Thoughts.

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Fazem dias que não o vejo. Harry. Dias não, semanas.

Sinto falta dele? Não! Sim.

O que é essa sensação de vazio em meu peito? É a falta dele.

Não imaginei que sentiria falta de sua presença, mas sinto. Profundamente, inclusive. Mas por quê? Você ainda pergunta? Burra.

Incompreensível é o efeito dele sobre mim. O detesto, porém o quero por perto. O quero longe, mas sinto sua falta quando ele se vai. São tantas e profundas as sensações que ele me proporciona.

Chacoalho minha cabeça.

Não posso pensar nisso.

Quanto mais eu pensar a respeito, pior será.

Esse é meu novo mantra pessoal. Para tudo, a propósito.

Quanto mais eu pensar sobre minha vida nesse lugar horrendo, pior tudo será. Então eu simplesmente evito pensar sobre qualquer coisa ligada à minha vida e à minha realidade, focando-me apenas nas coisas ao meu redor de uma forma bem supérflua.

Observo as meninas se moverem como cisnes e o comportamento repulsivo da maior parte dos clientes.

Reparo nas roupas surradas e gastas dos seguranças e nos copos de bebida mal lavados pelos baristas.

Ouço a batida e presto atenção nas letras de cada música que ecoa pelo ambiente enquanto um homem qualquer se derrama em mim.

Assisto televisão e faço minhas refeições com tanto apreço e devoção que até parece a época em que eu costumava ler livros na varanda de casa enquanto devorava uma fatia de bolo de chocolate.

Ah, a capacidade humana de adaptação é tão fascinante quanto revoltante. É as duas coisas ao mesmo tempo.

Sou uma grande covarde que foge da própria realidade para não precisar lidar com ela.

E não fazemos todos isso?

A grande maior parte das pessoas instintivamente evita lidar com os próprios problemas, porque lidar com eles é um processo deveras incomodativo e até mesmo doloroso.

Então fugimos.

Trancamos os problemas no fundo de nossas mentes pequenas e damos as costas à porta.

No fim das contas, somos quase todos covardes.

Uns mais que outros. E uns bem mais do que outros.

Invejamos os bravos e valentes que ousam arriscar e lutar com os demônios que os assombram, mas nunca fazemos nada para nos equipararmos a eles.

Quem dera fosse eu brava e valente para lutar contra minha própria realidade até ela deixar de ser real. Até ela se transformar em algo bom, feliz e desejável.

Quem dera fosse eu forte o bastante para derrotar meus demônios e escapar do inferno. Escapar do pesadelo sem fim.

Absorta em minha própria mente, mal percebo Ally cutucando meu braço até que ela me puxa com certa força.

- ANNABETH, PRECISAMOS IR. - Ela berra em meu ouvido.

O pavor em sua voz me faz erguer a cabeça e levantar. A urgência em seus olhos é que me desperta para o som de gritos e tiros ao meu redor e, assim como ela, começo a correr.

Galera, adeus para a calmaria e a Anna quietinha. Agora o negócio vai esquentar. EEEEEE algumas coisas vão ser esclarecidas sobre o muitas vezes odioso Harry Styles dessa fanfic.
EEEEEEEE:
MUITO OBRIGADA POR TODOS OS COMENTÁRIOS. EU LEIO TODOS, MAS NEM SEMPRE CONSIGO RESPONDER. SÃO LINDOS, ATÉ MESMO QUANDO VOCÊS QUEREM ME MATAR POR DEMORAR NA ATUALIZAÇÃO. ADORO AS INTERAÇÕES, AS REFLEXÕES, AS PERGUNTAS, AS CRÍTICAS E O CARINHO.
JÁ POSSO DIZER QUE AMO VOCÊS?
SEE YOU SOON.

Stockholm Syndrome.Onde histórias criam vida. Descubra agora