18| A casa era nossa.

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L I L I P O V ' S

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L I L I
P O V ' S

O vento forte batia em meu rosto, e senti as mãos de Cole afagarem minhas costas.

Final de novembro, e todos já estão com clima natalino na cabeça.

Com o céu nublado, e neblina cobrindo os pinheiros da região, poderia jurar estar em uma das cenas de filmes de suspense.
Mas esse pensamento se cortou quando vi que o local estava com varias pessoas circulando.

O clima está frio, e não duvido que esteja fazendo menos de 2°C. Neste período do ano já era para ter neve em todas partes, mas por algum milagre, o dia de ThanksGiving não se passou nevando este ano.

O feriado caiu em uma quinta-feira, e se emendou com a sexta.
Passei a tarde de quinta me voluntariado a fazer doações para creches do estado.

Fiquei quase o dia todo no colégio com Casey, empacotando caixas de roupas, brinquedos, livros, e outras mil e uma coisas que pessoas estavam doando.

Ao anoitecer, voltei para casa e me arrumei para o jantar na casa dos Sprouse's. Meu corpo tremia de ansiedade e nervosismo, podia sentir meu sangue correr mais rápido nas veias e meu coração bombeando como uma bomba.

Eu vestia um vestido branco, justo em todo o peitoral, e na dobra da cintura, começava uma saia solta. Ele batia no meio das minhas coxas, e um agasalho vermelho barro acompanhou. Fiz questão de usar o perfume mais forte que encontrei, com um cheiro doce.

— Você está linda. - Cole falou em um sussurro, quando abri a porta da casa.

Dei um sorriso de verdadeiro, e meus olhos varreram todo seu corpo. Jeans escuro, camisa social branca e jaqueta de couro.

— Você também está lindo.

Eu estava alegre. Animada. Muito animada.
Estava finalmente indo conhecer a família do meu namorado, e tudo isso parece ter anulado todos as coisas tristes e ruins que Cole já me falou de seus pais.

Fomos até a casa em seu carro, e posso dizer que parece ter sido o percurso mais longo que já aconteceu em toda minha vida. Os poucos 10 minutos do caminho, se transformaram em quase 10 anos em minha cabeça.

E quando o carro parou em frente a sua casa, implorei mentalmente para esses 10 minutos se prolongassem para 1 hora.

Meu corpo tensionou a escutar as vozes das pessoas dentro de casa, e meu estômago deu cambalhotas ao sentir o cheiro do peru e de toda a ceia.

— Tudo bem. - murmurou Sprouse.

Virei a cabeça e encontrei meu olhar com o dele, que parecia muito mais nervoso que eu.

— Por que está nervoso? - perguntei, dando um risada, tentando amenizar o clima.

Eu sentia a pulsação do meu coração na boca, tive a sensação de que ele poderia pular para fora de meu corpo a qualquer momento.

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