Capítulo 12

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Passamos à tarde no estúdio de gravação com Joalin e Noah. Quando Heyoon não estava tocando, ela me puxava para o seu colo. Quando ela estava ocupada na guitarra, eu ouvia admirada com o seu talento. Ela não cantou, então eu fiquei no escuro sobre as letras. Mas a música era bonita em um tipo de matéria no estilo rock'n'roll. Noah parecia satisfeito com o novo material, batendo a cabeça ao longo do tempo.

Joalin sorriu por trás da esplêndida bancada de botões e mostradores.

— Toque esse solo novamente, Heyoon. — Minha esposa concordou e seus dedos se moviam sobre o braço da guitarra, fazendo magia.

Sabina tinha estado ocupada enquanto estivemos lá em cima, tratando de desembalar a coleção de caixas. Quando ela fez um movimento para voltar ao trabalho no início da noite eu fui com ela. Sem ser convidada ou não, não era justo que ela se responsabilizasse com a tarefa por conta própria.

Além disso, emergiu a minha necessidade interior de se organizar. Entrei lá embaixo e, em seguida, enquanto as horas passavam, roubando beijos, antes de voltar para ajudar Sabina novamente. Heyoon e companhia permaneceram imersos na música. Só vieram para cima em busca de alimento ou bebida, mas voltaram imediatamente para o estúdio.

— Isso é o que é quando estão gravando. Perdem a noção do tempo, pegos na música. O número de jantares que Joalin perdeu porque ela simplesmente esqueceu é absurdo! — Disse Sabina, com as mãos ocupadas desembalando a última caixa. — É trabalho, mas é também o seu primeiro amor. — Ela continuou, tirando a poeira de uma tigela de estilo asiático. — Você sabe como é uma antiga namorada que está sempre por perto, bêbada, lingando para eles em todas as horas e pedindo-os para se encontrar com ela?

Eu ri.

— Como você lida com nunca estar em primeiro lugar?

— Você tem que encontrar um equilíbrio. A música é uma parte deles que você tem que aceitar, querida. Combatê-la não vai funcionar. Você já esteve realmente apaixonada por alguma coisa?

— Não. — Eu respondi com toda a honestidade, observando um outro instrumento de cordas que eu nunca tinha visto ainda. Tinha uma escultura intrincada que rodeava o buraco de som. — Eu gosto da faculdade. Eu amo ser uma barista, que é um grande trabalho. Eu realmente gosto das pessoas. Mas eu não posso servir café para o resto da minha vida. — Eu parei, fazendo uma careta. — Meu Deus, essas são palavras de meu pai. Esqueça que eu disse isso.

— Pode-se totalmente servir café para o resto da sua vida, se assim você deseja. — Disse ela. — Mas às vezes é preciso tempo para encontrar o seu lugar. Não há pressa. Eu era uma nascida e criada fotógrafa.

— Isso é ótimo.

Sabina sorriu, seu olhar indo distante.

— É assim que Joalin e eu nos conhecemos. Eu fui em turnê por um par de dias com a banda que ele se encontrava no momento. Acabei indo para a direita em toda a Europa com eles. Nós nos casamos em Veneza no fim da turnê e estamos juntos desde então.

— É uma história maravilhosa.

— Sim. — Sabina suspirou. — Foi um tempo maravilhoso.

— Você estudou fotografia?

— Não, meu pai me ensinou. Ele trabalhou para a National Geographic. Ele colocou uma câmera na minha mão aos seis anos e eu me recusava a devolvê-la. No dia seguinte ele me trouxe uma velha de segunda mão. Eu a carregava em todos os lugares que eu ia. Tudo o que eu vi foi através de sua lente.

Bem, você sabe o que quero dizer... O mundo fazia sentido quando eu olhei para ele dessa forma. Melhor do que isso, fez tudo lindo e especial. — Ela puxou um par de livros fora de uma caixa, adicionando-os nas prateleiras construídas em uma parede. Nós já tínhamos conseguido preencher a metade dela com vários livros e lembranças. — Você sabe, Heyoon já namorou um monte de mulheres ao longo dos anos. Mas ela é diferente com você. Eu não sei... O jeito que ela te olha, eu acho que é adorável. É a primeira vez que ela trouxe alguém aqui em seis anos.

VEGAS, BABY [Siyoon Adaptation]Onde histórias criam vida. Descubra agora