Capítulo 14

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Sábado 10:27

- Bom dia, Senhora Iero? Aqui quem fala é o Doutor Kevin do Hospital Psiquiátrico Saint Germain. - Uma pausa - Sim, sim, eu estou com Frank aqui. - Outra pausa - Ele está bem. Ele está dormindo agora. Gostaríamos de saber se a senhora poderia vir visitá-lo. O nosso horário de visitar já começou. - Pausa - Ah, sim. Ah, me desculpe, não sabíamos que a senhora esteve internada. Mas a senhora já teve alta? - ... - Ah, isso é ótimo! Que dia poderia vir vê-lo? Ele está muito abatido e acho que precisa de apoio de algum familiar e a senhora sendo a única familiar que conseguimos entrar em contato... - Longa pausa - Entendo... Quando a senhora puder vir é só avisar na recepção que seu nome está na lista de visitantes, ok? Muito obrigado pelo seu tempo, Sra Iero. Tenha um bom dia, até mais. - O Dr. desliga o telefone.

- Ela não vai vir né? - A enfermeira Caren pergunta, mas está mais afirmando do que perguntando.

- Por enquanto não.

- Acha que ela vai vir? - O Dr. Kevin não respondeu, mas Caren já sabia a resposta. - Coitado desse garoto. Já faz mais de uma semana e só veio aquela senhora Dolores visitá-lo.

- O caso dele é preocupante, Caren. De acordo com os relatos que conseguimos dele, sem estar em estado de surto, ele imaginou toda uma relação com o rapaz que ele atacou na quinta passada. O que fez com que ele surtasse foi uma quebra entre o relacionamento imaginário e a realidade. Ele estava realmente apaixonado por algo que nunca existiu.

- Meu Deus, coitado! Ele imaginou um relacionamento inteiro? Ele já sabe que nada foi real? - Caren perguntou curiosa.

- Não. O que entendemos dos relatos dos policiais não explica muito porque ele falava coisas desconexas e sozinho. O de sempre. "Não pode estar acontecendo isso comigo", "isso não pode ser real". Eles só conseguiram conter ele e pegar um depoimento suficiente que mostrasse incapacidade psicológica. Os colegas de classe não foram muito úteis também porque preferiam tirar sarro do garoto a ajudar, mas aparentemente ele começou a imaginar tudo desde seu surto na escola, que foi quando aquele rapaz, Gerard, o ajudou. Depois daquilo... Nada foi real.

- Quando ele descobrir isso, aí sim será preocupante... - Ela diz pensativa.

- Provavelmente aí será a pior parte...

Os dois param sua conversa quando escutam passos se aproximando da recepção onde estavam.

- Bom dia... O horário de visita já está aberto?

- Claro. Como é seu nome?

- Gerard. Vim visitar o Frank.

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E fimmmmm

Bem, esse é a nossa primeira fanfic completa e postada, espero que tenham gostado, talvez esse plot não tenha agradado a todos, mas é uma ideia que eu e minha amiga temos desde 2017 e finalmente escrevemos exatamente como tínhamos proposto desde o inicio. Se você chegou ate aqui muito obrigada e espero te ver nas próximas historias que criaremos :). 

Fiquem bem e fiquem em casa, caso vocês estevem lendo isso em época e coronavírus hahaha.  

RedMind #frerardOnde histórias criam vida. Descubra agora