se naqueles quatro anos, Melissa havia estado com alguém o que seria completamente compreensível, mas não menos doloroso, ou pior, se tinha alguém ocupando o lugar que um dia foi meu em seu coração.
- Você... Tem alguém?
- Não, Antony, eu não tenho ninguém, até porque se tivesse não estaria com você agora!
O alívio em meu peito também tomou minha face
- Claro!
Concordei
- Mas e você, Antony, tem alguém?
Quis saber e achei bom, pelo menos se importava
- Não, Mel, ninguém conseguiu me fazer esquecer você, não nego que tentei, mas nunca tive ninguém que chegasse nem perto da mulher que você foi pra mim!
Ela engoliu em seco, desconcertada talvez pela minha revelação
- Também não consegui namorar de verdade
Fitei seus olhos cheios de sinceridade
- Você está me dizendo que, depois de mim, não namorou sério com mais ninguem?
- É... Nada sério
- Hum... Eles foram... Legais pelo menos?
Aquela não era uma conversa que eu sonhei ter com Melissa, não era algo apropriado, mas quando dei por mim, já estava perguntando.
- Não que isso seja algo a ser conversado com você, mas sim, eles foram pessoas legais!
Passei a mão no rosto um tanto impaciente, eu sou um cara territorial e em relação a Melissa, não importava se não estavamos juntos na época, eu sentia ciúmes mesmo assim
- Quantos?
- O que?
- Quantos caras?
Ela piscou rapidamente boquiaberta, me questionei se estava mesmo fazendo aquela pergunta absurda
- Isso não vem ao caso, Antony. E... Não foi nada importante!
- Não posso dizer que sinto muito!
Resmunguei
- Não precisa dizer, sei que não sente, sabe como é... Ego masculino
- Não se trata de ego, Mel! Se trata de saber que a mulher que me faz sentir vivo outra vez, se interessou por outras pessoas. Não me julgue!
Ela se desvencilhou de meus braços e sentou na cama, criando uma certa barreira entre nós com o travesseiro
- Não voltaremos a estar juntos, Antony!
Repetiu e meus olhos se arregalaram, sentei na cama também para confronta-la, mas Melissa levantou rapidamente
- Vou ver a Soph!
Ela saiu, não me dando espaço para conversa, eu sabia que precisaria ter paciência se a quisesse de volta, não seria facil, eu já conhecia seu gênio e não tirava sua razão.
Decidi dar um tempo a ela, entendia que tudo estava indo rápido demais e talvez ela precisasse de espaço para assimilar as coisas. Peguei meu celular e avisei que iria embora, ela estava de volta ao quarto e sentou-se na poltrona branca no canto, olhando através da janela, parecia atordoada e tive vontade de abraça-la forte e não soltar mais, porém, usei o meu auto controle para não fazer, não ultrapassaria seus limites.
Depois de uns minutos de silêncio, fitando o horizonte através da janela, Mel se levantou e me acompanhou até a porta, antes de ir, lhe roubei um beijo, mesmo ela estando tão seria e arredia
- Vou lutar por nós, Mel!
- Antony...
- Não precisa dizer nada, lutarei por nós dois, pela nossa família, restituirei tudo que faltou a você e a minha filha nos últimos quatro anos, serei o pai e o namorado e marido que você sonhou um dia, te dou minha palavra!
Ela abaixou a cabeça, permaneceu em silêncio e então eu resolvi ir embora, cheio de força e de vontade para lutar e recuperar os meus bens preciosos, Melissa e Sophie. Na realidade, precisava recuperar minha vida que havia perdido a quase cinco anos.
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