Ela tem cicatrizes e cortes por todo seu corpo, usa faixas cobrindo suas mãos. As lágrimas escorrem por seu rosto pálido, seus olhos que antes brilhavam agora expressavam dor...
O sangue escorria entre seus dedos, Já não suportava mais tirar a vida...
Me afogando... Estou me afogando aos poucos, sinto que perco 1% da minha humanidade a cada dia que se passa... Me encontro numa prisão chamada "sentimentos", eu quero mudar mas não posso fazer isso sozinha. Killua me deixou e foi como pensei, minha depressão piorou, os pensamentos suicidas vêm ficando cada vez mais frequentes. Os monstros em meus pesadelos me atormentam. Agora, nem sequer consigo ter uma boa noite de sono. Essas olheiras ficam cada vez mais visíveis, já fazem 4 noites que fico em claro, a música não me acalma mais, estou só, isso é um fato inevitável. Quero te ver, Kill.
Acabo pensando mil coisa ao mesmo tempo, o amor machuca, sentimentos são confusos, eu juro que não entendo isso... Ultimamente me pego chorando sem nem mesmo perceber. Neste momento deixei meus fones caírem... As lágrimas escorrem pelo meu rosto pálido por falta de sol, o sangue escorre entre meus dedos, já não suporto mais viver... "Eu quero morrer" as vozes ecoam em minha cabeça novamente. Ouvi um grito fino e desesperado vindo de perto, enxuguei meu rosto, engoli o choro, derramei uma garrafa d'água mineral em meus braços que estavam sangrando e então corro até o local dos gritos. Não é da minha conta mas estou realmente entediada, essa é a única razão. O que vi diante de meus olhos me assustou...
- So... socorro... - Grita a moça estirada no chão com a pouca voz que lhe resta, acho que foi esfaqueada pelo rapaz que se encontra em sua frente com um facão na mão.
- O que infernos você acha que acabou de fazer? - Olho para o mesmo sem expressão alguma. - Matou sua própria namorada?
Os vi se beijando semana passada na beira de um rio, pareciam felizes, porém havia malícia no olhar daquele rapaz. Não sabia o que ia acontecer e também não queria ficar para descobrir então fui embora.
- Cala boca! Eu vou te matar também sua pirralha intrometida! - Grita partindo com o mesmo facão para cima de mim, aquilo sem dúvidas, foi uma tentativa de me matar, quem ele pensa que é? Antes que o fizesse roubei sua "arma" e me posicionei bem a sua frente de mãos vazias.
- Quem faz uma coisa terrível dessas com alguém inocente não merece viver. Seu maldito. - Coloco minhas luvas rapidamente, faço um simples movimento, como fechar a mão com força e lâminas afiadas aparecem, nesse momento minha franja deixa meu olho defeituoso amostrar enquanto o outro foi coberto imediatamente pela mesma franja. Assumi uma outra personalidade, assassina indomável.
A partir do momento que sou "possuída" por meu outro "eu" perco completamente a consciência, é como se me tornasse um monstro que não faz nada além de matar, matar e matar mais. Isso é aterrorizante, essas lembranças me atormentam sem dar uma folga sequer. Poucos segundos e tudo que se pôde ver foi sangue jorrando pelo ar... Quando voltei a mim, percebi que havia acabado de matar outra pessoa de forma cruel e desumana. Quem realmente não merece viver sou eu.
🍒Quebra de tempo🍒
Correu tudo... Nem consigo encontrar uma palavra para definir o meu ato de mais cedo. Agora, apenas me joguei num rio observando o céu estrelado, está frio, muito frio mas não me importo, nem o gelo pode superar a frieza da minha pele sem vida. Às vezes até parece que já estou morta.
O silêncio da noite é agradável mas também sufocante. Hoje este lugar esteve "diferente" desde que cheguei aqui, tenho uma sensação que alguém está me olhando de longe, é estranho. Chego a ter um arrepio na espinha, um olhar familiar? Tenho certeza que o conheço, mas quem seria? Eis a pergunta que não quer calar. Essa coisa já está me incomodando. Saí de dentro d'água e olhei em volta, avistei a sombra de um garoto não muito alto atrás de uma árvore, tentei me aproximar mas de repente ouço vozes vindo da direção oposta, quando me dou conta a pessoa havia sumido. Bateu um vento frio que me fez lembrar que esqueci de me vestir. Nessa situação, não poderia pensar em tentar encontrá-lo, segui até o rio onde está minha mochila mas dou de cara com um garoto loirinho e mais alto que eu. Olhei ao redor percebendo um garoto baixinho de cabelos esverdeados e um cara alto com óculos escuros.
- Quem são vocês? - Encarei o loiro enquanto o mesmo desvia seu olhar e se distanciando de mim.
- Ela... ela... realmente está... - Disse o velhote me fitando de cima a baixo. Que constrangedor. A única coisa que fiz foi dar uma voadora no pervertido que o faz desmaiar e corro rapidamente para vestir alguma coisa. Voltei logo em seguida, fiquei os encarando com expressões séria como se alguma coisa me perturbasse, estava na cara o que me incomoda.
- Olá... Garota, me chamo Gon Freecs! E esses são meus amigos, Kurapika e Leorio - Fala e cada um deles assente com a mão, o cara velhote continua me olhando estranho de um jeito indecente. - tenho outro amigo, ele estava aqui com a gente... - É interrompido pelo loiro que puxa os dois pelo braço e ao mesmo tempo sussurrando algo para eles, mas em alguns segundos voltam.
- Er... Não tínhamos intenção de espia-lá ou algo assim. Peço perdão por esse constrangimento e se pudermos fazer algo como pedido de desculpas, nos diga, por favor. - Fala formalmente e educado ainda evitando contato visual, parecia estar falando a verdade.
- Não ligo. Apenas me deixem em paz e finjam que nada aconteceu.
- Tem certeza? Entendo, desculpa mais uma...
- Mudei de ideia, se você parar com essa porcaria de formalidade toda, eu prometo que não guardarei mágoas.
- Ah! Tudo bem! - Gon sorri, um sorriso inocente de ponta a ponta, esse garoto é enérgico, posso saber só de ver o brilho em seus olhos. - Como se chama?
- Miuna. E isso é tudo. Tenho que ir embora, adeus... - Falo tentando me retirar mas os três me interrompem, principalmente Leorio que começa a comprar briga.
- Ei, ei, ei! Como assim "isso é tudo"?! Se vai embora então antes peça desculpas pelo chute na cara que você me deu! - Diz aumentando o tom furioso.
- Seu velhote idiota, eu só fiz aquilo para me defender! - Dou de ombros o provocando.
- Sua...! - O mesmo tenta recorrer a violência me batendo mas seus amigos o param agarrando pelos braços. Eu não fiz nada, apenas observei o velhote me xingando.
Roin pessoinhas! Eu finalmente terminei o capítulo. Me perdoem pela demora, é que estava tendo alguns probleminhas pra escrever, mas enfim, espero muitíssimo que vocês tenham gostado e vou me esforçar pra publicar logo o próximo, beijinhos e bye bye! ❤
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