Lovely Wolf (Sterek)

11

— Stiles se controle. — Scott pediu tentando controlar o monstro dentro de si que queria se sobrepor.

             Porém o menor apenas rosnou para o meio-irmão e por incrível que pareça subjugou o alfa do McCall, então Derek teve de intervir.

— Pare! — O Hale mandou e aquela voz grossa mexeu com algo dentro de Stiles o fazendo se controlar mais.

— Eu preciso fazer ele pagar. — O Stilinski falou ainda com raiva.

         Derek abraçou o ômega por trás e liberou um pouco de seus feromônios, quando sentiu Stiles amolecer mais em seus braços o virou de frente e deixou com que o ômega cheirasse seu pescoço em busca de mais daquele cheiro. Porém aquele odor estava deixando Scott perturbado.

— Eu preciso sair daqui.

— Eu sei, esses cheiros são específicos de evoluídos, são instintivos e podem servir para afastar ameaças. Nossos lobisomens te veem como uma, então melhor você ir. — Derek explicou e o lobisomem beta assentiu saindo da casa. — Vaza!

          Stiles ficou em um estado de êxtase, os efeitos do feromônios dos lobos evoluídos eram fortes, estava à mercê dele, seu rosto estava colado ao Hale, este ainda podia sentir o hálito do primeiro contra seu maxilar o que o fazia se arrepiar.

— Derek. — Stiles chamou ainda recuperando o fôlego.

— Sim? — O Hale respondeu cuidadosamente.

— Eu odeio você.

— Eu sei. — O mais velho falou soltando um riso audível.

— É sério! De verdade. — Stiles avisou voltando seu nariz para o pescoço do maior.

— Não duvido.

            O Stilinski removeu sua cabeça da curva do pescoço do Hale, o qual sentiu falta daquele calor.

— Eu preciso controlar isso Derek, como eu faço?

— Isso é questão de tempo e prática.

— Droga, esperar não é minha especialidade.

— Vai ter que ser. Eu vou te ensinar Stiles.

          Foram mais alguns minutos até que ele se acalmasse e bem a tempo de ouvir o som do alarme.

— Preciso ir para casa, tecnicamente estou de castigo. Então melhor não contrariar o xerife.

— Quer carona?

— Não precisa.

           Stiles pegou sua mochila e foi até a porta, abriu-a e deu um último olhar para Derek antes de sair. Seguiu até sua bicicleta, montou-a e pedalou, pensava em tudo que havia descoberto naquela tarde e podia sentir a raiva dominar sua mente.

— Não, você não vai me dominar! — Falou consigo mesmo.

              Aquilo era mais forte do que ele esperava, já podia sentir sua visão mudar como se adaptasse ao escuro, as presas cresciam e já podia sentir o gosto do sangue na boca.

— NÃO!

        Continuou a pedalar, as ruas já pareciam todas iguais, estava perto de casa, ansiava. Assim que virou a rua já foi jogando a bicicleta em um canto qualquer, estava mais tarde do que o habitual e já podia sentir seu eu voltando ao normal. Nem tentou passar pela porta, já decidiu ir pela janela, só não esperava que alguém estivesse o esperando em seu quarto.

— Quem diabos é você? E como entrou no meu quarto? — Stiles perguntou tentando controlar a coisa dentro de si.

— Cara, você que invadiu o meu quarto. Essa é minha casa. — O jovem falou assustado e só então Stiles se deu conta que estava na casa de outra pessoa.

             Um pequeno susto para fazer o lobisomem ser freado em sua mente.

— Eita, foi mal. Força do hábito. A janela da minha casa é no mesmo ponto que a sua então pensei que fosse a minha.

— Seu hábito é invadir propriedade alheia?

— Também, mas me refiro a entrar na minha casa pela janela. Que rua é essa? — Stiles perguntou olhando para fora da casa.

            Assim que o garoto respondeu o Stilinski bateu a mão na testa. Como havia errado dessa forma?

— Eu moro da rua de cima. Me desculpe mesmo, não chama a polícia. — Pediu quando notou o proprietário mexendo no celular. — Sério, meu pai me mata se eu for parar na delegacia de novo. Eu deveria estar em casa e preciso ir antes que ele note. Desculpa mesmo cara.

— Vou te dar 10 segundos de vantagem, se ainda estiver aqui eu chamo a polícia.

— Valeu.

               Stiles passou pela janela e a pulou caindo de mal jeito no chão.

— Ouch! — Resmungou antes de pegar sua bicicleta e dar o fora daquele lugar o mais rápido possível.

             Quando acertou sua casa decidiu entrar pela frente mesmo ainda que isso significasse um sermão, não tinha estruturas para escalar a janela. Deixou sua bike na garagem e voltou pela porta da frente, para sua sorte seu pai não estava em casa.

— Graças!

             Não quis abusar da sorte e subiu para seu quarto, jogou a mochila em qualquer canto e foi tomar um banho, só não esperava sair de lá e encontrar a última pessoa que desejava ver sentado em sua cama foleando um dos seus livros. Assim que o invasor viu Stiles deixou o livro sobre o colchão e se levantou.

— Olá Stiles, temos muito para conversar.