Capítulo 07

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Meninas, peço a compreensão de todas sobre as atualizações. Os processos de escrita demandam inspiração e tempo. Eu me comprometo postar ao menos 1x por semana, mais que isso, se estiver num dia muito inspirado. Espero que entendam e por favor, não cobrem. Um beijo no coração de todas.

 Um beijo no coração de todas

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Salah Al Bin Abdullah

Finalmente consegui uma abertura da parte de Beatriz, fiquei muito feliz quando ela me abraçou e eu pude sentir seu perfume floral, era algo suave, diria até que tinha um toque de maçã. Adorava quem me proporcionava uma experiência de memória olfativa, me animava ao ponto de me imaginar cheirando todo o corpo dela.

Quanto mais eu conversava com Beatriz, mais eu me convencia de quanto ela era a mulher certa para mim. Alláh sabe que eu já tentei amar por duas vezes e não deu certo, elas tinham sido impostas a mim quando era um moleque e terminaram da pior forma possível.

A semana passou rapidamente, mudei minha agenda para trabalhar em casa e estar mais perto dela. O tal Chris apareceu algumas vezes, nessas horas eu fazia questão de aparecer no apartamento vizinho, sempre com uma desculpa. Até que um dia, o ouvi comentar sobre a espera de um emprego na Universidade. Mandei uma mensagem para Youssef, e em meia hora o rapaz recebia um ligação. Ele se levantou atordoado e disse rapidamente para Beatriz que havia conseguido o emprego e que precisava se apresentar em Oxford ainda hoje.

Com a maior alegria do mundo, ofereci os serviços de meu motorista e cinco minutos depois, eles se foram. A ruiva suspirou e me olhou:

- Bem, já que meu companheiro de estudos se foi, o que acha de irmos comer algo? Estou sentindo falta de gordura, e eu preciso manter o meu corpo de violão em forma. - ela sorriu e mostrou a língua, enquanto ela caminhava até o quarto para pegar seu casaco, eu sorria internamente. Sabia os segredinhos dela: ela passava o dia comendo, a noite ficava arrependida e ia para a academia no subsolo do prédio vizinho. Ficava cerca de 2h fazendo esteira, até achar que tinha queimado tudo e voltava para casa, para fazer o nosso jantar. Pensei em conversar sobre isso com ela, mas imaginei que seria um tópico delicado, por hora iria continuar apenas observando.

~~~~~~~~~~x~~~~~~~~~~

A sexta-feira chegou e eu estava nervoso. Tive que ir ao escritório resolver pendências com o time e fazer vídeoconferências com Abu Dhabi, tinha que adiantar o trabalho do fim de semana, pois queria dedicar atenção exclusiva a Beatriz.

Cheguei em casa às 16h, minha maleta já estava pronta, peguei tudo o que precisava e bati na porta do apartamento vizinho. Ela gritou que eu poderia entrar, abri a porta e tomei um susto. Uma mala enorme estava no meio da sala, Beatriz estava com um pijama curto e chorava de joelhos ao lado da mala.

- O que houve, Habib? Aconteceu alguma coisa? Você se machucou? - perguntei aflito, comecei a analisar seu corpo procurando um possível machucado.
- Eu não posso ir, Salah. Sinto muito.
- Tudo bem, mas primeiro você precisa me explicar o que aconteceu! Está me deixando assustado. - ela pegou uma blusa que estava ao seu lado e escarrou. Então olhou pro muco na blusa e chorou ainda mais.
- Me-me desculpe. Eu tenho rinite. Não sou porca, é que fica tudo entupido e precisa sair e... - eu coloquei o dedo em seus lábios e me sentei no chão com ela, afaguei seus cabelos curtos, notei que ela os tinha lavado, pois estavam cheirosos e escovados.
- Vamos por partes, Bia. O que aconteceu?
- Eu não tenho roupas - olhei para a mala aberta e bagunçada a minha frente e voltei a encará-la.
- Você tem roupas aqui para pelo menos 1 mês em minha casa.
- Mas não são adequadas.  Olha para você, Salah. Pensa que eu não sei que você é rico? Que seu relógio custa 30 mil euros??! Eu pesquisei outro dia. Me sinto insegura perto de você! Sou uma mulher simples, tenho objetos muito específicos traçados na minha vida. Não estou preparada para quebrar a cara por causa de um homem rico que resolveu brincar de casinha com a vizinha. Isso aqui não é fanfic, é a vida real! Sou pobre, sou simples,  tenho certeza que não sou o tipo de mulher que você está acostumado a andar. Então, por favor, me deixe no meu canto.
- Já terminou?
- Já! - levantei do chão e a ajudei a se levantar, sentamos um ao lado do outro no sofá.
- Eu te ouvi sem te interromper, agora é a sua vez. Não sei o que te levou a ficar assim, mas já que foi sincera comigo, serei com você! - sorri - Habib, desde a primeira vez que te vi, meu coração bateu forte. Seu sorriso, sua beleza, sua inteligência tem me cativado a cada dia. Se não estou perto, me pego pensando em você! Sabe o que é isso? Eu não sei! Estou assustado e feliz porque nunca senti nada parecido por ninguém. E sim, sou bem de vida, mas o que importa? Não estamos mais no Séc. XVIII e realmente não estamos numa fanfic em que as pessoas não podem ficar juntas por "causa da diferença de classes". Tenho dinheiro suficiente para me sustentar por 3 vidas, não preciso que você se importe com isso. Ficarei feliz em andar ao seu lado com orgulho mesmo se estivesse usando um saco de lixo. - ela riu.

- Não ligo para aparências. Queria muito que você se visse como eu te vejo. Uma mulher linda, pele macia, curvas incríveis, cheirosa - aproximei de seu ouvido direito e sussurrei - Você tem uma boca que pede para ser beijada. - ela me olhou assustada.
- Salah, eu... - a silenciei.
- Não se preocupe. Só farei isso quando você pedir. Vamos arrumar a sua mala que nosso voo nos aguarda.

Meia hora depois, chegávamos ao aeroporto com minha maleta e uma mala pequena de Beatriz. Ela estava sorridente e usava um jeans preto simples,  uma jaqueta de couro vermelha e uma blusa branca. Nos pés usava uma bota confortável. Eu poderia facilmente me tornar um personal stylist.

Peguei sua mão e a ajudei a entrar no jatinho, ela agradeceu e ficamos de mãos dadas até pousarmos em Paris, uma hora depois.




Assim como toda mulher, Beatriz é uma mulher insegura. Tenham paciência com ela. O Salah é um fofo, não é?

Espero que tenham uma ótima semana! Lavem as mãos e evitem sair de casa.

Beijinhos!

Meu Vizinho Sheik (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora