— Hey. — Heyoon caminhou pelas escadas sete horas depois, vestindo um roupão enrolado no corpo. Ela alisou o cabelo molhado para trás e suas tatuagens estavam exibidas à perfeição. Havia um pouco de pele exposta. A mulher era um banquete visual. Eu fiz um esforço consciente para manter a língua dentro da minha boca.
Manter o sorriso de boas-vindas no meu rosto foi além das minhas capacidades.
Eu tinha planejado jogar com calma para não assustá-la.
Esse plano tinha falhado.
— Que está fazendo? — Ela perguntou.
— Nada de mais. Houve uma entrega para você. — Eu apontei para os sacos e caixas esperando na porta. Essa manhã eu ponderei sobre o nosso problema. A única coisa que eu sabia era que eu não queria que o nosso tempo acabasse. Eu não queria assinar os papeis de anulação.
Ainda não.
A ideia me fez querer vomitar tudo de novo.
Eu queria estar com ela. Eu precisava de um novo plano.
A almofada do meu polegar esfregou meu lábio inferior, para trás e para frente, para trás e para frente. Eu tinha feito uma longa caminhada até a praia mais cedo, observando as ondas quebrando na praia e revivendo aquele beijo. Uma e outra vez, eu analisei na minha cabeça. O mesmo foi para nossas conversas. Na verdade, eu escolhi separar cada momento do nosso tempo juntas, exploraram todos os tons.
Todo momento que eu conseguia lembrar, de qualquer maneira, e eu tentava muito lembrar de tudo.
— Uma entrega? — Ela agachou-se ao lado do pacote mais próximo e começou a rasgar o embrulho. Desviei meus olhos antes que eu pegasse um vislumbre de sua pele, apesar de estar loucamente curiosa.
— Você se importaria se eu usasse o seu telefone? — Perguntei.
— Sina, você não precisa pedir. Sirva-se de qualquer coisa.
— Obrigada. — Sofya e meus pais estariam, provavelmente, pirando, perguntando o que estava acontecendo. Era hora de enfrentar às repercussões sobre a imagem da minha bunda. Eu gemia interiormente.
— Esse é para você. — Ela me entregou um grosso pacote de papel marrom com alguns caracteres, seguido por um saco de compras com alguma marca que eu nunca tinha ouvido falar impresso na lateral. — Ah, este também pelo que parece.
— É mesmo?
— Sim. Pedi a Martha que encomendasse algumas coisas para nós.
— Oh.
— Oh? Não. — Heyoon balançou a cabeça. Então ela se ajoelhou na minha frente e rasgou o pacote marrom em minhas mãos. — Não 'oh'. Precisamos de roupas. É muito simples.
— Isso é muito gentil da sua parte, Heyoon, mas eu estou bem.
Ela não estava escutando. Em vez disso, ela ergueu um vestido vermelho que ia até o alto das minhas coxas do mesmo comprimento que aquelas garotas da mansão tinham usado.
— Que porra é essa? Você não vai usar isso. — O vestido de grife saiu voando e ela rasgou o outro saco de compras aos meus pés.
— Heyoon, você não pode simplesmente jogá-lo no chão.
— Claro que posso. Aqui, este é um pouco melhor.
Um top preto caiu no meu colo. Pelo menos este era do tamanho certo. O vestido vermelho era um tamanho quatro, uma piada. Possivelmente tinha um significado, dada antipatia de Martha por mim em Los Angeles. Não importa.
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VEGAS, BABY [Siyoon Adaptation]
RomanceAcordar em vegas nunca devia se assim. Os planos de Sina Deinert para comemorar seu vigésimo primeiro aniversário em Las Vegas eram grandes. Enormes. Mas ela com certeza nunca quis acordar no chão do banheiro com uma ressaca para rivalizar com a pe...