Capítulo 1

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Eu acordei no chão do banheiro. Tudo doía. Minha boca parecia lixo e o sabor ainda pior. O que diabos havia acontecido na noite passada? A última coisa que eu lembrava era a contagem regressiva para a meia-noite e a emoção de fazer vinte e um anos, legal, finalmente.

Eu tinha dançado com Sofya e conversado com uma garota.

Então BANG!

Tequila.

Fileiras intermináveis de copos de shot com limão e sal ao lado.

Tudo o que eu tinha ouvido falar sobre Vegas era verdade. Coisas ruins aconteceram aqui, coisas terríveis. Eu só queria rastejar em uma cama e morrer. Doce menino Jesus, o que eu estava pensando para beber tanto? Eu gemia e só isso fez a minha cabeça latejar. Essa dor não fazia parte do plano.

— Você está bem? — Uma voz perguntou: Feminina e agradável. Um arrepio passou por mim apesar da minha dor. O meu pobre corpo quebrado agitou-se no mais estranho dos lugares.

— Você vai passar mal de novo? — Perguntou ela.

Oh, não.

Abri os olhos e me sentei, empurrando o meu cabeloc 3 de lado. Seu rosto embaçado chegou mais perto. Bati a mão sobre a minha boca porque meu hálito tinha que estar horrível.

— Oi — Eu murmurei.

Lentamente, ela entrou em foco. Era bonita e estranhamente familiar. Impossível. Eu não conheci ninguém assim.

Ela parecia estar entre o meio e o final dos seus vinte anos, uma mulher, não uma garota. Ela tinha cabelos longos e pretos com faixas brancas caindo sobre os ombros e costas. Seus olhos eram de um castanho que ate as pupilas davam para ver.

Ela não poderia se real.

Francamente, os olhos eram um exagero. Eu teria desmaiado perfeitamente bem sem eles. Mesmo com o tom vermelho cansado eles eram encantadores. Tatuagens cobriam um braço todo e metade acima dos seus seios mal cobertos por uma blusa de botões. Um pássaro preto havia sido tatuado ao lado de seu pescoço, a ponta de sua asa chegando atrás da orelha. Eu ainda estava com o lindo vestido branco e sujo, no qual Sofya havia me enfiado dentro.

Tinha sido uma escolha ousada para mim por conta da maneira que mal continha a minha abundância no decote. Mas esta mulher linda tinha facilidade em deixar sua pele à mostra. Ela usava uma calça jeans, blusa branca de botões mal fechados, umas botas pretas gastas, um par de pequenos brincos, e uma atadura branca solta em seu antebraço.

Esses jeans ... Ela ficava bem neles. Ficavam convidativamente abaixo de seus quadris e se encaixam perfeitamente. Até a minha ressaca não poderia prejudicar a vista.

— Aspirina? — Ela perguntou.

Meu olhar correu pelo seu rosto e ela me deu um sorriso malicioso. Maravilhoso.

— Sim. Por favor.

Ela pegou uma jaqueta surrada de couro preto do chão, o que eu, aparentemente, estava usando como travesseiro. Graças a Deus eu não tinha vomitado nela. Claramente, esta bela mulher meio que tinha me visto em toda a minha glória, vomitando várias vezes. Eu poderia ter me afogado na vergonha.

Um por um, ela esvaziou o conteúdo de seus bolsos nos frios azulejos brancos. Um cartão de crédito, palhetas e um telefone .  Uma multidão de pedaços de papel caiu no chão. Todos tinham nomes e números rabiscados através deles. Essa garota era a Srta. Popularidade. Posso definitivamente ver o porquê. Mas o que diabos ela estava fazendo aqui comigo?

Finalmente, ela encontrou um pequeno frasco de analgésicos. Que alívio. Eu a adorava, independente de quem ela era e o que ela tinha visto.

— Você precisa de água. — Disse ela, e já enchendo um copo na pia atrás de si.

VEGAS, BABY [Siyoon Adaptation]Onde histórias criam vida. Descubra agora