Fui no mercado bem cedo e abasteci a dispensa. Coloquei o café da manhã que preparei numa bandeja de madeira que encontrei na cozinha da casa de Melanie. Tinha ovos mexidos, torradas e um copo com leite. Ela ainda dormia serenamente. A beijei com delicadeza no rosto, e ela suavemente abriu os olhos. A claridade do quarto a fez franzir a testa.- Onde estou? Jonathan, o que você está fazendo aqui? – ela se espantou.
- Eu te trouxe para casa Mel. – sentei na cama ao lado dela. Tinha que explicar... – eu vi tudo e achei melhor te trazer até aqui para cuidar de você. – ela não esboçou reação.
- Quanto tempo eu dormi? - seu olhar era vago. – Por dois dias. – respondi.
Ela ficou pensativa. – Eu fiz seu café da manhã. – e trouxe a bandeja para perto.
Ela não respondeu, vianjando em seus pensamentos enquanto mastigava os alimentos apresentados sem questionamentos. Seu olhar era distante. Eu sabia que ela não estava aqui. Ainda estava no chalé.
Após o café, a ajudei a tomar banho, ainda estava muito fraca, troquei o curativo do ferimento de sua testa, tudo sem dizermos uma palavra, ela apenas obedecia meus comandos sem perguntas.
- Por que eu estou aqui Jon? – o primeiro questionamento após umas três horas juntos. Estávamos no sofá vendo um filme de comédia que coloquei tentando romper a barreira entre nós.
- Eu tive que te trazer. – peguei em suas mãos e olhei em seus olhos. – Você estava mal. Te encontrei caída no seu quarto nua. Pensei que estivesse morta.
- Mas me recordo... você disse que viu tudo... tudo o quê? – senti vergonha em seu olhar.
- Vi a criatura que estava com você. – um silêncio ecoou entre nós. Ela estava pensativa. – O nome dele é Daniel, não é uma criatura. – ela falava baixo e notei que se esforçava para conter as lágrimas. – Eu... eu o amo. – ela falou quase se engasgando com o choro que não conseguiu segurar.
- Ele não é real, Mel. – eu tentei argumentar, com tal afirmação. – Ele estava te matando. – Eu sei. – ela disse baixando a cabeça no meu ombro, como se reconhece que eu estava ali para apoiá-la.
Eu a segurei firme num abraço protetor. – Eu quero te ajudar, Mel. Eu preciso te salvar. Me deixe te ajudar. – Ela me apertou forte e levantou a cabeça para me olhar nos olhos. – Me ajude Jon! Por favor. Me ajude!
Ouvi-la me pedir ajuda me deu mais forças, e eu iria fazer o que fosse possível para tirá-la daquele tormento. Ela finalmente demonstrou que sabia de sua situação. E sabia que precisava de mim. – Nunca vou te abandonar, nunca! Eu prometo!
Já se passou uma semana desde que saímos do chalé. E Melanie teve uma melhora significativa. As vezes a pego chorando, ou com pensamentos distantes. Uma vizinha, Sra Dolores, veio nos fazer uma visita e como notou que Melanie não está bem e eu estou sozinho a cuidar dela, me ofereceu ajuda. Sempre traz alguns petiscos para nos agradar. Meus pais estão aflitos, pois larguei o último período da faculdade. Mas logo retomaria, só uma questão de tempo. Se preocupavam em como estávamos nos sustentando, mas com o seguro de vida que os pais de Melanie haviam deixado para ela, e rendiam um bom dinheiro todo mês, não tinham motivos.
Melanie e eu estávamos cada vez mais próximos, após algumas semanas, senti que poderia reconquistá-la e acreditei que a criatura nunca mais fosse nos importunar.
Comemos uma pizza, assistimos um filme e na hora de dormir... – Você quer dormir comigo hoje? – ela perguntou timidamente.
- Cla...claro! – eu respondi prontamente.
Ela foi tomar banho e me deixou assistindo tv, apareceu com uma camisola transparente que ainda não a tinha visto usar. Era branca com uns detalhes de renda quase transparente. Conseguia ver todos os seus contornos e ela estava incrível. Eu tirei o olhar, não queria que ela se sentisse constrangida, pois com certeza estava com cara de bobo. – Você não vem? – ela me chamou. – Sim... sim. – e me levantei desajeitado.
