Harry On
- Como assim? - pergunta já com as roupas e apresso-me colocando as minhas.
- É só uma pergunta, Ana, do que tem medo? - refaço a pergunta, com ela era tudo mais difícil, sabíamos disso, e talvez eu tenha pensado que o sexo tornaria tudo menos...complicado. Mas a verdade é que não está correndo conforme eu gostaria que fosse, um exemplo disso, é o que houve hoje, como foi, como eu me senti em relação a ela, e não saber o que ela pensa me mata.
- Mas que pergunta, Sr. Styles - ela ri pelo nariz - Eu tenho medo de baratas - rimos, mas não foi bem essa minha pergunta, mas decido não mais perguntar.
- Clássico - término de abotoar minha blusa e ela me olha
- Clássico? O senhor já viu o quão aquilo é horripilante, tipo, ela é nojenta e sabe voar - ela expressa indignação na sua voz, e porra, acredita que ela fica ainda mais bonita quando é autoexplicativa?
- É só um bichinho, Ana - digo tentando conter meu riso e ela nota e semicerra os olhos
- Tá bom, senhor medo do escuro - ela diz e a olho espantado - Eu entendo o senhor, relaxa, é super normal em crianças de 2 a 10 anos sentirem medo do escuro - ela rodeia a cama e fica a minha frente - Sempre terá meu apoio - Ela me abraça, eu sei que aquilo é uma de suas brincadeiras, mas senti-la envolta a mim, foi no mínimo... desculpa, não consigo explicar.
- Golpe baixo - finjo estar magoado, mas ela sabe que é só fingimento e ela desfaz o abraço e se senta a cama.
- Eu não gosto do Phillip - ela morde o lábio - ele é tão - ela parece procurar palavras - idiota - ela diz sentada em sua cama olhando a grande janela a sua frente. Sim, Phillip é um idiota.
- O que ele te disse? - Phillip sabia muito sobre mim, inclusive, meu passado, mas isso não me amedronta, mas me deixava encabulado.
- Ele disse pra eu ter cuidado com você, já que você não tem um bom histórico com as advogadas que contrata - ela diz suavemente, seus olhos estavam ainda na janela a sua frente, mordo o lábio em frustração, aquele filho da puta. - Você não tem que me explicar nada - ela me olha - Seja o que quer que tenha acontecido, eu não quero me enquadrar nessa estatística, isso é sexo, e não um jogo. - diz olhando firme.
- Claro - digo breve, por mais que no fundo eu queira contar o que realmente aconteceu, Phillip deixou subentendido errado, e eu podia imaginar o que se passava na cabeça dela, mas como ela mesma disse, eu não preciso me explicar, bem, não exatamente agora.
- Sr. Styles? - ela me chama e se levanta da cama e anda pelo quarto, sinal que ela está ansiosa, ela me olha e com as mãos faço sinal pra ela prosseguir com o assunto - Eu não me importo com quem o senhor - ela divaga- com quem o senhor faz amor - ela olha pra cima - Mas digamos que foi um pouco desconfortável vê-lo transando no sofá do nosso escritório - ela me olha rápido, e olha pro chão - É... eu sei que é o dono daquela empresa, mas partilhamos uma sala, e eu nunca mais vou conseguir sentar naquele sofá - ela me olha. É, eu fui infeliz na minha escolha hoje mais cedo, mas se ela soubesse o que realmente me fez fazer aquilo, se ela soubesse que foi pensando nela, era pra ser ela, e ouvi-la enaltecendo o sexo com Nataniel me deixou frustrado, chamar Amanda foi minha válvula de escape, e embora eu negue a mim mesmo o que está começando a acontecer, eu não vou conseguir me driblar por muito tempo.
- Eu sinto muito, eu não fui profissional, isso não irá acontecer novamente - ela me olha surpresa
- Fácil assim? Não vai ter nenhum - ela pigarreia - A empresa é minha e eu faço o que eu quiser - ela diz tentando imitar minha voz, o que não ficou nada parecido
- Eu não falo assim - rio baixo com sua imitação
- Já que diz - ela ergue as mãos em rendição - Precisa ir embora - ela diz
- Eu conheço a saída - digo saindo e passo por ela, mas antes de passar a agarro pela cintura e a beijo, ela fica surpresa de início, mas logo suas mãos estão em meus cabelos, e nossas línguas dançavam suavemente em nossas bocas, e ela separa o beijo
- É sério, precisa ir - ela diz com as mãos em meu peitoral, como pequenos detalhes podem deixá-la tão excitante? Ela me segue até a porta de seus apartamento
- Tenha uma boa noite, Senhorita Ana - digo
- Tenha uma excelente noite, Senhor Styles - diz, e eu saio rumo ao elevador. O que você tá fazendo comigo, Ana? Desço até o hall do prédio e ao parar do meu elevador, vejo ele a porta do mesmo, Nataniel.
