Harry e Rony ainda falavam sobre a criatura do corredor proibido e o que ela escondia. Harry contou pra mim sobre o pacotinho misterioso que ele pegou no dia que eles foram em Gringotes. Por que uma coisa tão pequena precisava de uma proteção tão grande?
— Ou é muito valioso, ou muito perigoso. — Disse Ron.
— Ou as duas coisas. — Disse Harry. Concordei.
Aparentemente somente nós três estávamos nos importando com o pacote misterioso. Neville e Hermione não tocaram no assunto. Acho que ela ficou com raiva deles (o que acabou me incluindo por motivos desconhecidos.) pois não trocou uma palavra com nenhum dos três, o que não incomodou Rony e sinceramente nem a mim já que não falava muito com ela mesmo. Harry e Rony estavam irritados com Draco e pediram minha ajuda pra se vingarem dele mas acharam que seria difícil a opção de prender ele com a criatura do terceiro andar. Uma pena pois a ideia parecia incrível. Eles lamentaram tanto quanto eu.
O correio coruja veio como toda semana. Estava ansiosa pela carta do desconhecido. Avistei Akira e a coruja menor vindo em minha direção, deixando cair as cartas em minhas mãos. Avistei uma aglomeração na mesa da Grifinória ao redor de Harry, mas resolvi verificar só depois. Seja já lá o que for, ele me mostraria mais tarde. Comecei a ler as cartas, uma de minha mãe, e a outra era só um bilhete de Reny. Severo provavelmente avisou minha mãe sobre meu atraso, pois ela falou disso a carta inteira e disse que não queria que isso se repetisse. Não iria, pensei. Fui para carta do desconhecido. Abri empolgada.
Bom, você me fez perguntas que eu não sei como responder. Mas posso te dar algumas dicas. Eu sou amigo de sua mãe, conheci ela em Hogwarts. Estivemos juntos durante e depois da escola. Mas dadas certas circunstâncias, tive que me afastar. Pelo seu bem e o dela. Ela disse que eu sou tolo, mas sei o que estou fazendo. Você perguntou porque você é especial pra mim, então vou lhe dizer. Antes de você nascer, estávamos todos vivendo uma época difícil. Quando sua mãe revelou que estava grávida, ela me escolheu para ser seu padrinho. Obviamente, eu aceitei. Assim que você nasceu, cuidamos de você juntos (não somente eu, sua mãe e seu pai), tivemos que protejer você. Nós conseguimos. Mas então percebi que você corria perigo ao meu lado. Isso é tudo que posso contar. Por isso você é especial. Acho que nossas histórias tomaram rumos inesperados. Não vamos falar de coisas tristes. Agora, me conte, pra qual casa você foi selecionada? Como estão indo os estudos? Quais suas matérias favoritas? E seus amigos? Já deve ter feito vários. Quero saber mais sobre você, agora que temos contato. E quanto a assinatura, é a única que posso usar. Mas acho que é suficiente. A.
O desconhecido era meu padrinho. Todos esses anos, mesmo longe (por motivos que ele não me contou) ele tentou se manter próximo. Me dava presentes e mandava cartas todos os anos. Ele não parece ser nada perigoso. Não faz sentido. Acho que agora sei por que ele me dava sensação boa. Ele era amigo da minha mãe, meu padrinho, se importava comigo. Não por ser de uma família famosa, se importava de verdade. Sorri feliz. Aquela carta deu o incentivo que eu não sabia que precisava. Nada naquele dia me atrapalharia.
VOCÊ ESTÁ LENDO
1 | 𝐓𝐇𝐄 𝐆𝐈𝐑𝐋 𝐖𝐇𝐎 𝐂𝐎𝐔𝐋𝐃 𝐂𝐇𝐎𝐎𝐒𝐄 [Harry Potter]
Fantasía[Capa em manutenção] 𝐒𝐚𝐜𝐫𝐞𝐝 𝐓𝐰𝐞𝐧𝐭𝐲-𝐄𝐢𝐠𝐡𝐭 | Ser um Goldstein era um grande privilégio. Estar a vista de todos significava que todos achavam que sabiam tudo sobre você graças a jornais e fotos. Mas nem todos conheciam os segredos dos...