Capítulo 29

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Para comemorar as mil estrelinhas 💫...

Capítulo antecipado!!!

Obrigada por me acompanharem todos esses meses, vocês são sensacionais! Espero que continuem me acompanhando em minhas outras histórias!

Votem e comentem muito!

Com carinho,

Srta A B Braga.

Alguns dias depois eu já estava surtada.

O tal Hussein me deixou trancada em um quartinho de madeira. Todo dia alguém levava tâmaras, água e pão, uma vez ao dia.

Era o único contato que eu tinha com qualquer outro ser humano. Nem Hussein aparecia para me perturbar.

No primeiro dia de cativeiro, usei a água do jarro para me lavar, mas me arrependi e passei o dia com sede. A sorte é que as tâmaras eram bem docinhas, então compensavam a falta de água.

Nos dias seguintes apenas lavava meu rosto e poupava o resto para beber.

Contei os dias pelas refeições que recebia, a fome me dava sono, o calor me dava sono e o cansaço me dava sono. Então eu preferia dormir e esquecer tudo.

Nos meus sonhos eu sempre via Salah, me sentia tão feliz que queria dormir para sempre, mas eu não podia. Não com um pequeno milagre acontecendo.

A porta do casebre foi aberta, me encolhi com a luz do sol. No local não tinha janelas, mal tinha frestas, toda aquela luz forte me cegou por alguns segundos.

- Iála Iála ginger! Você está pior que um porco no chiqueiro. - me levantei fraca.

Ele me puxou pelo braço, andamos alguns passos e logo fui empurrada em um cubículo.

- Tome um banho. Vou mandar queimar essas suas roupas, não prestam para mais nada.

O chuveiro era rudimentar, o sabão era uma barra imensa, provável que fosse de fabricação caseira.

Me esfreguei até a pele ficar vermelha, lavei o cabelo com o sabão também e me senti limpa pela a primeira vez em três semanas. Já não tinha mais lágrimas, tudo havia secado nos últimos dias naquele quarto sozinha.

E pensar que já estava falando com as paredes pois não lembrava mais do som da minha voz.

Hussein gritou do lado de fora do cubículo e me jogou uma bata e um hijab. Eram pretos.

- Cubra o seu rosto ginger. Aqui as mulheres não mostram o rosto.

Fiz conforme ele mandou, quando sai ele me guiou até uma tenda. Pelo acampamento mais afastado, os homens continuavam sem entrar na Vila.

- O que aconteceu?

- Tive que viajar alguns dias. Que bom que continuou viva.

- Imagino a sua felicidade.

- O vírus já chegou em Omã. Fomos buscar suprimentos para aguentar alguns meses sem sair daqui. Não temos luz, ou sinal de telefone. Aqui funciona conforme os costumes antigos. Assim como a medicina. - entrei na tenda e vi um casal deitado em tapetes separados.

- Como você já se contaminou poderá me ajudar a cuidar dela.

- Quem é ela?

- Não interessa.

Meu Vizinho Sheik (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora