Desavenças

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O resto da semana foi passando bem corrida. Bruno tentava a todo custa tirar a presidência do Alessandro, Raquel tinha um novo amante misterioso, enquanto Alessandro estava a todo custo procurando meios de permanecer no cargo na empresa, mas ao contrário de todas as noites, nessa semana Fernando foi pouquíssimas vezes visitá-la e tudo isso refletia em Victoria. Afinal, qual mãe não se sentiria mal vendo os filhos em pé de guerra e qual mulher não desconfia do distanciamento do seu amado?
Pelo menos o fim de semana havia chegado e por fim poderiam descansar, mesmo que fosse por pouco tempo.
Sexta de manhã, Victoria, Maria José e Felipa se encarregaram de arrumar tudo o que precisavam levar. Haviam decidido que iriam viajar a tarde, assim chegariam a tempo de jantar em um dos ótimos restaurantes da região.
Malas prontas, já tinham ligado para prepararem a casa para recebé-los, tudo pronto, mas faltava Fernando. Victoria olhava na direção da entrada da mansão como na espera dele chegar, ele já tinha confirmado que iria, mas ela estava com um pressentimento estranho,e isso a deixava desconfiada.

Alessandro: Já estamos todos prontos? Hora de partir. (Diz pegando a última mala que estava na sala)

Victoria: Espere, filho! Fernando ainda não chegou.(Se preocupa)

Alessandro: Ele teve uma reunião em cima da hora e acabou se atrasando, mas vamos passar pela casa dele e de lá vamos.

Felipa: Mas tranquila agora, senhora? Já sabe que seu bonitão vai sim passar o final de semana todinho ao seu lado... (Diz com uma cara saliente)

Victoria: Sim... confesso que não vejo a hora de ficar perto dele. (Fala apaixonada)

Felipa: Eu não entendo a senhora, uma hora quer se afastar do jovem Fernando, na outra fica toda feliz porque vai ficar muito próxima dele. Se decida o que quer da vida, mocinha!

Victoria: Esse é o problema. Já não sou mais uma mocinha. Agora vamos se não vamos chegar tarde demais.

Em um único carro vão Alessandro, Maria José, Felipa e Victoria. Passam na casa de Fernando, Alessandro desce para conversar rapidamente com ele, mas sem demora cada um vai para seu carro e partem. São 3 horas de carro até a casa que os Lombardo tinham no campo. Durante todo o trajeto apesar de todos no carro estarem conversando e sorrindo, Victoria estava com o olhar distante e um semblante preocupado. Fernando nem foi até o carro cumprimentá-la, nem deu um sorriso mesmo de longe. Nada. E ela ainda tinha essa sensação que tinha algo de errado...
3 horas depois finalmente chegam a linda casa. Os Lombardo não iam muito para lá, mas quando queriam fugir um pouco da correria, lá se tornava um esconderijo perfeito. Além de estarem mais próximo à natureza, em um local bem tranquilo, calmo e cheio de paz, assim podendo parar para dar um tempo na correria do dia a dia e acabar com o stress, lá tinha um certo ar de romantismo, principalmente a noite. A lareira, o céu estrelado, a vista maravilhosa contribuiam para a perfeição da casa, além do mais, perto da casa tinha uma cachoeira com uma água bem cristalina, um verdadeiro paraíso na terra.
Todos descem do carro e começam a olhar os cômodos empolgados, principalmente Maria José que nunca estivera ali. Victoria dá umas olhadas para Fernando mas ele parecia aéreo demais para perceber. O telefone dele toca e ele se afasta para atender.
Um tempo depois decidem ir até um dos restaurante da localidade.

Garçom: Já decidiram o que vão pedir?

Alessandro: Pode nos trazer uma garrafa do vinho Beraldini, por favor?

Garçom: Claro. Desejam mais alguma coisa?

Maria José: Irei querer um risoto de camarão.

Alessandro: Eu vou querer o mesmo.

Felipa: Eu vou querer um filé de frango ao molho de quatro queijos, é o meu favorito.

Victoria: Um risoto de açafrão para mim. E você Fernando o que vai querer? (É a primeira vez naquele dia que ela se dirige a ele) Fernando? Fernando? (Ele parece não escutar)

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