Capítulo Nove - A Detenção De Severo

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Naquela noite, tive um pesadelo estranho. Era Quirrell que estava nele. Mas não o Quirrell com gagueira da vida real. A voz dele era fria e causava arrepios. Era como um sussurro, como se estivesse na minha cabeça.

— Existem coisas, Goldstein. Coisas que você não faz a mínima ideia de que são reais. — Ele disse olhando em meus olhos. — Em breve, eu lhe contarei tudo. E poderei lhe ver novamente. — Ele disse sorrindo de um jeito aterrorizante. — Como da última vez. — Ele sussurrou.

Acordei num pulo, suando como nunca antes. Aquela voz. Conhecia aquela voz. Tinha pesadelos com aquela voz de vez em quando. Nunca mais tinha acontecido. O mais curioso, por que aquela voz vinha de Quirrell? Não era a voz dele. Meu braço queimava. A marca em meu braço, que lembrava uma pequena cobra, estava marcada como se fosse uma cicatriz recente. Não consegui dormir o resto da noite. Em vez disso li a carta de Reny. Ele me perguntava sobre Hogwarts, qual era minha casa, se eu já tinha feito amigos. Disse que sentia saudades do meu mau humor matinal. Sorri lendo a carta. Mais do que nunca, senti saudades dele. Se ele estivesse aqui, poderia perguntar a ele sobre o sonho. Não havia ninguém que eu pudesse perguntar.

Na verdade havia sim

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Na verdade havia sim. Mas duvido muito que ele me ajude. Minha detenção com Snape era as 19:00 da noite, antes do jantar. Poderia perguntar pra ele sobre o sonho. Após o café da manhã daquele dia, fiquei com Harry e Rony durante a manhã toda no saguão conversando. Contei a eles sobre o sonho.

— Bizarro. Mas seria melhor mesmo se Quirrell não tivesse gagueira. — Disse Rony.

Harry estava pensando sobre o que eu disse.

— Estranho. Será que tem algum significado? Você já sonhou com isso antes? — Harry perguntou.

— Não. Não com Quirrell. Com a voz sim. — Admiti.

— Então você já ouviu essa voz antes? — Rony perguntou.

— Nunca fora dos sonhos. Não sonhava com ela fazia alguns anos. — Disse refletindo sobre isso.

Mudamos de assunto e começamos a falar sobre as nossas aulas. Harry e Rony odeiam Poções por causa de Severo.

— Deem uma chance pra matéria dele, pelo menos. Ele é difícil assim mesmo. — Confessei.

— Parece até que você conhece ele. — Rony disse. — Ele é um pesadelo.

— Talvez, mas no fundo ele é um bom professor. — Rony discordou e Harry também.

O almoço foi como sempre. Fui ao corujal enviar a carta ao desconhecido e enviar a de Reny por Akira que ainda estava com raiva de mim. Assim que o fiz, decidi que precisava pensar sozinha um pouco. Peguei meu caderno e uma pena e fui em busca de algum lugar para refletir. Caminhei um tempo e resolvi sentar na beira do lago negro, sob uma árvore que parecia já ter visto muitos estudantes irem e vir. A vista era bonita. A brisa suave batia em meu rosto, trazendo a sensação de estar em casa. Abri o caderno e comecei a escrever algumas coisas que vinham na minha cabeça. Não era muito um poema, mas gostava de dizer que era. Rabisquei algumas palavras, perdida em meus pensamentos, quando escutei a voz de um garoto.

 1 | 𝐓𝐇𝐄 𝐆𝐈𝐑𝐋 𝐖𝐇𝐎 𝐂𝐎𝐔𝐋𝐃 𝐂𝐇𝐎𝐎𝐒𝐄  [Harry Potter]Onde histórias criam vida. Descubra agora