Tudo em Gerard era tão intenso quanto a cor vermelha. Causava tantas queimaduras quanto um incêndio. Formava tantas emoções repentinas quanto um beijo roubado. Ele era tudo isso, era uma mistura quente de perigo e amor. Ele era a definição de desejo. Frank era devastador, uma tempestade torrencial. Tudo nele remetia a cor azul. Um azul meio acinzentado. Frio, a garoa calma da manhã e a tempestade destruidora da madrugada. Sim, ele era tudo isso e muito mais. Os dois juntos eram um choque térmico, um raio que atingiu uma árvore e a incendiou, a brasa do cigarro recém acendido no meio de uma chuva de domingo. Tudo nos dois era o caos. O amor. O ódio. A vida e a morte. Era fogo batendo de frente com a água. Mas sabe-se que: Tudo que se perde no fogo, se acha nas cinzas