- Senhor Styles? - ele diz surpreso
- Nataniel - digo natural
- O que faz por aqui? - pergunta segurando a porta do elevador para que não feche. Como ele ousa me questionar? Cretino
- Vim passar alguns casos pra Senhorita Ana - umedeço meus lábios em frustração, o que ele está fazendo no prédio dela? Não era pra ele chegar em duas semanas? - E você?
- Eu vim ficar com ela - ele se interrompe dando conta do que ia dizer e me olha assustado - Não desse jeito, eu... eu vou dormir com ela - o olho com desprezo, dormir com ela? Transar com a Ana? Aquela que a horas atrás estava enaltecendo o sexo que você proporciona a ela? Não fode, Nataniel, eu sentia vontade de soca-lo, mas não tinha nenhum direito.
- Isso não é problema meu - passo por ele - Tenha uma boa noite - saio de lá sem esperar resposta, e deixo o prédio indo em direção a meu carro, mas por que diabos ela não saia dos meus pensamentos? eles estariam transando agora? Sem me dar conta do tempo já estou em casa, e porra, o fato de saber que Nate estava lá com Ela não estava facilitando, pego meu celular e ligo pra ela, mas por motivos bem óbvios, cai na caixa postal. Porra
Harry OFF
Ana ON
- Então você e o chefe estão se entendendo? - Nate pergunta da cozinha, eu estava na sala repaginando os canais- Aahn, sim, estamos - me limito a responder perguntas sobre nosso chefe, mas era difícil quando os dois se trombam no hall do prédio - Por que voltou mais cedo? - mudo o rumo do assunto.
- O que achamos que iria durar duas semanas, durou dias, sou um bom advogado - se gaba sentando ao meu lado, ele tinha os primeiros botões da camisa aberto, aquilo era pra lá de sensual, e como um bom observador, ele nota meu olhar.
- É, você é mesmo um ótimo advogado - mudo rapidamente de posição, olhando pra TV a minha frente, mas ele se aproxima colocando a mão na minha coxa nua, merda, assim como um sinal divino, vejo meu celular vibrando e como um raio levanto pra apanha-lo em cima da mesinha, era meu chefe, o que ele queria? Bem, decido não atende-lo silenciando meu celular.
- Alguma coisa? - Nate pergunta desabotoando a blusa.
- Nada demais - ele tira sua camisa social, as vezes esqueço o quanto ele é gostoso - O que tá fazendo? - digo me referindo a ele estar se despindo
- Tirando a roupa pra tomar uma ducha - me olha com olhar de presa - Quero te mostrar algo diferente - eu sabia do que ele estava se referindo, eu sabia muito bem, mas não estava afim, não naquele momento. Meus olhos percorrem seu tronco nu, mas logo desvio
- Estou super curiosa, mas não vai rolar, Nate - ando suavemente até ele e beijo sua bochecha - Você sabe que não vai dormir aqui, né? - sussurro em sua orelha e o noto arrepiar e contrair o maxilar.
- Agora eu sei - ele sai, ele parecia chateado, mas uma parte egoísta de mim não deu a mínima, porque naquele fucking momento, eu estava pensando no meu chefe, caramba, eu não posso, é errado, e é perigoso uma vez que eu sei que isso pode ser minha maior ruína, será que fui burra ao aceitar sua proposta? Parte de mim diz que eu fui extremamente burra, mas outra parte diz que não. Ele era o meu chefe chato e ignorante há meses atrás, e agora eu estou dormindo com ele, isso só podia dar muito errado, as evidências apontavam pra minha ruína, a margem de erro dessas evidências eram quase imperceptíveis, e eu sabia o quanto isso doeria.
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The Boss and The Gloss
Romance- Você me quebrou primeiro, eu não me importo o quanto isso doa, você começou isso, e eu estou terminando. PLÁGIO É CRIME.