Um mês se passou desde que entrei na empresa, no começo foi difícil, era meu primeiro emprego como advogada, e bem, na faculdade você vê teorias, e simula acontecimentos, mas na prática é totalmente diferente, a sensação, o medo, são emoções que não te invadem dentro de uma sala de aula, e sim num escritório renomado. Mas com o passar dos dias foi ficando "menos impossível" afinal, eu me desafiava a cada dia, superando a expectativa do Sr. Styles que sempre procurava uma brecha pra me despedir, sim, a situação com meu "querido" chefe continuava na mesma, as vezes chego a pensar que ele estaria pior, pra ser sincera, eu achei que quando ele se acostumasse comigo ele seria menos rude, mas no fim das contas, o que o eu consegui durante esse mês foi um bom dia assim que ele chega, o que já é um progresso já que o mesmo não costumava o fazer. Na verdade, isso não me afeta, afinal, todos temos traumas e dores, talvez algo o fez assim, ou talvez ele seja assim só em ambiente de trabalho, nunca vi o mesmo fora desta empresa, e nem faço muita questão.
- Bom dia, lia! - passo pela recepção cumprimentando a loira
- Bom dia, doutora Ana - paro meu percurso e olho pra trás pra olha-la, ela ria
- Por favor, Lia, dispense as formalidades, pra você é só Ana - ri - nem parece que bebemos juntas aos finais de semana - Sim, me aproximei de Lia, ela era uma garota sensacional. Uma garota de 1,75 comparada a mim, ela era bem alta, formada em administração e com o sorriso invejável. Nos tornamos boas amigas neste período, o que era bom pra mim, já que passava meus finais de semana lendo livros repetidos.
- Estou brincando sua boba - relaxa seus músculos, ela estava tensa? - Vem aqui, preciso te contar - ela me chama com as mãos
- Sabe o Mason? - diz animada, afirmo com a cabeça - Nós ficamos - ela da pulinhos
- No way! - digo dando pulinhos junto a ela - Realizou seu sonho.
- Depois te conto o detalhes - diz recolocando seus óculos redondos - se o Sr. Styles nos pega aqui de papinho, iremos pra o olho da rua - diz automaticamente reviro os olhos
- Tem razão - digo retomando meu percurso. Entro no elevador, batendo meus pés freneticamente, ouço o barulho do elevador, o qual abre em um andar abaixo do meu, quando o mesmo está quase fechando ouço uma voz pedindo pra que eu segure a porta.
- Salvo por você mais uma vez? Acho que temos um elo - diz brincalhão, era Nate, o advogado civilista, ele era alto, grandes olhos castanhos e cabelo bem penteado, trajava seu habitual terno preto, em uma de suas mãos estava uma maleta e na outra uma papelada.
- Sem sombra de dúvidas, as vezes creio que você faz de propósito só pra ficar perto de mim - brinco
- Bem, isso não é uma mentira - sorri pra mim - Já que você sempre me enrola quando te chamo pra jantar - lembra as vezes que ele fora super educado me chamando pra jantar, mas não era por maldade de minha parte, na maioria das vezes, Sr. Styles me lotava de trabalho ou se não, estava resolvendo problemas maiores de meus clientes.
- Você sabe que não era por falta de vontade - somos junto do elevador, provavelmente iria ao escritório do grande ranzinza, digo, Sr Styles.
- De qualquer forma, meu pedido está de pé, o que acha desse final de semana? - diz caminhando ao meu lado
- Não é uma má ideia, marcado - digo rindo e entrando no escritório, e ali estava ele, Sr Styles, olhando pra mim e Nate com uma cara nada boa. - Bom dia, Sr. Styles - digo indo até minha mesa.
- Bom dia - diz seco olhando pra Nate - Suponho que trouxe o que pedi - diz o olhando a tela de seu computador.
- Claro, aqui estão - diz Nate entregando os papéis que antes estavam em suas mãos, me olha de relance lançando uma piscadela, a qual eu retribuo sem notar que Sr Styles nos olhava com cara de poucos amigos.
- (Limpa a garganta) - Mais alguma coisa, Nate? - o olha
- Não senhor, é só isso mesmo - diz saindo, mas antes ele me olha, com aquele olhar perfurante, ele era muito lindo não posso negar.
- Não é necessário que eu cite as regras da empresa, não é mesmo? - diz olhando em seu computador - aquela parte do é proibido se relacionar com colegas de trabalho - ainda olhando seu computador. Qual era o problema dele?
- N - - não não - ri de nervoso - não temos nenhum tipo de relacionamento, ele é meu amigo - Rebato
- Claro que é - ironiza - De todos os modos, mantenha sua vida pessoal longe da empresa, não quero dramas amorosos interferindo em meus negócios - É sério que ele abriu a boca só pra falar que eu posso ou não me relacionar com alguém? Como ele pode ser tão desprezível?
- Tudo bem - digo vendo um processo de um cliente meu, ele foi acusado de assassinato, e o caso era bem difícil, pois as provas iam contra o mesmo, mas como ele afirmou a mim e como eu pude notar, ele era inocente, a verdade é que as provas eram plantadas, parte de uma plano para deserda-lo. Eu teria de dar meu melhor no tribunal, buscar provas favoráveis e por fim vencer.
- Sr. Styles, o senhor viu este caso? - digo indo até sua mesa e entregando o papel
- Sim, ele é complexo - analisa - Você precisa de provas favoráveis, assim, sem chances de vencer o caso.
- Foi o que eu pensei, mas, não acha um pouco suspeito? As provas serem totalmente contra? Sendo que visivelmente ele não é o culpado pelo assassinato? - o questiono
- Não há um crime perfeito, Ana, se você é uma boa advogada, encontrará brechas que possa defender o Senhor Montez - olha pra mim - Não é o caso mais fácil, por este motivo, precisamos fazer uma reunião com uma junta de advogados para vermos como podemos proceder - diz voltando seu olhar ao computador. Como assim, iríamos trabalhar juntos neste caso?
- Iremos trabalhar juntos? - me empolgo, e não haveria como não, Sr Styles era um dos melhores advogados criminalistas de toda a Inglaterra, temos nossas diferenças, mas com
Toda certeza seria uma honra trabalhar ao lado dele.- Juntos é um pouco demais, não acha? Digamos que vamos compartilhar um caso, apenas isso - diz sem humor - Eu costumo não perder casos, Ana, sugiro que você estude este, não quero ser arrastado por um erro que não é meu - Diz olhando pra mim.
- Não irá, isso eu te garanto, Sr. Styles - Digo rindo retornando a minha mesa, eu podia jurar que eu havia escutado um pequeno riso do senhor ranzinza.
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The Boss and The Gloss
Romance- Você me quebrou primeiro, eu não me importo o quanto isso doa, você começou isso, e eu estou terminando. PLÁGIO É CRIME.