Ana On
Assim que entro no corredor vejo Nate na porta do meu apartamento com as chaves na mão, ele estava muito bonito.
- Você é meu anjo da guarda, sabia? - digo indo de encontro com ele e beijo sua bochecha.
- Eu sabia, fui enviado a terra pra isso - ele abre a porta do meu apartamento e faz gesto com as mãos pra que eu entre primeiro e ele logo em seguida fechando a porta atrás de si - Você está muito gostosa - Ele diz apertando minha bunda e abraçando meu corpo por trás
- Nate - digo o empurrando de leve ele me olha um pouco espantado pela minha atitude - Poderíamos só pedir uma pizza hoje? - seu olhar alivia, e eu também.
- Claro, Claro, me desculpe eu achei que você... - ele olha um poço abaixo da minha boca - Estava num encontro? - olho pra onde seu olhar estava, e ali estava uma marca vermelha, bem vermelha que meu chefe havia deixado
- É, tipo isso - me limito, e juro que não conseguia ler o olhar de Nate.
- Isso é bem legal - seu olhar volta aos meus olhos - como foi? - pergunta sério
- Fala sério, Nate! - bato em seu ombro brincando e passo por ele e coloco meu blazer numa espécie de cabideiro que havia ali - Podíamos sair amanhã, o que acha? Quem sabe eu te apresente a uma certa pessoa - sim, não era pra estar, mas minha consciência me acusava de estar sendo uma babaca com Nate, embora não tenhamos nada, ele sabe o quanto significa pra mim, e não é sobre o sexo, e sim sobre nossa amizade.
- A Cheryl? - Ora, ele lembra do nome dela
- A própria - digo tirando meus saltos e indo até meu quarto, ele vem atrás de mim - Gostaria de ir num barzinho, o que acha? - entro no quarto e peço pra ele descer o zíper do meu vestido
- Acho justo, depois de negar o sexo que eu te ofereceria hoje, nada mais justo que oferecê-lo a sua amiga - diz e eu viro em 360° rapidamente.
- Não brinca comigo, Nataniel - digo o empurrando na cama e subindo em cima dele - Você sabe que eu nunca deixaria isso acontecer - beijo sua bochecha e saio de cima dele, ele arfa alto demonstrando frustração. Vou até meu armário e escolho uma roupa mais confortável, vou até o banheiro e tomo um banho rápido volto enrolada na toalha e Nate ainda estava lá, de barriga pra cima, mas seus olhos estavam fechados e sua respiração era pesada, ele estava dormindo, sorri ao ver aquela cena, coloquei a roupa e fui até a cozinha, procurar meu celular pra pedir a pizza, faço isso e volto até o quarto, deito ao lado de Nate e seu rosto estava virado ao meu, ele dormia angelicalmente, sua expressão serena, seus lábios entreabertos e sua respiração baixa, ele era tudo que uma mulher desejaria ter um dia, Nate era com certeza a definição de perfeição, mas por que eu não sentia amor? Por que eu não vejo um futuro pra nós? Eu o amo, mas não é o amor arrebatador de um homem e mulher, é outro amor e eu não sei explicar.
- Vou começar a achar que você está apaixonadinha por mim - Nate diz abrindo os olhos devagarinho
- Eu... eu... eu não estava te olhando - fico sem graça
- O que está pensando? - diz aconchegando no travesseiro e me olhando
- Muita coisa - digo olhando-o - Principalmente no fato de que como você pode ter cílios tão lindos assim? - digo fingindo seriedade
- Você é indescritível - diz se levantando da cama - e a propósito, quando me empurrar na cama e subir em cima de mim, termine o que começou - diz me lançando um olhar desafiador
- Eu gosto de você todo másculo assim, o sexo é incrível quando você banca o durão - rio me levantando também o seguindo até a sala
- Sempre é - sentamos e colocamos um filme a pizza chegou, comemos já eram 1:50 da madrugada, e não sei em qual momento peguei no sono eu estava exausta.