Já estava deitada, com seus longos cabelos negros e lisos em contraste com a camisola que usava, mostrando através do tecido o rosado dos bicos de seus seios. Me deitei, me encostando em seu corpo. Parecia um pouco timida. Acariciei seu rosto, passei a mão por seus seios, que se enrijeceram, por sua barriga e subi novamente com leves toques, eu queria beija-la, mas não ousaria sem sua permissão. Eu totalmente excitado por sua beleza, leve e serena.
- Você me quer Jon? – sua voz era tão macia quanto seu corpo.
- Sim, eu te quero mais que tudo! – disse sussurrando ao seu ouvido.
Ela passou as mãos pelo meu rosto, indo até minha cabeça e deu uma leve puxada em meus cabelos me forçando a beija-la. Sua boca era macia, tinha gosto doce. Eu queria apressar meu beijo ofegante, mas ela me controlava, pausando com sua língua e com movimentos vagarosos. Ela me queria, eu podia sentir. Veio para cima de mim, esfregando seu corpo quente no meu. Ela sentiu meu pênis que quase parecia querer explodir por baixo da bermuda. Eu quis tirar minha roupa, mas ela não permitiu. Dessa vez ela que controlava cada movimento. E eu como servo fiel, a obedeci. Seus olhos estavam diferentes agora. Ela tinha desejo, tinha tesão. Ela agora sabia o que era prazer, e estava contando comigo para dar tudo o que queria sentir. Tirou minha camisa, e tocou em meu peitoral, como se procurasse sentir as batidas do meu coração. Eu queria beija-la, mas ela me afastava. Tudo era como ela quisesse. Eu não me importava. Ela me beijava, passando a língua pela minha boca e depois sugava meu lábio inferior. Isso me excitava cada vez mais. Queria tocá-la, mas segurou meus braços acima de minha cabeça. Quando com uma das mãos, tirou meu pênis para fora da bermuda e suavemente sentou. Eu dei um espasmo da sensação de estar totalmente dentro dela. Ah, quantas noites sonhei com esse dia! Quanto tempo esperei por vê-la assim! Eu podia sentir cada espaço, eu estava dentro, e cada vez mais fundo ela me colocava. Era apertada, quente e molhada. Não conseguia parar de olhá-la. Era lindo como se movia, como gemia, jogando a cabeça para trás. Quis tocar seus seios, mas segurou minha mão. Isso me dava mais tesão. Ela gemia ofegante e era como música aos meus ouvidos. Oh, como a amo! Ela se apressou agora com movimentos e gemidos, iria chegar ao topo, pude notar por suas feições e como sua vagina contraia meu pênis com espasmos. Eu não pude segurar iriamos ao céu juntos. Quando ela gritou abafado, gemendo descontroladamente. Eu a abracei colando seu corpo ao meu e agora era minha vez... com estocadas mais fortes, a prendendo junto a mim eu cheguei ao climax dentro dela, enquanto ela descansava sua cabeça em meu peito.
Passamos alguns minutos assim abraçados e em silêncio. Ela por cima de mim, com meu pênis ainda dentro, parecia confortável escutando os batimentos do meu coração que cada vez mais desacelerava. Estávamos suados e a exaustão não permitia nos desgrudar.
- Eu quero você para ser minha mulher. – eu ousei perturbar aquele momento, mas disse baixinho, beijando sua cabeça. – Quero que case comigo! – ela levantou a cabeça do meu peito. Parecia não acreditar no que acabara de ouvir.
- Estou falando sério! – ela sorriu como sem acreditar. – Vou Pensar... – disse com um sorriso malicioso e baixou a cabeça novamente até meu peito onde se acomodou.
Me perguntei o que passava pela sua cabeça nesse momento, o que ela sentia por mim? Será que a pedi em casamento muito cedo? Deveria ter esperado mais? Não me arrependi de tê-la feito essa proposta, eu já a tinha em meus braços. Isso era o suficiente. E tudo que aconteceu de ruim poderia ter se findado com aquela nossa noite de amor. Para mim, tudo havia ficado para atrás, todas as lembranças que a faziam sofrer. E agora imaginei que eu poderia fazê-la feliz. Não me importava o que estava por vir, eu não iria perder a minha oportunidade.
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Envolto
ParanormalMelanie, uma garota confusa e sem perspectivas que encontra paixão, liberdade e prazer em Daniel, um ser desconhecido. Num vício e cumplicidade mútua eles se unem, descobrindo os segredos mais obscuros, um do outro. Jonathan, procura salvar seu gran...