Vinte e oito dias depois...
A mulher estava demorando a pedir. Seus olhos se mantinham fixos entre mim e o menu quando ela se debruçou sobre o balcão. Eu conhecia aquele olhar. Eu temia aquele olhar. Eu amei estar no café, com o aroma dos grãos de café e a mistura suave de música e conversa. Eu amei a camaradagem que vinha acontecendo por trás do balcão e do fato de que o trabalho mantinha minhas mãos e cérebro ocupados.
Estranhamente, ser uma barista me relaxava. Eu era boa nisso. Com meus estudos numa luta constante, eu me alegrava com o fato. Se tudo já atingiu a parede, eu sempre tinha o café para voltar. A cidade funcionava em grãos de café e cafés. Café e cerveja estavam no nosso sangue.
Ultimamente, no entanto, alguns clientes estavam sendo um pé no saco para lidar com eles.
Após os primeiros dias de se esconder na cama, chorando, eu peguei cada turno que o café tinha para me manter ocupada. Eu não podia chorar para sempre. Pena que o meu coração não se convenceu. Ela estava em meus sonhos todas as noites, quando eu fechava os olhos. Eu tive que expulsá-la da minha mente mil vezes por dia.
Até o momento em que veio à tona, os poucos paparazzi remanescentes fugiram de volta para LA.
Aparentemente Krystian tinha ido para a reabilitação. Sofya trocou os canais cada vez que eu entrei, mas eu não podia deixar de pegar a notícia o suficiente para saber o que estava acontecendo. Parecia que Stage Dive estava sendo falado em todos os lugares.
Alguém tinha mesmo me pedido para assinar uma foto de Heyoon entrando na clínica de reabilitação, cabeça baixa e as mãos enfiadas nos bolsos. Ela parecia tão sozinha. Várias vezes, eu quase a chamei. Só para perguntar se ela estava bem. Só para ouvir sua voz.
O quão estúpido era isso? E se eu ligasse e Savannah atendesse?
De qualquer forma, o colapso de Krystian era muito mais interessante do que eu. Eu mal era mencionada nos noticiários esses dias.
Mas as pessoas, os clientes, que me deixavam louca.
Fora do trabalho, eu me tornei uma completa reclusa. Que tinha meus próprios problemas por causa do meu irmão, basicamente, vivendo com a gente agora. Pessoas apaixonadas eram revoltantes. Era um fato comprovado medicamente. Clientes com especulação brilhando em seus olhinhos redondos não eram muito melhores.
— Você está enganada. — Disse a mulher intrometida.
Ela me deu um olhar tímido.
— Eu não penso assim.
Dez dólares que ela estava trabalhando seu caminho até mim para pedir um autógrafo dela. Isto seria a oitava tentativa de se obter um hoje. Alguns deles queriam me levar para casa para relações íntimas, porque, você sabe, a ex da estrela do rock. Minha vagina claramente tinha que ser algo especial. Às vezes eu me perguntei se eles achavam que havia uma pequena placa na minha coxa dizendo "Heyoon Jeong esteve aqui".
Essa garota, no entanto, não ia me conferir. Não, ela queria um autógrafo.
— Olha. — Disse ela, virando-se para a especulação direta. — Eu não pediria, mas é que eu sou uma grande fã dela.
— Eu não posso ajudá-la, desculpe. Estamos, na verdade, prestes a fechar. Então, gostaria de pedir algo antes que isso aconteça? — Eu perguntei, sorriso agradável firmemente no lugar. Sam teria ficado orgulhoso daquele sorriso, tão falso como era. Mas com meus olhos eu disse à mulher a verdade. Que estava tudo esgotado e eu sinceramente não tinha merda para dar. Especialmente quando se tratava de Heyoon Jeong.
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VEGAS, BABY [Siyoon Adaptation]
RomanceAcordar em vegas nunca devia se assim. Os planos de Sina Deinert para comemorar seu vigésimo primeiro aniversário em Las Vegas eram grandes. Enormes. Mas ela com certeza nunca quis acordar no chão do banheiro com uma ressaca para rivalizar com a pe...