Acordo com o sol batendo forte no meu rosto, eu estava na sala, tá explicado tamanha claridade, Nate não estava lá, ele havia escrito um bilhete e deixado no balcão da cozinha
Não quis acorda-la, estava dormindo como um dragãozinho feliz.
Ri com com a bobice de Nate, resolvo dar uma limpada no meu apartamento, estava precisando. Quando termino de uma boa limpada já eram 15:40 e puta merda, eu estava um caco. Limpando alguma das minhas malas vejo no fundo um álbum de família, minha família, encontro uma foto nela havia meu pai, minha mãe e eu, eu tinha uns 7 anos, e estava banguelinha rindo-nos câmera, eles me abraçavam, um de cada lado, ah, Deus, como isso dói, dói tanto, dói muito, sem me dar conta as lágrimas rolavam sem controle, assim como meus soluços que naquele ponto meus vizinhos escutavam, ouço a campainha tocar, limpo meu rosto, mas sem sucesso pelo fato do meu rosto estar vermelho, extremamente vermelho, vou até a porta na esperança de ser Cher, abro a porta e ali estava meu chefe, seu olhar estava em meu rosto, e logo desceram pra minha mão que segurava a foto, a escondo atrás de mim
- O que o senhor está fazendo aqui? - pergunto natural e simulo um sorriso
- Eu vim entregar isso - me entrega meu documento, eu havia esquecido em sua casa?
- Ah, meu Deus, obrigada Sr. Styles - pego o documento e seria muita falta de educação deixá-lo na porta - Entre, por favor - ele entra
- Está tudo bem? - ele pergunta hesitante, se referindo a foto que antes segurava atrás de mim
- Sim - olho pra cima, mania que geralmente faz as lágrimas cessarem - quer algo pra beber? Um suco uma água? - olho-o nos olhos, seus olhos eram reconfortantes, eu sentia isso
- Uma água, por favor - vou até a cozinha e ele me segue, ele se senta no banquinho que havia no balcão e lhe entrego a água, coloco a foto sobre o balcão e o mesmo a pega - Essa é você? - ri fraco - banguelinha?
- Ah, vai dizer que nunca foi banguelo? - ri baixo
- Sim, mas você nunca terá o prazer de ver - seus olhos mudam de posição - Você parece com eles - ele me olha, eu me mantinha firme
- Você acha? - digo boba, sim, boba, parecer meus pais era uma dádiva de Deus a mim, e não tê-los comigo e ser uma pedaço dos dois era o elo incorruptível que teríamos pra sempre.
- Eles teriam muito orgulho da mulher que se tornou, Ana - uma lágrima teimosa cai e eu a limpo rapidamente - Você é tudo que eles imaginaram um dia, eu tenho certeza que de onde eles estiverem, eles estarão sempre te guiando e amando, pra sempre - diz olhando nos meus olhos, droga, outra lágrima
- Obrigada, Sr. Styles - ri fraco respirando fundo
- Então você toca piano... - ele olha pro meu retrato que havia perto do armário da cozinha, eu tinha 15 anos num concerto onde toquei Beethoven. Ele foi até o retrato e o pegou
- Sim, mas já fazem anos que não toco - digo
- Não gosta mais? - questiona
- Acho que foi mais uma pressão dos meus avós, aquela história de pai pra filho e de avós pra neto - digo pegando o retrato de sua mão e colocando no lugar - mas gosto da foto - ele me olha, era um olhar profundo, profundo até demais
- Nataniel dormiu aqui? - o que?
- O que? Não! - digo olhando-o - Por que está perguntando?
- Logística - diz se aproximando
- As regras proíbem beijos soltos - ando pra trás, mas como sempre, há uma parede lá
- Foda-se as regras, eu quero você agora. - avança sobre mim me colocando no balcão e me beijando ferozmente. Isso não vai dar certo.
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The Boss and The Gloss
Romance- Você me quebrou primeiro, eu não me importo o quanto isso doa, você começou isso, e eu estou terminando. PLÁGIO É CRIME.