Declaração Surpresa

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Os primeiros raios de sol começaram a invadir os cômodos da mansão Lombardo. Pouco a pouco o ritmo ia acelerando e os empregados já estavam a todo vapor para mais um dia de trabalho. Alessandro e Maria José estavam descendo para o café da manhã, enquanto na mesma hora Roberto e Raquel entravam também para fazer seu desjejum.

Ezequiel: Bom dia, seu Alessandro e dona Maria José! Como estão nessa manhã?

Maria José: Bom dia! Estamos bem, obrigada.

Alessandro: Bom dia! Ezequiel sabe onde está o Fernando? Ele já desceu?

Raquel: Fernando dormiu aqui?

Alessandro: Achei mais prudente ele ficar do que enfrentar toda aquela chuva.

Ezequiel: Ainda não vi o senhor Fernando hoje pela manhã. Creio que ainda esteja dormindo.

Maria José: Mas passamos por lá e ele já não estava.

Alessandro: Ele deve ter saído cedo para dar tempo de ir em casa e depois ir para empresa.

Felipa: Bom dia a todos! (Diz se aproximando dos demais que já estavam acomodados na mesa)

Raquel: Felipa, onde está a minha mãe? Ela nunca se atrasa para o café da manhã.

Roberto: Isso é verdade. A senhora Victoria é sempre uma das primeiras a descer.

Felipa: De certo já está descendo. Vou até lá chamá-la.

Felipa sobe as escadas rumo ao quarto de sua patroa. Como de costume, entra sem bater. Acreditava que Victoria estaria terminando de se arrumar, ou entretida com algum livro. Mas para sua surpresa, ao entrar no quarto, encontra Victoria dormindo profundamente aconchegada nos braços do jovem Fernando.
Felipa não pode conter o riso, afinal, sua patroa vivia tentando arrumar desculpas para se afastar de Fernando, mas todavia apesar de tudo, parecia que existia algo que os aproximavam cada vez mais. Sabia também que há dias Victoria não conseguia dormir direito. Seus problemas e preocupações rondavam seus pensamentos a impedindo de poder relaxar. Era sempre uma das últimas a dormir, e a primeira a levantar. Foram raros os momentos em que Felipa chegava em seu quarto pela manhã e ela ainda estava dormindo. Olhando os dois assim, tão entregues e sossegados, reafirmava o quanto um era importante para o outro, e quanto o amor deles traziam paz. Bastava só Victoria se permitir a viver plenamente essa paz e esse amor.
Apesar de ser uma cena linda de se ver, ela precisava acordá-los antes que alguma outra pessoa os vissem assim. Ela tosse. Tosse mais uma vez. Victoria e Fernando vão abrindo os olhos ainda meio sonolentos.

Felipa: Bom dia, flores do dia! Venho comunicar que todos já estão esperando vocês para tomar o café da manhã. Acho melhor se apressarem. (Victoria cora ao perceber a situação em que se encontrava)

Fernando: Bom dia, Felipa! Acho que perdemos a hora. (Victoria sai de seus braços)

Victoria: Felipa, pode ir na frente e diga que já vamos descer. E por favor... (É interrompida)

Felipa: Nem precisa continuar. Eu não vi absolutamente nada. (Sorri com cumplicidade)

Victoria: Fernando, o que aconteceu essa noite foi um momento de.... (Ele coloca um dedo nos lábios dela em sinal de silêncio)

Fernando: Está tudo bem. Não precisa se preocupar. Agora acho melhor descermos.

Victoria: Pode ir tomar um banho se quiser.

Fernando: Eu acho melhor eu ir para casa, de lá vou para empresa. (Se levanta da cama)

Vlctoria: Me liga mais tarde? (Levanta e coloca seu robe de seda)

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